Prólogo

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Caminho a passos lentos pelo salão e sorrio para algumas pessoas.

Toco o ponto em meu ouvido e pego um taça balançando na frente do rosto enquanto tento contato com o meu subordinado.

- Está na escuta? - questiono.

- Sim senhora, a sala ficará vazia em sete minutos, você terá exatamente dois minutos e meio para colocar a combinação que vou te falar, depois disso coloque as jóias falsas no lugar das verdadeiras e tudo certo - diz e reviro os olhos.

- Eu sei de tudo isso, só preciso que me diga quando acontecerá - falo e sorrio quando uma mulher me olha - Acho que bebi demais, preciso ir ao toalete.

- Dois minutos para chegar até a sala e encontrar ela livre - diz pelo ponto e me preparo.

Me afasto do bar e caminho por um corredor, vejo a sala que é meu alvo e sorrio disfarçando, faço meu teatrinho de quem está passando mal e abro a porta.

Caminho até o local onde existe o cofre e me abaixo retirando a poltrona do lugar e me abaixando.

- Três, dois, um, é agora ou nunca senhora - fala e me preparo, coloco as luvas nas mãos e os óculos que estavam na bolsa - A sequência é 7g4d6f1a.

- Um cara esperto, mas não para mim - falo sorrindo e coloco a sequência, contenho o gritinho quando a porta do cofre se abre, vejo as caixas e pego analisando o conteúdo de dentro - São simplesmente perfeitas Dan, estou apaixonada!

- Senhora um minuto e meio restante - diz e retiro as jóias colocando as falsas nas caixas - Um minuto.

- Já acabei - falo, fecho o cofre volto a poltrona pro lugar - Prontinho.

- Merda, senhora se livre das jóias e faça seu costumeiro disfarce, estão indo para aí antes do previsto - Dan fala ao meu ouvido.

- Puta que pariu que saco - vejo uma lixeira e despejo os saquinhos com jóias dentro - Eu volto para pegar vocês meus bebês.

Caminho até a poltrona e me sento abanando o rosto, pego um vidro spray e molho meu rosto e pescoço simulando suor.

A porta é aberta brutalmente e faço cara de sofrida, olho para o homem alto e forte parado na porta e ao seu lado estão dois brutamontes enormes.

- O que está fazendo aqui? - ouço sua voz imponente e sinto minha boceta tremer.

- Você pode me ajudar? Não me sinto bem - falo baixinho e de modo manhoso - Por favor.

Ele me olha atento e para na minha frente segurando meu rosto, por sorte fiz anos de artes cênicas.

- O que você tem? - questiona, sinto seu hálito de uísque e algo que diria ser charuto cubano.

- Minhas pernas estão fracas e minha visão está ficando turva - respondo e seguro em sua mão - Você pode me ajudar a levantar?

Ele me puxa pela mão e finjo tropeçar apertando seus músculos duros e fortes, sinto meu corpo encostando em seu peitoral e suspiro.

- Vejo que está realmente mal, mas preciso te revistar - diz e franzo o cenho.

- Porque me revistaria? - questiono não gostando disso.

- Ordens da casa, você está em uma sala privada - diz sério.

- Eu só passei mal - falo fazendo um biquinho - Mas tudo bem, vou deixar que me reviste, mas não com esses brutamontes ao seu lado.

- Por qual motivo? - questiona.

- Eu ficarei pelada para melhor revista - falo me virando e sorrindo.

- Não é necessário isso - fala sério e dou de ombro começando a baixar a alça do vestido - Saiam!

Dou uma risadinha ouvindo a porta bater e me viro com os seios desnudos.

- Bem se vê que em meus seios não há nada - falo tocando a auréola rosa do meu peito, ser pálida as vezes não é bom - Deixe-me abaixar mais o vestido.

- Não é necessário - fala mas seus olhos brilham em chamas fixados sobre meus seios medianos.

- Acho que é - abaixo o restante do vestido - Quer olhar dentro da minha calcinha? se bem que ela é pequena demais para caber qualquer coisa dessa sala, mas se quiser olhar posso tirar ela para você.

- Não precisa senhorita, vista a roupa - diz com dificuldade e esfrega o rosto, coloco o vestido no corpo e sorrio - Mas eu preciso ver sua bolsa.

Assinto e ele pega olhando dentro e sorrindo logo depois.

- Você pode fechar para mim? - questiono parando perto dele - Não consigo.

- Claro - fala tocando o zíper, sua mão roça em minha pele causando um arrepio, solto um suspiro, ele termina de fechar e me viro.

- Estou liberada? - questiono e ele assente - Ótimo, obrigada.

Dou dois passo e tropeço, seguro nele e sorrio.

- Você pode pegar água para mim? - ele assente se afastando e abaixando no frigobar aproveito para colocar a mão na lixeira pegando o saco com jóias e jogando rapidamente dentro da bolsa - Que nojo.

- Falou alguma coisa? - ele questiona e nego, pego um lencinho e limpo minha mão, ele volta com um copo de água e me entrega - Aqui.

- Obrigada - pego e bebo devagar a água tendo seu olhar avaliativo sobre mim - Acho que já vou, pedirei um táxi, com licença.

- Eu posso levar você - sugere - Desse jeito não é confiável pegar um táxi nesse horário.

- Não quero tomar seu tempo, estou bem - falo sorrindo - E eu também não te conheço para aceitar sua carona nesse horário.

- Um ponto, mas não se preocupe, de uma forma ou de outra não é confiável, mas eu sou o que está disponível - diz e assinto, seguro em seu braço e seguro minha bolsa, caminhamos devagar até um carro esportivo e ele me ajuda a entrar - Só dizer o endereço.

Falo a ele que assente e acelera em direção a minha casa.

Minutos depois paramos de frente ao condomínio de apartamentos e olho para ele sorrindo.

- Obrigada pela carona senhor? - espero ele falar seu nome.

- Steffano Greco - fala sorrindo de lado - Ao seu dispôr.

- Estou muito disposta - brinco rindo - Obrigada senhor Steffano, mas agora preciso entrar.

- Não quer ajuda? - nego e ele assente abrindo a porta do carro - Ok senhorita, até mais ver Angel Santinni.

Sorrio para ele e saio do carro, ele buzina e acelera, então me dou conta do nome que ele me chamou.

- Puta merda, não acredito! - exclamo irritada - Estou fodida e não do jeito bom.

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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora