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RAPHAELLA

Três dias, sozinha, com duas crianças é foda.

Apaguei as luzes deixando só a do quintal e da piscina ligada, peguei minha taça de vinho, coloquei meu moletom, meu livro, desliguei o celular, soltei o zeus, deitei no sofa, e li meu livro na paz.

Eu to um poço de estresse, minha paciência foi pro espaço, calmaria eu nunca nem tive.

[....]

Rapha: zeus, para. -falei pro zeus que tava agitado na porta e voltei a ler.

Ouvi a porta abrindo.

Olhei vendo o Zeus pular no rafael.

Tirei a taça da boca.

Tá explicado porque ele se agitou do nada.

Indio: iae, vira lata. -brincou com ele. -cade sua mãe, filho, ein. -fez carinho nele.

Eu tava precisando.

Sorri e bebi meu vinho.

Rapha: ei. -ele olhou e eu fechei o livro.

Indio: nem te vi. -chamei ele com dedo e ele veio. -que foi? -fiz bico e ele me deu um selinho.

Bati do meu lado pra ele sentar.

Ele sentou e eu cheirei ele.

Olhei o pescoço.

Ele revirou os olhos.

Rapha: se comportou direitinho? -sentei no colo dele.

Indio: me deixa tomar um banho.

Rapha: não foi a pergunta. -continuei beijando o pescoço dele.

Indio: eu to cansando, rapha.

Rapha: a pergunta. -mordi a orelha dele. -se comportou direitinho?

Indio: uhum.

Rapha: e se descobriu gay? -ele riu.

Indio: não.

Rapha: dormiu com alguém antes de entrar por aquela porta?

Indio: não.

Rapha: ta esperando alguém? -continuei beijando o pescoço dele.

Indio: não.

Rapha: o que te impede agora?

Indio: o cansaço e seu cachorro me olhando. -ri olhando pro zeus. -sai cachorro, porra. -o zeus saiu e eu ri.

Rapha: muito cansado? -olhei pra ele.

Indio: muito.

Rapha: de zero a dez.

Indio: trinta.

Rapha: que merda, rafael. -sai do colo dele que riu.

Indio: deixa eu tomar um banho. -fiz bico e peguei minha taça de volta.

Ele pegou a taça e bebeu meu vinho todo.

Deixou a taça do lado e subiu.

Bufei e voltei ler meu livro.

Rapha: dentro de casa? -falei ouvindo ele descer e sentindo o cheiro de maconha.

Indio: faz mal não. -pegou o celular dele que tava do meu lado.

Olhei pra ele que assoprou em mim.

Abriu minha perna.

Senti uma esperança e ele se foi quando ele sentou no meio.

NO MORRO- continuação Onde histórias criam vida. Descubra agora