83. Permita-se

17 1 24
                                    

NATACHA

Assim que as novidades sobre Anna chegaram a Santa Rosa, não demoramos muito e partimos para a capital. Agora que Anna acreditaria em mim, eu queria pedir seu perdão e depois, quem sabe, sumir de vez da vida de todos eles.

Eu fui com Jonas e Justina em um avião, agora poderíamos. Por causa de Dominique, não éramos mais fugitivos. Era como se as coisas começassem a se acalmar antes de explodirem outra vez. Camellia entraria em guerra, e só Deus sabia o que aquilo significaria.

Acabamos encontrando com Caitlyn, Cedric e Gabriella no aeroporto, também já estavam sabendo da novidade. Ela fez questão que fôssemos todos juntos. Quando chegamos ao palácio, o rei nos deu permissão para entrar. Encontramos com os guardas, Thomas e Giselle no jardim.

— Então? Onde está Anna? — perguntou Gabriella.

— Saiu com Dominique — disse Giselle.

— Eles estão brincando de "vamos ver quanto tempo demorar para o César surtar e vir matar nós dois" — esclareceu Diogo.

— Não tem graça — disse César.

— Ele nunca tem — disse a princesa Caitlyn.

— Você já chega me provocando, não é? — ele a abraçou por trás e beijou seu rosto.

— Onde acha que eles estão? — perguntou César.

— César, relaxa — disse Thomas.

— Estamos diante de uma guerra, seria um grande trunfo ter a princesa — ele observou.

— Você sabe mesmo ser um estraga prazeres, não é? — reclamou Diogo. — Anna voltou, é um dia feliz. Ela está bem. Thomas disse que está bem, o cara sabe das coisas. Dá para você não esquentar?

— Voltamos — Anna e Dominique apareceram correndo.

— Anna, você saiu desse jeito? — disse Gabriella. — O que aconteceu com seu cabelo?

Ela sorriu.

— Nós banhamos no mar — ela disse.

— Ah, a praia — disse Ben sorrindo. — Faz sentido.

—Você vieram todos aqui e sei por que — disse Anna. — Eu queria dizer que, por mais que muita coisa ruim já tenha acontecido na minha vida, Deus me abençoou com a vida de vocês, com a amizade de vocês. Eu fui muito injusta com cada um, e mesmo assim não desistiram de mim.

— Você também não teria desistido de nenhum de nós — disse Valter e era verdade.

— Não — ela confirmou. — Eu amo tanto vocês que parece pouco falando assim. São pessoas muitos especiais para mim. Nunca conseguirei agradecer o suficiente.

Dei um passo a frente.

— Anna, eu queria falar...

— Eu sei, Nat — ela disse. — Não quis me falar antes porque eu não acreditaria, mas eu sei, e sei o que fez.

— E depois de tudo que fiz, poderia ganhar o seu perdão?

Ela sorriu.

— Meu perdão? Quando estava com a faca na mão, você já o tinha. Agora será que você pode finalmente me dar a honra de abraçar você?

— É claro que sim — nós nos abraçamos.

Anna, era de fato, de outro mundo.

— Obrigada, de verdade — eu falei.

— Por nada, Nat, vamos deixar tudo isso para trás.

— Eu vou indo agora.

— O quê?

Flor De Um Reinado: O Homem e a FlorOnde histórias criam vida. Descubra agora