Quarantadue

4.5K 497 67
                                    

Olho para ele de cima a baixo e constato que ele está realmente vem como me diziam

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olho para ele de cima a baixo e constato que ele está realmente vem como me diziam.

Sem pensar abraço ele apertado que faz um som surpreso, seus braços tocam minhas costas e eu suspiro de alívio.

- Desculpa por tudo - peço - Eu não queria te machucar, juro que não e estou tão arrependida disso.

Me afasto dele e o vejo me olhar sério, comprimo os lábios e suspiro engolindo em seco.

- Nós podemos ir a outro lugar? - questiona e assinto.

Tiro o avental que estava usando e coloco na bancada, fecho a porta da cozinha e começo a caminhar ao lado dele.

Vamos para a parte de trás onde há alguns bancos, quase nenhuma criança vem aqui, então é um bom lugar para conversar.

Me sento no banco e vejo ele se sentar bem devagar, eu nunca levei um tiro, mas deve estar ao menos dolorido até hoje.

Ficamos calados e aperto as mãos olhando ele.

- Você me odeia? - questiono e vejo ele me encarando antes de virar para a frente.

- Não, eu queria, mas não odeio - diz e respiro aliviada.

- Então nós?.... - começo a falar.

- Não - diz rapidamente e suspiro triste - Eu vim aqui justamente para falar sobre isso.

- O que quer falar que eu já não saiba? - pergunto.

- Eu só quero dar um fim de vez a tudo isso - diz me olhando, verifico em seus olhos e vejo que ele está determinado a isso - De um vez por todas, o relacionamento que tínhamos está acabando aqui e agora.

Por mais que eu já soubesse disso ainda me dói ouvir ele dizendo tão determinado, mas o que eu queria? Ele comigo mesmo tendo levado um tiro? Sim...

- Tudo foi um erro - diz e me dói.

- Para mim não foi - respondo baixo - Sei que de fato não foi o mais saudável por tudo que houve, mas não foi um erro, não para mim, eu...

Deixo as palavras ficarem em minha boca e prefiro não as pronunciar, ao que parece ele ainda não acredita que o amo de verdade.

- Você? - pergunta e balanço a cabeça.

- Nada - falo suspirando.

- Nós começamos errados Angel, eu queria pegar o ladrão a todo custo, você quis me usar para sair ilesa - diz - Isso não foi certo, eu continuei investigando você depois de dizer que não ia fazer e você me enganando, diga por acaso se arrepende?

Comprimo os lábios e olho para a frente, dizer que me arrependo estarei mentindo.

- Só por ter deixado meu dedo escorregar e te machucar - falo - Você se arrepende?

- Não, só que não ter sido mais perspicaz e detido você antes - diz, mas sua voz e de provocação.

- Você não ia conseguir, eu sou ótima no que faço Mancinne - provoco também - Você só descobriu porque eu quis.

- Eu já estava chegando perto - diz - descobri sozinho sobre você e o Rizzo.

- Uma coisinha de nada, nós poderíamos estar tendo um caso por exemplo - ouço ele resmungar algo e apertar as mãos, dou uma risadinha e ele me olha.

- Bom não importa mais, tudo foi resolvido - diz - Rizzo foi embora, fiquei sozinho e agora tenho uma nova parceira, que eu investiguei toda a vida e sei que não vai fazer nada desse tipo.

- Espero que seu novo parceiro, seja alguém legal - falo.

- Não é parceiro, e sim parceira - diz e olho para ele - Donna fez o treinamento comigo, conheço ela a muito tempo já.

Aperto minhas mãos e encaro as flores que tem por ai, não gosto disso que estou sentindo e se chama ciúmes.

- Que bom, espero que se dêem bem - falo e fico de pé - Está na hora adi lanche das crianças, vou ajudar as meninas, já terminamos nossa conversa não é?

- Sim - responde me analisando - Vou ajudar vocês.

- Não é preciso - falo.

- Eu vou ajudar - diz e fica de pé.

Começamos a caminhar para a cozinha e lavo minhas mãos para ajudar as meninas a colocarem as comidas das crianças.

Suspiro e distrai a mente enquanto ajudava as crianças a comerem, vejo Steffano brincando com elas e percebo que o que eu pensei um tempo atrás não vai poder se realizar porque ele parece decidido a não ter mais nada comigo.

- Titia Angel pega eu - Renê fala esticando os braços, sorrio e me abaixo pegando ele no colo - Você tá de castigo?

- Eu acho que não - falo sorrindo, quando vim para cá as crianças perguntaram onde Steffano estava, eu acabei dizendo que estava de castigo e não poderia ver ele por um tempo, a verdade é que estava me sentindo culpada para encarar ele outra vez.

- Então nós podemos brincar agora? - pergunta.

- Sim meu amor, podem brincar agora - respondo.

- Eba, eu gosto de brincar com o titio Steffano - diz e beijo a bochecha gordinha dele - Vocês são namoradinhos?

- Infelizmente não - falo e ele me olha - Mas somos amigos eu acredito.

- Amigo é melhor que namorado? - indaga e assinto, embora não ache que ser amiga do Steffano seja melhor.

- Muito melhor meu amorzinho - digo e ele sorri.

- Tô com soninho titia - diz.

- Vou colocar você para dormir meu amor - falo e começo a caminhar com ele para os quarto.

Me sento na cama e coloco ele deitado, fico o balançando até que o mesmo esteja dormindo, sorrio me afastando e beijo seus cabelinhos, cubro seu corpo e me afasto, viro e me assusto ao ver Mancinne parado atrás de mim.

Seus olhos percorrem os meus com intensidade, engulo em seco quando ele se aproxima e segura meu rosto, nossos lábios se tocam e sinto como se meu corpo estivesse flutuando.

Sua língua adentra minha boca e percorre por ela, faço o mesmo e aperto Mancinne contra mim.

- Desculpa - pede se afastando e o encaro sem entender - Eu não deveria ter feito isso, com licença.

Ele se afasta e sai apressado do quarto, suspiro e toco meus lábios, suspiro sentindo que esse beijo foi nossa despedida.

$$$$$

Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora