Quarantasei

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Arrumo tudo em meu escritório, guardo as pastas com alguns papéis sobre os eventos que fiz

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Arrumo tudo em meu escritório, guardo as pastas com alguns papéis sobre os eventos que fiz.

Sorrio lembrando de como era bom, mas eu realmente não vou mais fazer nenhum, acho que os que fiz já foram suficientes.

Além do mais eu estou montando meu escritório e vou atuar como advogada, no meio em que cresci casos é o que não falta para defender.

Eu estou uma nova fase, se serei alguém certinha? Não, isso não combina comigo, saberei usar as coisas ao meu favor como sempre fiz.

Termino de guardar os papéis em pastas na ampla estante de livros, ouço meu celular tocar e ignoro continuando a arrumar tudo, mas ele continua tocando e caminho até a mesa vendo o nome da diretora do orfanato.

- Alô? - questiono.

- Senhora pode vir ao hospital? Uma das crianças de machucou - diz e meu coração dispara ansioso.

- Qual hospital esta? - questiono desesperada.

- No que a senhora fez o plano para as crianças - diz.

- Estarei aí já - falo e desligo.

Corro até meu quarto e pego minha bolsa e chave, desço pelo elevador e entro no carro acelerando rapidamente em direção ao hospital.

Tento manter a calma e não pensar no pior, Dolores não estaria tão calma se fosse algo mais sério.

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Estaciono o carro e saio correndo em direção a entrada do hospital, vejo Dolores na sala de espera e paro na frente dela.

- O que aconteceu? Quem se machucou? - pergunto.

- Foi a Gianna senhora, eles estavam brincando de esconder, ela correu ao andar de cima e se escondeu lá, quando foi descer correndo escorregou e acabou caindo de metade da escada - diz e meu coração aperta - O médico disse que ela quebrou uma perna e um braço por ser muito sensível.

- Ela está bem não é? - questiono.

- Sim, agora está dormindo, eu só fiquei aqui na sala de espera para quando você chegasse - diz - Vamos para o quarto onde ela está, pode chamar o médico e falar com ele.

Andamos até o quarto e corro até a cama onde Gianna está dormindo, toco o rostinho dela e vejo seu braço e perna enfaixado, deixo um beijinho na cabeça dela.

- Eu não liguei antes pois fiquei desesperada no momento, as outras crianças ficaram com as meninas - diz - Eu juro que não vi quando tudo aconteceu, ela só se escondeu e correu para o andar de cima sem nossa autorização.

- Entendo - falo e olho para a garotinha dormindo.

Mesmo que ela esteja bem eu ainda sinto meu coração apertado por ela, eu amo demais essas crianças e qualquer coisinha que acontece com elas me sinto responsável.

- Eu ficarei com ela Dolores, acho que deveria ir cuidar das outras crianças - falo.

- Tudo bem senhora, eles ficaram desesperados, mas eu fiz o possível para apaziguar a situação - fala, as vezes ela é calam demais.

- Diz a elas que está tudo bem e assim que a pequena Gi estiver bem eu levarei ela e vou visitar a todos - ela assente, beija a cabeça de Gianna e sai do quarto.

Me sento ao lado da pequena e toco seus cabelinhos cacheados.

Deixo minha mente vagar pela imaginação dela sendo minha filha, eu gosto de pensar assim, talvez seja bom pra mim e para as crianças, eu amo a todas elas igualmente, acho que poderia resolver isso.

Seria melhor ainda se tivesse Steffano ao meu lado.

Mas já faz uns dias desde nosso último beijo, eu saí correndo por sentir ciúmes daquela mulher.

Ele também não veio atrás de mim, então eu só fiquei na minha, não desisti dele e nem quero, mas confesso que fiquei insegura.

Maldita hora que eu fui inventar de se tornar o ponto fraco dele, só não imaginei que ele também poderia virar o meu ponto fraco.

Pego o celular e ligo para ele, sei que ia querer saber da Gianna e vir aqui visitar ela.

A ligação completa e chama até cair, tento novamente mais algumas vezes,mas ele não atende.

Suspiro e fecho os olhos encostando minha cabeça na poltrona, ouço a porta ser aberta e um perfume familiar, sorrio e abro os olhos, mas não vejo quem achei que era, vejo na verdade um homem alto, porte atlético, mas vestido em um jaleco de animais.

- Era outra senhora que estava aqui, ela já foi embora? - questiona.

- Sim, estou responsável pela Gianna, você foi o médico que atendeu ela? - questiono ficando de pé - Não foi grave né? Ela vai se recuperar logo?

- Não foi grave, apenas por ela ser muito novinha e os ossos não serem tão resistentes como os nossos ela acabou faturando o braço e perna - responde - E sim, ela vai se recuperar logo, apenas precisa abster de brincadeiras de crianças por um tempo.

- Ok, posso resolver isso - falo.

- E também é bom tomar cuidado com as escadas, a outra senhora falou que é um orfanato e há outras crianças lá - assinto - Eu sugiro que para evitar mais casos como esse que vocês coloquem portãozinhos nas duas extremidades das escadas, assim evita que elas subam e desçam sem a presença de um adulto.

- Ok farei isso, em todo esse tempo nunca nenhuma criança se machucou, mas tomaremos as medidas necessárias para evitar mais casos assim - falo - Mas ela realmente está bem né? Não machucou a cabeça de forma que possa prejudicar ela né?

- Não, fizemos exames e tudo, foi somente o braço e perna dela - diz e respiro aliviada.

- Obrigada - agradeço e sorrio olhando para a pequena dormindo.

- Ela é uma garotinha forte, ficou quietinha o tempo todo enquanto eu engessava a perna e braço dela - diz sorrindo - Caso precise de algo só precisa chamar pelo doutor Christopher ok?

- Ok - sorrio agradecida para ele - Eu sou Angel caso queira me dizer algo.

- Com licença - diz e se retira do quarto.

Algo como uma lâmpada ascende em minha cabeça e acho que posso usar algo a meu favor.

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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora