GISELLE
Naquele dia, tivemos uma noite das meninas, eu, Natacha, Anna, Caitlyn e Gabriella fomos dormir todas no quarto da Anna. Ali conversamos sobre as mais variadas coisas, mas é claro que o assunto principal era o casamento que aconteceria dali a poucos dias, Gabriella estava ficando louca, foi a última a chegar, passou pela porta com um caderno e uma caneta.
— Está bem. Vocês me deram uma missão impossível. Uma casamento comunitário católico no meio do mato. Muitas coisas a serem decididas.
— A intenção é ser simples — disse e Anna. — Tudo seremos nós que vamos fazer.
— Eu sei, e por mais que lá seja um lugar especial, acho que depois de alguns meses abandonado, deve estar meio mequetrefe. A intenção é embelezar o ambiente. Todos o arranjos do palácio veem dos jardins de Camellia.
— Ah, eu posso fazer isso — Anna disse animada. — Sempre adorei montar arranjos.
— Eu já ia dizer para você fazer mesmo. A outra questão é a comida, Thomas e Justina já pegaram essa função. Vão preparar tudo lá e querem nossa ajuda. Falei com seu padre, Anna, Justo, ele aceitou fazer a cerimônia.
— Você fez tudo isso desde hoje a tarde quando Anna fez o anúncio?
— Sim. Anna comentou comigo que depois de amanhã é data em que eles se conheceram, então marquei nela. Pedi para minha assistente ver pelo menos uns dez vestidos de noiva em lojas e me mandar amanhã para vocês escolherem. Maquiagem e cabelo eu faço.
— Eu faço unhas — Caitlyn se voluntariou.
— Ótimo. Todos eles já tem smokings, então não preciso me preocupar com os rapazes, os que não têm, têm quem empreste, afinal, estamos em um palácio. Ben ficou responsável pelo coro. Outra coisa. Sei que Thomas e Giselle não querem se casar agora, mas são os únicos do grupo a não serem batizados. Pensei que poderíamos aproveitar a oportunidade.
— É claro — respondi. Eu já queria aquilo há tempos mesmo.
— Ótimo, o que nos leva à lista de convidados, a parte mais complicada desse evento, por mais que seja só a família. César já disse que vai convidar os pais, Dominique disse que vai ser só Justina mesmo porque o pai é um rebelde e o irmão quer distância da família. Diogo não tem família e Thomas, bem, já sabemos a situação de Thomas. Agora vamos a vocês, Nat também não tem família, Caitlyn, bem, também sabemos a situação de Caitlyn, Giselle, tem a sua mãe, mas vocês ainda não voltaram a se falar, não é?
Uma hora eu tive que contar a verdade a minha mãe, que não levou aquilo numa boa. Acabamos discutindo e ela me expulsou da casa dela. Disse que precisava de um tempo.
— Não, mas eu vou convidá-la, talvez ela vá.
— Tudo bem, agora o grande problema: Anna. Quem você vai querer convidar?
— Eu ainda nem falei dos meus planos para eles — ela admitiu. — Eu voltei, mas... As coisas ainda estão complicadas. Meu pai está sem falar com minha mãe e com meu tio, e... Eu ainda não falei com a minha mãe.
— Ainda não consegue perdoá-la.
— Eu já a perdoei mil vezes — ela disse. — Mas toda vez aquilo volta para mim e dói, e não consigo superar, não totalmente, não agora. Eu preciso de mais tempo, mas... Vai acontecer. Ela errou, mas sei que agora está diferente. Eu queria sentar e ouvir ela me explicar tudo, só que ainda tenho medo. Mas vou convidá-los. Todos. É um momento importante, não quero me arrepender disso quando estivermos em águas melhores. E se ele ainda quiser, gostaria de entrar ao lado do meu pai.
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Flor De Um Reinado: O Homem e a Flor
RomanceLIVRO 3 FLOR DE UM REINADO acontece em um mundo paralelo ao nosso, onde não há república, ou seja, o regime de governo de todos os países é a monarquia hereditária. A primeira protagonista é Anna Cruz, princesa de Camellia. Anna é uma menina muito...