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Faltavam menos de 24h para o dia tão esperado por Paula, estava fazendo segredo direitinho. Não só ela como todos os seus comparsas....

Era uma manhã de quinta-feira, Carmem estava no prédio de produção trabalhando em uma nova fragrância, então a morena conseguiria terminar tudo com calma, sem precisar se esconder como estava fazendo nos últimos dias.

O telefone da morena tocou, era a loira.

- Bom dia coração!

- Bom dia meu amor! Nem vi quando você saiu hoje! - a morena fazia um biquinho do outro lado da linha.

Como se sabendo da cara da amada, Carmem respondeu - Você estava dormindo tão bem, fiquei com pena de te acordar. Viu oque deixei do lado da cama?

- Lógico! Você sabe que não precisa deixar uma rosa sempre que levanta antes né?

- Você não gosta? - agora foi a vez da loira fazer o biquinho.

- Eu amo! Mais não precisa...

- É a minha forma de te dar bom dia com todo meu amor!

- Ta bom amor, muito obrigada! Mais não foi por isso que você me ligou, foi?

- Também! - riu - É que me ligaram do Jardim Botânico para confirmar uma locação para amanhã. Não estou sabendo de nada...o que você está arrumando Paula Terrare?

A morena gelou. Aquilo fazia parte da surpresa,  Carmem não poderia desconfiar - Nada demais amor, só as fotos da nova linha de batons. Eu te falei. - mentiu, não havia falado nada para a namorada.

- Amanhã Paula? Justamente amanhã?

- Sim! Porquê, tem alguma coisa importante nesse dia? - ela sabia que isso poderia deixar a outra um tanto chateada, mais era preciso.

- Não Paula, nada! - engoliu em seco. Será mesmo que ela havia esquecido o primeiro mês de namoro delas? O mês mais lindo e apaixonado de sua vida? - Agora eu tenho que desligar, depois nos falamos. - e desligou.

- Ô meu amor, não fica assim! Você vai amar a surpresa! - Paula falou olhando para uma fotos delas que estava em sua mesa.

O dia passou correndo, ela tinha muita coisa para resolver. Carmem não apareceu na empresa, deve ter ficado realmente chateada. Mais a morena não daria um passo em falso, qualquer ato dela poderia por tudo a perder.

Paula foi para casa em torno das 21h da noite e nada da outra fazer contato. - Mãe, a cascacu não vem hoje? - Flávia perguntava entrando no quarto da mãe com um prato na mão, comia uma fatia enorme de bolo de chocolate.

- Acho que ela ta me dando um gelo...eu fingi que esqueci de amanhã...- seu semblante era triste. Essa era a primeira "briga" das duas de verdade. Porque as outras ou eram por conta da empresa ou apenas uma implicando com a outra.

- E você não vai fazer nada?

- Não posso! Ela vai desconfiar!

- Prefere ficar assim? Com essa cara? Você é estranha...- e saiu do quarto, deixando uma Paula pensativa. Será que estava fazendo certo? Resolveu mandar uma menagem.

Amor, cadê você? Estou com saudades! Vem logo pra casa!

Rezou para a loira responder logo. Deu 22h, 23h...nada.

Carmem Wollinger, cadê você? Estou ficando preocupada! Amor?

- Se ela não responder em 10min, vou começar a rodar essa cidade atrás dessa mulher! - Paula falava já nervosa, olhando para o relógio.

Outra vida, mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora