Quarantatre

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- A titia Angel não vai mais ficar aqui com a gente? - Gianna pergunta

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- A titia Angel não vai mais ficar aqui com a gente? - Gianna pergunta.

- Não meu amor, infelizmente vou precisar voltar, mas prometo que venho aqui sempre igual eu fazia antes - falo tocando o nariz dela que faz um bico.

- Vou sentir saudades de abraçar a titia todo dia - diz e sorrio beijando os cabelinhos dela.

- Eu também vou sentir saudades, mas ainda vou vir, não se preocupe - falo e ela assente - Tchauzinho meus amores, a titia Angel virá logo ok?

- Ok titia - dizem juntos e sorrio, abraço eles e caminho em direção ao meu carro.

Começo a dirigir e vejo pelo retrovisor as crianças balançando as mãos, vou sentir tantas saudades de ver esses pequenos todos os dias.

Saio do orfanato e pego a estrada em direção ao meu apartamento.

Já se passou alguns dias desde que Mancinne veio aqui dizer que nós não temos chance, mas eu não posso deixar isso ir assim tão facilmente.

Preciso usar minhas cartas para tentar recuperar o que eu destruí quando dei aquele tiro nele.

Suspiro balançando a cabeça para não pensar nisso agora.

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- Que neném fofinha - falo pegando Violett no colo, ela me olha e dá um sorriso, vejo seus cabelos pretos e rebeldes bagunçados.

- Eu nunca achei que uma coisinha desse tamanho fosse esfomeada - Karin diz, mas sua voz é calma - Ela não para de mamar.

- Eu lembro que a mamãe falava que a Amora era esfomeada também, deve ser de família - falo.

- Devem ter puxado ao seu pai - diz e olho para ela que fica com as bochechas vermelhas.

Karin as vezes parece uma garota inocente, apesar de eu duvidar que exista alguma inocência nela sendo casada com meu pai.

Mas isso veio do fato dela ter sido criada em um "convento".

No meio que estamos há um lugar para onde as meninas que os pais morreram em combate ou fazendo algo a favor da famiglia.

Lá elas são criadas para serem belas e recatadas damas do lar, Karin foi uma dessas, seus pais morreram quando ela tinha quatro anos, então ela e sua irmã foram para esse convento onde aprenderam todas as atividades que um "esposa" precisa.

Bordar, cozinhar, servir e ser submissa, isso não daria certo para mim, não no dia a dia, provavelmente eu seria uma esposa respondona e que ia bater de frente com o marido, caso ele fosse um homen ruim ia me matar e ficaria por isso mesmo, ou então eu matava ele e ia precisar fugir.

- Urgh, ela vai chorar, como não é minha vou te devolver - falo quando Violett começa a fazer uma careta.

- É a fralda dela, quer me ajudar a trocar? - pergunta.

- Ajudar não, só olhar - falo ficando de pé e seguindo ela.

- Se você tiver um filho não vai querer aprender antes? - pergunta - Essas coisas aprendemos aos catorze anos no convento.

- Oh não, quando eu tiver um filho o pai dele quem vai fazer isso, eu já terei a responsabilidade de amamentar e cuidar do bem estar dele - falo e ela me olha chocada, eu amo as caras e bocas que ela faz - Você não coloca meu pai para fazer isso?

- Bem, ele quando está em casa faz isso, mas eu não posso colocar Angel, ele é meu marido - diz.

- Ok entendo, mas me responde, o papai continua te tratando daquele jeito? - questiono.

- Não, depois do que aconteceu ele mudou totalmente - diz e aperta a bebê em seu colo - As vezes eu me sinto culpada.

- Não se sinta, embora ele tenha feito aquilo para proteger você não foi certo de nenhuma maneira, foi abusivo até - falo e ela suspira - Eu sei que esse é seu jeitinho e você é toda calma, mas garanto que dar uns gritos algumas vezes é bom, ou talvez queira tentar um tiro também.

- Mio Dio! - exclama e dou risada - E você e o Steffano?

- Talvez o tiro não funcione e o livros que tem romance começando assim sejam mentira - falo suspirando - Ele não me odeia, nem me entregou, mas disse que não teremos mais nada.

- Eu sinto muito - diz e entramos no quarto da Violett.

- Não sinta, eu vou fazer ele mudar esse pensamento - pisco para ela e sorrio.

Ela começa a trocar a fralda de Violett e fico observando enquanto conversamos.

- Agora essa coisinha vai mamar - Karin fala pegando minha irmã nos braços.

Ela senta na cadeira de amamentação e abaixa a blusa colocando Vio para mamar, a bebê começa a sugar o peito com força e segura no dedo da mãe.

- A possessividade também é de família? - Karin questiona rindo - Se o pai dela chegar perto de mim enquanto está mamando ela fica brava.

- Eu não sou possessiva - falo tranquila e ela ri - Está muito saidinha Karin.

Ela finge passar um zíper na boca e continuamos a conversar enquanto Violett mama.

- Ela vai dormir a noite toda - Karin diz deixando ela sobre o berço, ela pega a babá eletrônica e saimos do quarto - Seu pai disse que teríamos visita hoje aqui.

- Se for um dos amigos chatos dele eu não vou ficar aqui, não tenho paciência para eles - falo.

- Eu não sei quem é, ele não disse - fala e descemos as escadas, vejo a porta da frente se abrindo e meu pai entrando sendo seguido por alguém, os cantos dos meus lábios se elevam quando vejo Mancinne entrando atrás dele.

- Este jantar pode ser interessante - falo a Karin que me olha negando, sorrio e vejo Mancinne me olhando de cima a baixo, parando um pouco em minhas pernas - Mancinne, que surpresa vê-lo aqui.

- Digo o mesmo Santinni - responde com os olhos cravados em mim.

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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora