52. Histórias Tristes

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DIOGO

Saí da escola e encontrei com os outros guardas lá fora.

— E então?

— Os outros podem aguardar em um lugar, quero que vocês, Diogo e Jacob, venham comigo.

— Por quê? Não é perigoso? — disse Adriam. — Vamos todos juntos.

— Não é nada demais — ele disse. — Apenas um informante, só estou levando os dois por precaução.

— Tudo bem.

Os outros foram aguardar em algum bar enquanto nós três nos dirigimos ao local de encontro com o informante. César era apaixonado por Natacha, aquilo era certeza, e eu sabia o quanto já estava sofrendo por Anna. César estava muito aflito, então supus que ele não pararia até encontrar Natacha.

Nós chegamos a um prédio e subimos até um apartamento. Ele deu duas batidas e logo a porta foi aberta por um homem, César pareceu normal, então entendi que aquela era o informante.

Eles deu passagem para que entrássemos, mas César não entrou, era protocolo básico, nunca de costas para alguém que você não confia. O cara logo entendeu e se afastou da porta.

— E então? — perguntou César.

— Encontrei o que você queria — ele apontou para trás e logo outra pessoa entrou na sala.

Era Eduardo Campos. Foi como derramar um balde de clima pesado em nossas cabeças. A postura de César logo ficou mais rígida e o punho fechado.

— Eduardo — ele disse.

— César.

Poderia ser impressão minha, mas notei que Eduardo também ficava seriamente incomodado com a presença de César.

— Por que está aqui?

— Sou eu quem pergunto. Fiquei surpreso ao saber que estava atrás de mim.

— Eu não estava atrás de você, estava atrás de Natacha. O que me faz questionar, por que procurando Natacha eu encontro você?

Eduardo riu e as voltou para trás.

— Vem até aqui, meu amor.

Natacha saiu lá de dentro com uma expressão um tanto sem graça no rosto. Eduardo colocou o braço redor dela e eles deram um selinho. Suspirei sabendo que nos próximo minutos eu e Jacob teríamos que segurar César para ele não partir para cima de Eduardo.

— O quê? — César disse surpreso.

— É o que está pensando, caso queira perguntar. Não acredito que deixou fugir uma menina como essa. Natacha é excepcional.

— Natacha, o que está fazendo? — César perguntou.

— Finalmente encontrei alguém que tem as mesmas convicções que eu.

— Não acredito que fez isso, que se aliou a alguém como ele.

— Eu não me importo com a sua opinião, César.

— Nós podemos conversar? Eu tenho algumas coisas para te perguntar.

— Eu não sei nada sobre a Anna. E não quero papo com você.

— Jacob, há quando tempo, não é? — Eduardo cumprimentou. — Como vai a Cris?

— Não comece.

— Ah, o quê? Acho que muito mais ela se importa de não me ter mais do que eu com ela. Afinal, eu sei que nenhum dos guardas de Anna tem capacidade de atender aos desejos de uma mulher. Cris deve ter saudade de uma homem de verdade ao seu lado.

Flor De Um Reinado: O Homem e a FlorOnde histórias criam vida. Descubra agora