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Suspiro levando um gole de café aos lábios enquanto encaro a tela do notebook vendo em looping as filmagens do dia da troca de jóias

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Suspiro levando um gole de café aos lábios enquanto encaro a tela do notebook vendo em looping as filmagens do dia da troca de jóias.

Já vi e revi muitas vezes as câmeras onde a Santinni apareceu, há algo que não se encaixa nessa história toda e eu quero descobrir.

- Quer mais café chefinho? - Donna uma colega de trabalho questiona - Parece tenso, ainda no caso Da Vinci?

- Sim, eu sinto que sou um cachorro correndo atrás do próprio rabo, já estou desconfiando até de mim - falo com e pego o café das mãos dela - Obrigado.

- De nada, precisando de qualquer coisa só me falar - diz e sai me deixando sozinho.

Vejo a tela do meu celular piscar e vejo que é um alerta avisando que a Santinni saiu de casa.

Pego minha carteira, celular e chaves do carro me levantando e saindo da delegacia, entro no carro e ligo o GPS seguindo o caminho por onde o carro dela está indo.

Não é segredo que eu odeio as raças dos Santinni's, apesar dos meus pais serem amigos dessa corja.

Eles simplesmente dominam toda a Florença com seus cassinos, hotéis, restaurantes, pode-se dizer que oitenta por cento da cidade é dominada por eles.

Todos os grandes roubos sempre tem eles envolvidos, pistas que recebi e fui atrás comprovar, tudo aponta para a Santinni mais nova, só que ainda faltam muitas peças para que eu possa completar o quebra cabeça inteiro, há peças escondidas no meio de toda essa bagunça.

Pego meu celular discando o número de um amigo.

- Luigi preciso que você verifique esse endereço que estou te mandando agora - falo e envio para ele - O mais rápido possível.

- Ok chefe - diz e ouço barulho de teclados rápidos - É um orfanato senhor Mancinne.

- Tem como saber se não é só um disfarce? - questiono.

- Não é senhor, apesar dele ter sido considerado um orfanato carente até dois anos atrás e então um patrocinador misterioso ajudou tudo sem receber nada em troca - diz e aperto as mãos no volante.

- Só isso Luigi, obrigado - agradeço.

- Estou as ordens chefe - diz e desliga.

Sigo até o local e vejo um grande casarão parecido com um igreja, a faixada é branca com azul, estaciono o carro e caminho até a porta, um porteiro para de frente ao porta e me encara.

- Vim fazer uma visita - falo e mostro o distintivo, ele assente e sai me dando espaço para entrar.

Passo por um caminho de pedras e flores até está de frente a portas de madeira, toco a maçaneta e empurro abrindo em um hall, duas mulheres me olham assustadas.

- O que o senhor está fazendo aqui? - uma freira questiona.

- Vim a pedido de uma amiga, Angel - minto e vejo o rosto da mulher se iluminar.

- Ah sim, ela está na sala de recreação, vamos até lá - diz solícita e mostra o caminho - Ela é realmente um anjo como o nome diz, tão gentil e amorosa com as crianças, sou totalmente grata pelo que ela fez com os pequenos.

- Foi realmente gentil da parte dela - falo na cara de pau.

Ela abre uma porta e vejo ao menos treze crianças sentadas no chão enquanto o anjo em questão está sentada a frente delas e conversa animadamente.

- Angel querida, seu amigo chegou - a pobre freira diz e vejo a mulher que estava sorrindo me olhar e desfazer um pouco o sorriso, mas logo ela volta a sorrir parecendo animada.

- Mancinne! - exclama - Que bom que chegou.

- Eu não gosto de faltar a compromissos - falo com as mãos nos bolsos, vejo as crianças me olharem com curiosidade e depois olham para a mulher a frente deles.

- Titia Angel, o moço bonito é seu namoradinho? - uma garotinha negra de tranças questiona.

- Oh querida, infelizmente não, o que é uma pena né? Ele é um moço realmente bonito - diz sorrindo para a garotinha e me olha piscando o olho.

- Ele parece um poste - outro garotinho diz.

- E a tia Angel uma anãzinha - a menina diz rindo.

- Do que me chamou sua pestinha - diz puxando a garota e fazendo cócegas nela.

- Crianças está na hora do lanchinho, vamos levantar, fazer uma filha de formiguinhas e seguir para lavar as mãos e comermos? - a freira fala e as crianças começam a se agitar fazendo uma fila, elas começam a sair do local e dou espaço, elas passam ao meu lado me encarando curiosas.

- Uau, ele realmente parece um poste - fala o garotinho novamente.

Todos saíram e vejo Angel caminhar a passos duros até onde estou.

- Você está me seguindo? - questiona irritada, nem parece a doce garota que estava conversando com as crianças, o que me leva a crer que é tudo faixada.

- Eu falei que ia ver você cair, farei tudo para que isso aconteça - digo olhando em seus olhos.

- Me siga até a puta que pariu, faça o que quiser, mas deixe esse local em paz! - diz antes de começar a seguir as crianças.

Saio atrás dela e a vejo sorrindo para e com expressão diferente, aperto as mãos em punhos.

- Todos de mãos lavadas? Agora vamos agradecer ao papai do céu e depois comemos a refeição - a freira diz e começam uma oração, vejo Angel fechando os olhos e orando baixinho.

O quão bem essa mulher sabe atuar e fingir tudo isso?

- Amém! - a freira diz e as crianças começam a comer animadas e falantes, a freira para ao nosso lado e encara os pequenos - Como sempre preciso te agradecer senhorinha Angel, você faz a felicidade de todas essas crianças.

- Não precisa me agradecer madre, faço porquê me faz bem - diz sorrindo e segurando as mãos da mulher a sua frente.

Sei que não devo cair na faixada de boa pessoa, meus instintos dizem que não.

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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora