Suspiro encarando Mancinne, eu não sabia que poderia ser uma pessoa tão covarde que foge das coisas, nesse momento eu quero correr a admitir que gosto desse filho da puta gostoso.
- Como detetive eu digo que se você quer fugir é porquê deve algo - fala em tom de brincadeira e se senta soltando meu pulso, puxo o lençol para cobrir meu corpo e aperto os lábios - Qual a dificuldade de falar sobre ver o que sente?
- Para mim? Muita - falo, respiro fundo e prendo meus cabelos enquanto Mancinne me encara - Comece você.
- Fujona - diz tocando meu rosto e suspiro - Eu gosto de você Angel, de verdade, não sei onde vai me levar isso, mas talvez o tesão tenha evoluído.
- Digo o mesmo - ele arqueia a sobrancelha e suspiro - O tesão também evoluiu e eu gosto de você Mancinne.
- Doeu admitir? - questiona risonho e reviro os olhos - O que podemos fazer quanto a isso?
- Eu não sei - falo sincera - Deixar fluir naturalmente?
- Acho uma boa idéia - diz chegando perto e tocando meu rosto, sinto sua respiração e passo a língua nos lábios vendo ele acompanhar com o olhar - Afinal o que poderia dar errado?
"Muitas coisas Mancinne, muitas coisas" - penso.
- Nada - falo beijando ele.
Steffano me deita na cama ficando por cima de mim e me beijando.
- Vamos dormir ainda é cedo demais - diz se afastando e resmungo - Sem preocupações com o futuro.
- Ok - falo me arrumando na cama, ele me abraça e suspiro, minutos depois ele dorme e fico pensativa.
Muita coisa está em jogo aqui, eu não vou desistir de tudo que passei uma vida planejando por conta de um sentimento, nunca.
Afasto Mancinne e caminho até o banheiro, lavo meu rosto e suspiro, talvez eu deva ir embora para não machucar Mancinne, mas sou egoísta demais e não farei isso, vou permanecer aqui e continuar fazendo o que estou fazendo mesmo sabendo que um dos dois poderão sair machucados no final disso tudo.
Saio do banheiro e visto uma camisa dele, vou a cozinha, bebo água e ando pela casa de Mancinne sem sono,vejo uma porta um pouco aberta e a luz acesa, entro nela e fico surpresa com o que vejo na parede.
Sorrio olhando tudo, caminho até a mesa e pego arquivos com fotos minhas.
- Ora, ora Mancinne, você é um safadinho - falo sozinha e sorrio - Talvez por isso eu goste de você, não coloca ninguém a sua frente, é você por você, exatamente igual a mim, eu também escolheria meu trabalho.
Coloco de volta no lugar, desligo a luz e saio do escritório, volto para o quarto e me deito novamente ao lado de Mancinne.
Se eu fiquei com raiva dele? Jamais, eu amo um bom desafio e confesso que me excita muito está com ele sabendo que o mesmo me investiga.
Maluco talvez? De fato, mas é excitante também.
Me aconchego ao lado dele e durmo, eu gosto de bons desafios, se ele quer brincar de gato e rato darei emoções a brincadeira.
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Abro os olhos e tento acordar de fato, sinto alguém agarrado a mim e algo fazendo sucção em meu peito, mas precisamente alguém.
De todas as vezes que dormimos juntos Mancinne fez isso, e ele parece bem relaxado fazendo, não acho incômodo, é interessante.
Dou de ombros e relaxo deixando que ele continue o que está fazendo, desse modo é diferente de quando estamos transando e ele começa a sugar meus peitos, agora é fofo, no sexo é excitante.
Passo as mãos em seus cabelos macios e ele suspira sugando mais forte e me apertando.
Percebo ele acordando e sorrio para o mesmo, ele abre os olhos e me olha dando um sorriso, então se afasta olhando para meu peito e suspira.
- Outra vez? - questiona baixinho.
- Você parece um bebezinho fazendo isso - zoo com ele - Bom diaa Mancinne.
- Bom dia Santinni - fala beijando meu pescoço.
Sua mão toca minhas costas e alisa o local, ouço o toque do meu celular e suspiro.
- Depois atende - fala.
- É o meu pai, e ele só me liga se for algo muito preciso - falo ao escutar o toque, me afasto e levo o celular aos ouvidos - Alô.
- Filha a Karin... Ela - diz chorando.
- Ela o que pai? - questiono - O que aconteceu?
- Ela está no hospital após tomar muitas doses de remédios - diz e meu coração acelera - Eu preciso... Eu.
- Já estou indo para aí - falo me levantando - Se acalme, ela já está sendo atendida?
- Sim - murmura.
- Então se acalme, já estou chegando aí papà - falo e desligo, procuro minhas roupas.
- Ei o que aconteceu? - Steffano questiona.
- A esposa do meu pai está no hospital, aparentemente tomou muitos remédios - falo - Eu preciso ir.
- Eu levo você - diz, visto minha roupa que é a mesma da festa de ontem e seguimos para o carro dele.
O caminho até o hospital é rápido, ao chegar na recepção vejo meu pai de cabeça baixa e as mãos segurando ela, corro até ele e toco seu ombro, ele fica em pé e me abraça apertado.
- Foi culpa minha bambina, ela tentou se matar por minha culpa - fala chorando - Ela está grávida e talvez perca o bebê porquê eu disse que não queria ter outro filho.
- Se acalme papà - falo me afastando e olhando para ele - Me conte direito.
- Quando eu casei seis anos atrás eu não queria você sabe, mas casei pois precisava de um herdeiro já que sua mãe me fez prometer que não deixaria você entrar nisso tudo - assinto - Mas o que ninguém sabe é que eu não queria outro filho, então disse a Karin para tomar remédio com a desculpa de que precisávamos curtir o casamento, mas ela me perguntou algumas vezes até eu dizer que nós jamais teríamos um filho, um tempo atrás ela ficou doente e tomou alguns remédios, provavelmente cortou o efeito do contraceptivo e ela engravidou, mas não me disse nada, então se afastou e agora tomou as drogas desses remédios! Tudo por minha culpa, esteve tudo tão claro e eu demorei a ver.
Abraço ele que chora, eu poderia dizer que avisei, mas isso não adiantaria de nada e além do mais eu percebo o quanto ele está sofrendo aqui.
- Agora além da minha esposa eu posso perder a um filho - diz - Sua mãe deve me odiar nesse momento.
- Não odeia papà, ela entende assim como eu entendi - falo.
Ver o jeito que meu pai ficou após a morte da minha mãe foi doloroso, na da minha irmã então, nem se fala, é entendível que ele não queira mais filhos.
O que resta agora é torcer para que Karin se recupere e que o bebê esteja bem.
Se não estiver acho que será doloroso para ele algo do tipo.
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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro I
RomanceUma mulher doce, ingênua e amável é tudo que Angel Santinni..... Não é. Anos de sua vida planejando um golpe milionário, e tudo estava dando certo para sua ascensão ao poder, ela só não contava que um Mancinne entraria em sua vida e começaria a atra...