Trentatre

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- Você vai ficar aqui sem correr riscos até que eu resolva tudo, caso alguém pergunte eu direi que só vou mata-lo após você ver meu triunfo - falo para Liam que assente

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- Você vai ficar aqui sem correr riscos até que eu resolva tudo, caso alguém pergunte eu direi que só vou mata-lo após você ver meu triunfo - falo para Liam que assente.

- Eu acho que Olli me odeia agora - diz suspirando.

- Não se preocupe, quando tudo se resolver contamos a ela - falo caminhando com ele - Você não foi nada mal.

- E se ele percebeu? - questiona.

- Não percebeu, inclusive caiu feito um patinho em tudo, Daniel Canperinni o cara que eu achava ser um aliado é na verdade um traidor da pior espécie, eu o mataria agora mesmo, mas sei que não se resolve assim - falo tentando não me estressar.

- Por que você vai me esconder em um clube de sexo? - questiona ao ver a entrada do local.

- É o melhor clube de sexo que verá - respondo entrando com ele no local, falo com alguns funcionários e caminho por um corredor até a ala de quartos, pego um cartão na bolsa e passo no leitor para que a porta abra - Somente eu e um amigo temos esse cartão, usamos em ocasiões especiais.

- Eu não estou entendendo nada - diz e sorrio - Você me trouxe a um quarto de sexo? Eu não vou transar com você.

- E nem eu com você Liam - falo caminhando até o tapete - Puxe esse tapete para o lado.

- Ok - ele se abaixa e puxa, Liam me olha surpreso ao ver um alçapão, caminho até a estante de brinquedinhos e pego uma chave que passaria despercebida em outra ocasião - As vezes eu tenho medo de você.

- Não precisa - falo sorrindo e abro o alçapão - Pode descer.

- Nesse escuro e sem saber se não vai me matar de verdade? - levanto a sobrancelha e ele suspira começando a descer, entro atrás dele e começo a explicação.

- Aqui antes era um castelo com entradas e saídas subterrâneas para caso de guerras, não existem nas plantas do terreno e ninguém sabe que existe - explico, vejo ele parado olhando para a porta e desço da escada parando ao seu lado, coloco o dedo no local indicado para escanear e a porta se abrir - O que você vai ver aqui pode ser um pouco.... Confuso, tenha em mente que eu vou te explicar mesmo não sendo obrigada, mas não será agora.

- Sobre o que você está falan... - a porta se abre e entramos na sala, vejo Liam olhar para tudo confuso e com os olhos brilhando - Isso é... Uau.

- Sim, uau - falo sorrindo parando ao lado dele - Cada um aí é o verdadeiro.

- Como assim? Achei que tivéssemos vendido todos - fala surpreso.

- E vendemos - digo olhando para as vitrines - Apenas não foram os originais.

- Você está falando que todas as peças vendidas foram falsificadas? Mas como assim? - questiona.

- Sendo oras - respondo e caminho até uma vitrine, abro a porta de vidro e pego um colar - Esse foi um evento que fiz aos vinte anos, eu me lembro perfeitamente.

- Isso é surreal, com licença - fala parando ao meu lado e pegando a peça na mão - Eu me lembro dessa, como fez isso tudo? Seu pai sabe?

- Ninguém além de um velho amigo sabe disso - respondo, ele coloca a jóia no lugar e me olha - Eu dei um jeitinho Angel em tudo, as jóias que roubamos eram sempre falsas, pois as verdadeiras já haviam sido roubadas.

- Mas por que faria isso? - ele questiona.

- Diversão meu amigo, diversão - ele me olha como se eu fosse maluca - Eu nunca tive o juízo no lugar, aprendi com a minha mãe muitas coisas Liam, ela dizia que o poder é uma coisa muito importante, então eu sempre almejei o poder, mais e mais, mas eu queria ainda ter uma diversão no meio de tudo.

- Eu tenho medo de você - diz e dou risada - Isso tudo é surreal.

- Eu sei, as vezes nem entendo a mim mesma - falo tocando em um quadro na parede.

- Como os compradores não notaram que são falsas? - indaga.

- Não notaram porque tem as pessoas certas para dizerem a eles que são verdadeiras - respondo sorrindo - Liam qualquer pergunta que me dizer eu terei um resposta, eu pensei em tudo para ter essa coleção hoje.

Caminho com ele pela sala e ele vai olhando tudo abismado.

- Isso aqui vale bilhões, acho que mais, eu não sei, se comparado a tudo que roubamos é quase impossível definir um valor - diz - Eu ainda estou tentando processar tudo Angel.

- Você terá muito tempo - falo - Eu preciso ir, meu amigo chegará aqui, no fim do corredor tem comida, por favor não toque em nada com as mãos sujas ou aí sim você vai morrer.

- Eu jamais tocaria - diz.

- Ótimo, até tudo se resolver o meu amigo vai focar trazendo comida para você - falo - Se por acaso escutar barulho de sexo eu sinto muito.

- Está dizendo que dá para escutar daqui? - parece assustado.

- Estou brincando, não vai, eu acho, já que nunca fiquei aqui enquanto alguém fazia sexo lá em cima - falo - Tem uma cama no fim do corredor também, banheiro e tudo que precisa, meu amigo vem aqui pelo menos uma vez por dia, fique com esse celular via satélite e ligue para o número aí casão precise de algo, nem tente ligar para outra pessoa que não vai conseguir, não posso deixar que estrague tudo.

- Não vou - garante e assinto.

- Com licença - falo e me despeço dele, caminho em direção a porta e a fecho, subo as escadas e tranco o alçapão, coloco a chave no local e saio do quarto.

Caminho para fora do clube e entro no carro do meu pai dirigindo em direção ao meu apartamento.

Uma parte de tudo já foi resolvida, agora falta a outra parte e sei que de uma forma ou de outra será doloroso, é inevitável.

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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora