Quarantuno

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Dois meses depois...

Caminho devagar e empurro a porta da delegacia, vejo todos me olhando e começam a bater palmas, comprimo os lábios e olho para ele

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Caminho devagar e empurro a porta da delegacia, vejo todos me olhando e começam a bater palmas, comprimo os lábios e olho para ele.

- Finalmente o chefe voltou - Donna diz sorrindo.

Alguns outros polícias me cumprimentam e felicitam pelas peças recuperadas, me sinto até culpado por não ter sido eu quem recuperei de fato.

- A sua licença já acabou? - Donna questiona.

- Não, mas eu não ficaria sem vir aqui - falo.

- Tá sabendo que o Rizzo pediu transferência? - olho para ela - Ele disse que vai morar na Rússia agora.

- Não sabia - respondo.

- Eu ficarei como sua parceira agora - diz sorrindo e assinto.

Nem sei se eu vou continuar aqui, me sinto errado sabendo que os verdadeiros culpados pelos roubos estão livres por aí podendo a qualquer momento voltar a fazer tudo.

Donna sai da minha sala e me sento na cadeira olhando para tudo em cima da mesa, suspiro esfrego meu rosto.

Olho pro quadro de suspeitos na parede e me levanto tirando ele quando uma foto de Angel cai, essa foi tirada antes de nós envolvermos, ela estava no restaurante e eu cheguei lá para provocar ela.

Suspiro e penso que precisamos conversar, talvez eu deva ir atrás dela e encerrar isso de uma vez por todas, nós não temos volta, mas precisamos de um fim.

Me levanto e caminho em direção ao estacionamento, entro no meu carro e dirijo em direção ao apartamento dela, ouvi aquele áudio e ela disse que ia embora para um lugar onde seria acolhida e eu não ia a achar, mas sei que Angel ama mentir e talvez esteja em seu apartamento.

A entrada do meu carro é liberada, me surpreendo por ela não ter proibido, paro nas vagas destinadas a ela e vejo o carro que usa na vaga, então ela só pode estar aqui.

Entro no elevador e aperto o botão da cobertura, quando para no seu andar saio e caminho até a porta, apesar da chave ainda está no meu chaveiro eu prefiro que ela abra.

Bato mais algumas vezes e ela não abre, respiro fundo e pego a chave abrindo a porta e vendo todo o apartamento coberto com lençóis brancos, suspiro e fecho novamente.

Decido ir até a casa do pai dela, talvez ela esteja lá.

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- A minha filha não está aqui Steffano, desde que tudo aconteceu ela não aparece, só manda notícias de que está bem - Rocco diz - Eu não sei onde ela está, só sei que está bem.

- Eu preciso conversar com ela - falo e ele me olha.

- Sinto muito por tudo que aconteceu, espero que você esteja bem, mas eu realmente não sei onde ela está - fala mais uma vez - Angel sabe se esconder e nem mesmo eu ia conseguir achar ela se quisesse, então melhor deixar como está, ela voltará no tempo certo.

Suspiro e me despeço saindo de sua casa, entro no meu carro e suspiro pensando que talvez seja melhor deixar realmente como está.

Olho pro espelho e vejo um chaveiro com uma foto das crianças do orfanato, sorrio vendo os pestinhas e minha mente clareia.

- É lógico, um lugar onde ela se sinta acolhida - penso - E ela não passaria esse tempo todo longe das crianças.

Ligo meu carro e dirijo até o orfanato, daqui o caminho é um pouco mais demorado, mas logo estou parado na frente do lugar.

Vejo dois homens parados no portão conversando, um deles olha pro carro e começa a caminhar até o lado da minha porta.

- Quem seria você? - questiona.

- Sou Steffano Mancinne, amigo da Angel - respondo e ele me olha.

- Desculpe, não conheço você e não posso deixa-lo entrar - diz.

- A Angel me chamou aqui - falo e ele me olha.

- Sinto muito senhor, não posso deixar entrar - fala outra vez.

- Sou detetive da 136ª delegacia de polícia de Florença, preciso que me deixe entrar - falo que pegando meu distintivo e vejo ele revirar os olhos.

- Eu sei quem você é detetive, mas não vai entrar aqui, não tem um mandado - diz e suspiro.

- Diga a Angel que eu sei que ela está aqui e não vou embora sem ela falar comigo - falo, ele me olha, olha para o outro guarda e então caminha até o lado dele, entro no carro e minutos depois o portão se abre.

Ligo o carro e entro pelo portão, estaciono meu carro e saio caminhando até o pátio, vejo as crianças brincando e sorrio.

- Olha o titio Steffano - uma grita e corre até mim, ela abraça minha pernas e então as outras vem, abraço cada uma delas e sorrio.

- Você melhorou do dodói titio? - Gianna pergunta.

- Melhorei sim, pronto para outra - falo.

- Você pode brincar de correr? - Renê pergunta.

- Ainda não, só de fazer cócegas - falo segurando ele e fazendo cócegas em sua barriga.

- Para, para - pede rindo e paro de fazer cócegas nele.

- Você veio tirar a titia Angel do castigo? - questiona e franzo o cenho.

- É, ela disse que ia ficar aqui por um tempo, pois estava de castigo e não poderia ver você - Lindsay fala.

- Ela disse para não falarmos a você, mas a titia Dolo disse que não podemos mentir - Gianna diz e dou risada.

- E onde está a titia Angel? - questiono.

- Ajudando as arrumar as coisas lá na cozinha - dizem.

- Vou tirar ela do castigo - falo e eles assentem começando a correr para brincar novamente.

Caminho até o local onde fica a cozinha e espero a porta ser aberta, ela aparece e engole em seco ao me olhar.

- Oi Angel, nós precisamos conversar - falo e ela suspira me olhando de cima a baixo.

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Angel - Entre Amor e Poder - Série Santinni's Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora