Diciassette

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Encaro Mancinne me olha para mim e suspira passando as mãos nos cabelos

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Encaro Mancinne me olha para mim e suspira passando as mãos nos cabelos.

- Estou esperando Mancinne - falo de braços cruzados.

- Olha Angel, sei que fui um idiota - começa a dizer - Aproveitei o fato de estar transando com você para investigar mais a fundo sobre minhas suspeitas.

- Você me usou - finjo estar magoada e ele suspira.

- Meio que sim - responde - Mas eu realmente sinto muito por tudo, eu vi depois de tudo que não tem como ser você quem está roubando.

- Foi o que eu disse desde o começo - falo.

- Sim, foi realmente o que disse desde o começo - ele chega perto de mim e me entrega as flores, pego e vejo que são tulípas, elas eras as preferidas da minha irmã e se tornaram as minhas - Sei que você compra elas várias vezes em uma floricultura, desculpa investigar sua vida.

- Não peça desculpas por isso, eu também investiguei a sua - falo piscando para ele que revira os olhos - Obrigada pelas flores.

- Não precisa agradecer - diz e toca meu rosto - Eu prometo não investigar mais sobre você Santinni, sei que não dará em nada, mas...

- Mas? - incentivo ele a continuar.

- Mas eu queria saber se ainda quer continuar com isso que estamos fazendo - questiona e sorrio - Nós combinamos Angel.

- Sim, combinamos - falo quando o rosto dele chega perto do meu, seus lábios tocam os meus e se afastam me fazendo suspirar.

- Nós podemos continuar? Sem medo de que eu vou investigar você ou que você vai roubar algo - diz e beija meu pescoço, sua mão aperta meu seio e solto um gemido manhoso.

- Mancinne - falo ofegante, ele toca seus lábios nos meus e nos beijamos, seguro seu rosto e ele aperta minha cintura, arranho sua nuca ouvindo ele gemer rouco e me encostar na parede, Steffano se afasta e me faz resmungar.

- Nós vamos continuar? - questiona e assinto o puxando para um beijo novamente, ele aperta minha bunda e suspiro gemendo e colocando os pés na cintura dele.

- Vamos para o quarto - falo e ele assente, mas paramos quando a campainha toca duas vezes antes de eu ouvir a porta ser aberta, não dá tempo de sair do colo do Mancinne quando vejo meu pai entrar no meu apartamento coberto de sangue.

- Puta merda - diz e saio do colo do Mancinne correndo até ele.

- Você está bem papai? - questiono tocando o rosto dele que tem um corte no supercílio esquerdo.

- Estou sim bambina, vejo que atrapalhei sua noite - diz e coro.

- Senhor Santinni, o que aconteceu? - Mancinne questiona.

- Coisas pendentes - responde - Bambina preciso tomar um banho aqui, não posso chegar em casa assim, Karin não ficaria feliz.

- Claro papà, vou pegar uma toalha para você - falo e ele se estica indo para o banheiro de baixo, suspiro e olho para Mancinne que me encara.

- Você acha normal seu pai chegar coberto de sangue? - questiona e dou de ombros.

- O que ele faz não é da minha conta, além do mais Mancinne, você sabe exatamente o que ele faz - falo e paro na frente dele - Por que fica sossegado quanto a isso? Mas sobre mim que não tem provas quer me incriminar de qualquer forma?

- Fui colocado para investigar os suspeitos dos roubos Santinni, não uma facção que por mais que eu saiba quem é a cabeça é difícil de derrubar - diz e sorrio - Meus pais também fazem parte disso.

- Hipócrita - falo tocando no peito dele - Você é um filho da puta hipócrita Mancinne.

- Nunca disse que não era Santinni - fala segurando meu rosto.

- Seu problema é só comigo? - questiono sorrindo de lado e chego perto dele - Talvez possamos resolver eles de uma maneira interessante.

- Que maneira - questiona.

- Fodendo - falo e ouço um pigarro, continuo parada no lugar e vejo meu pai de olhos cerrados para nós.

- Eu volto amanhã - Mancinne diz se afastando - Com licença.

- Toda - falo piscando para ele, os dois se despedem e rio vendo ele me olhar.

Mancinne abre a porta e sai fechando ela em seguida, suspiro e me jogo no sofá encarando meu pai.

- O que aconteceu? - questiono.

- Eu estava com Karin em uma festa e um filho da puta queria agarrar ela, Ronald a levou agora casa e eu fui matar o homem, não queria chegar assim em casa e seu apartamento era o mais próximo - diz - Não sabia que estava namorando o Mancinne.

- Você parece um velho falando pai, não estamos namorando, estamos transando - falo e ele faz uma careta - A Karin está bem?

- Deve estar - fala parecendo desinteressado.

- Sabe que não precisa fingir na minha frente né? Você é idiota pai, com a mamãe e comigo nunca precisou fingir, mas faz isso com a Karin e a trata mal na frente dos outros - falo.

- A Karin não é igual a você e sua mãe que não tinham medo de nada Angel, ela é alguém sensível e qualquer coisa a assusta, faço isso para proteger ela - diz e reviro os olhos.

- Você faz é confundir a cabeça dela, na frente dos outros faz ela ser calada e menosprezada, mas no momento em que estão sozinhos a trata com amor, espero que um dia ela se irrite e o deixe - falo.

- Bambina... - diz e dou de ombros.

- Não venha com bambina papà, eu estou falando sério, eu no lugar da Karin já teria deixado você a muito tempo, você é a porra do homem que comanda Florença, todos tem medo de você, tem como proteger a Karin e continuar dando amor a ela, seja na  frente dos outros ou em casa, faz isso pois gosta de a ver humilhada - falo irritado.

⚠️

- Angel pare com isso - diz irritado - Você não sabe o que é ouvir sua esposa, a pessoa com quem dividiu a porra da vida inteira morrer, não sabe o que é ouvir cada grito de desespero por estar morrendo aos poucos Angel e depois descobrir que seus inimigos fizeram com que o carro dela desse problema, não sabe o que é ver a porra da sua filha mais nova morta e violada por conta dos inimigos que tem! Não sabe Angel, só faço isso para que essa merda toda não atinja a Karin pois eu a amo!

Encaro ele que não parece em nada meu pai temido e respeitado por todos, engulo em seco e abraço ele que chora.

- Eu sei de tudo isso papai, eu estive lá, em cada momento disso eu estive lá escondida e observando tudo, a mesma dor que sentiu ao ver aquilo eu senti papai - falo apertando ele - E as imagens estão gravadas até hoje na minha mente.

- Eu me sinto mal de tratar a Karin assim, ela sabe em partes, mas não tudo, eu só quero ela protegida Angel, não quero ela se machucando por culpa minha - diz.

- Não vai papai, a mamãe e a Amora não se machucaram por sua culpa - falo - Mas se continuar assim a Karin vai se machucar muito e aí sim será culpa sua, não continue fazendo isso com ela por favor.

- Não vou - diz - Eu prometo que não vou.

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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora