Vejo Angel sorrir me olhando e então terminar descer as escadas.
- Bambina, não sabia que estaria aqui - Rocco diz e beija o rosto da filha.
- Eu voltei hoje do orfanato, então decidi vir aqui, queria ver o quanto a Vio cresceu - fala sorrindo e beija o rosto do pai - Ai Karin me chamou para jantar.
- Nós podemos resolver isso depois Rocco, talvez queiram fazer um jantar em família - falo a ele.
- Você é quase da família - diz - Vamos.
Seguimos até a sala de jantar, antes me retiro para ir ao lavabo, lavo minhas mãos e volto para a sala de jantar.
Vejo Angel conter o sorriso quando volto, vejo que o único lugar vazio é ao lado dela, já que do outro lado está seu pai e madrasta.
Me sento e começamos a conversar enquanto os funcionários servem o jantar.
Bom, há algo que eu decidi após aquela conversa com Angel, eu não fui alguém correto perante meu trabalho.
Ganhei o reconhecimento por algo que não fiz, não tive coragem de entregar aos verdadeiros culpados que são ela e Rizzo, então acho que eu não deveria, da próxima eu faria o que? Protegeria um assassino?
Rocco Santinni descobriu sobre isso e disse que teria um proposta para me fazer, eu até imagino onde seja, mas creio que não vou aceitar, eu não quero fazer parte disso.
- Então Steffano, o que você pretende agora que não é mais detetive? - ele questiona, vejo Angel me olhar e arquear a sobrancelha.
- Eu ainda não sei, creio que tenha um tempo até decidir algo - respondo.
- Entendo - diz.
Começamos a conversar e sinto a mão de Angel tocar minha coxa, mas ela está concentrada conversando como se não tivesse fazendo nada demais.
Ela não faz nada, só deixa a mão onde está, finjo ignorar e continuo a conversar.
Aos poucos ela mexe a mão, mas não faz nada além disso, a vejo olhar de soslaio para mim e sorri, de repente Karin engasga e penso que talvez ela tenha visto.
- Cuidado querida, coma mais devagar - Rocco diz mas em seus lábios tem resquícios de sorriso.
- Eu só não calculei - diz baixo com a bochecha vermelha.
O jantar segue tranquilo e sem incidentes, Angel tirou sua mão da minha coxa e não fez mais menção de nada.
Após terminarmos Rocco me chamou para irmos ao seu escritório, me sento de frente a ele e espero que diga algo.
- Bom, eu não gosto de enrolação Steffano, te chamei aqui para convidá-lo a fazer parte da famiglia - diz - Eu confio em você, conheço seus pais a muito tempo, seus irmãos já fazem, só falta você participando.
- Sinto muito Rocco, mas isso não é para mim - falo - Não sei se ia conseguir participar de algo do tipo.
- Você poderia me ajudar somente em algumas coisas Steffano, quando eu precisar de ajuda para achar alguém, quando eu precisar de um guarda costas - diz - Se sua preocupação é dinheiro eu pago bem.
- Não é isso Rocco, só não quero mesmo - falo.
- Ok, ainda estará disponível caso esteja interessado - diz e assinto - Eu gostaria muito de ter você sendo parte da famiglia, de um jeito ou de outro, mas a escolha é sua .
- Agradeço, mas realmente não quero - afirmo outra vez.
Continuo lá enquanto conversamos sobre outras coisas, o tempo passa e vejo que preciso ir para casa.
- Bom, obrigado pelo jantar e tudo, mas acho que já está na hora de ir - falo ficando de pé.
- Ok, caso mude de idéia sabe onde me encontrar - diz e assinto - Vou deixá-lo na porta.
- Não é necessário - digo - Com licença.
Saio do seu escritório e caminho óleo corredor em direção a sala da casa, vejo tudo vazio e me pergunto se Angel está aqui ou já foi embora.
Abro a porta e saio, caminho em direção onde meu carro está estacionado, abro a porta e me sento no banco do motorista.
- Oi - ouço falarem e me viro segurando a arma, Angel ri e abaixa me olhando.
- O que está fazendo aqui dentro? - pergunto guardando a arma - Quer que eu devolva o tiro?
- Ah não, minha pele é perfeita demais para ficar marcada por cicatrizes de bala - diz e passa pelo meio dos bancos sentando no banco da frente - Eu só vim fazer e dizer algo.
- O que você veio dizer? - questiono.
- Isso - diz e se coloca em meu colo com uma perna de cada lado, seus lábios tocam os meus e sua bunda roça em meu membro.
Sinto sua língua em minha boca e chupo ela ouvindo seu gemido, aperto a cintura dela e movo meus lábios, quando estamos ficando em ar ela separa nossas bocas e sorri.
- Eu estou dizendo aqui agora Mancinne, que não vou desistir facilmente de você - fala encostando os lábios nos meus - Você disse que não me quer, mas esse beijo e suas atitudes dizem o contrário.
- Talvez seja falta de sexo - provoco e ela ri.
- Dúvido meu amor - ela lambe meus lábios e se afasta rindo - Eu gosto de jogar para ganhar Mancinne.
- Não estamos em um jogo, só por que isso aconteceu não significa que vá se repetir - falo e ouço sua risada, reprimo a vontade de pegá-la e deixar sua bunda roxa para que ela deixe de ser debochada.
- Eu acabei de inventar um meu bem, cuidado - diz dando um selinho rápido em mim e saindo do carro, vejo ela correr feito uma criança, ela vira e manda um beijo voltando a correr em seguida.
Balanço a cabeça e rio, essa mulher não é normal e foi exatamente isso que me fez amar ela.
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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro I
RomanceUma mulher doce, ingênua e amável é tudo que Angel Santinni..... Não é. Anos de sua vida planejando um golpe milionário, e tudo estava dando certo para sua ascensão ao poder, ela só não contava que um Mancinne entraria em sua vida e começaria a atra...