DOMINIQUE
Um dos meus contatos me avisou que Anna havia saído da escola sozinha, eu sabia que os guardas deviam estar por perto, mas ainda assim era perigoso, e nenhum dos idiotas ia ter coragem de arrastar Anna de volta para um lugar seguro contra a sua vontade. Mas comigo seria diferente, por isso peguei um carro e fui até lá. O lugar que eu estava não ficava muito distante da escola, por isso não demorei para chegar.
Havia acontecido alguma coisa e eu podia apostar que ela havia descoberto sobre sua mãe. Eu sempre soube que aquilo iria fazê-la sofrer demais, mas esperava que ele não descobrisse justo naquele momento, quando já achava que eu a havia traído. Parei o carro no meio de uma rua, quando a avistei sentada em um meio fio.
— Anna — desci e caminhei até ela, que, ao me ver, se levantou e saiu andando. Eu corri até ela. — Anna, eu sinto muito.
— Você sente? — ela virou para mim e me encarou. — Você sabe o que aconteceu, não sabe? Porque você sabia, sabia o tempo todo quem ela era de verdade.
— Quem te contou?
— A mesma pessoa que me ajudou a descobrir a verdade da outra vez. Lewis.
Aquilo me fez perceber que o 18 estava dentro também. Fizeram aquilo para garantir que Anna não desistiria do plano.
— Eu sabia, mas não te contei porque não queria vê-la sofrer. Anna, a sua mãe...
— A minha mãe me criou como uma vingança. Eu achei que... Eu não devia estar aqui, não devia.
— Do que está falando?
— É isso, meu nascimento só trouxe desgraça para esse país, minha mãe não me queria, provavelmente nem meu pai. E todos que se aproximaram de mim, fizeram isso para garantir que eu entenderia o recado.
— É o oposto. É justamente o oposto. Foi a sua presença aqui que mudou a vida de muitas pessoas.
— Sim, causando a morte delas.
Ela continuou a andar. Eu corri e me coloquei a frente dela.
— Tudo bem. É o seguinte. Eu não vou deixar você sair andando por aí sozinha e quanto mais ficamos aqui, mais perigoso é. Então você tem duas opções, ou vai entrar no carro e eu vou te levar de volta para a escola, ou eu vou te fazer entrar de volta na escola.
— Você pode tentar, mas vai ter que me amarrar se quiser que eu volte para aquele lugar.
— Eu vou te dar então uma terceira opção. Vai comigo para um lugar fechado e seus guardas vão junto para garantir sua segurança.
— Eu vou ficar com a opção em que eu fico aqui e você fica longe de mim.
— Mas isso eu não vou deixar acontecer.
Ela olhou ao redor.
— Pode tentar correr, a gente já fez isso uma vez, sabe que eu corro mais.
Ela ainda parecia disposta a tentar. E tentou, mas não deu muitos passos antes que eu a segurasse por trás e prendesse seus braços.
— Também tem outra coisa caso se importe — falei enquanto ela tentava se desvencilhar de mim. — Quanto mais tempo eu fico aqui no meio da rua, mais fácil será a polícia me achar.
Ela parou, eu sabia que pararia. Anna podia achar que eu a odiava, mas ainda assim faria qualquer coisa por mim, eu já havia entendido isso.
— Tudo bem, eu vou.
— Não me engane — avisei.
Ela não me enganou. Caminhou até o carro e entrou. Os guardas se aproximaram.
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Flor De Um Reinado: O Homem e a Flor
RomanceLIVRO 3 FLOR DE UM REINADO acontece em um mundo paralelo ao nosso, onde não há república, ou seja, o regime de governo de todos os países é a monarquia hereditária. A primeira protagonista é Anna Cruz, princesa de Camellia. Anna é uma menina muito...