Paula ficou encarando a sra Norma Wollinger que estava agora chorando e olhando para os bebês. - A senhora aceita uma água? - a morena perguntava.
- Eles são idênticos a você e sua irmã Carmem! Então eles são seus! - a mãe ignorava completamente a pergunta da nora.
- A Paula te fez uma pergunta mãe! E sim, os bebês são meus e da minha esposa, são nossos!
- Sua mãe não quer nada! Essas crianças ai, tem meu sangue...vão comigo pra Alemanha, vão ser criados direito, por uma família de bem!
- Esse velho ta caduco? Só passando por cima do meu cadáver tiram meus filhos de mim! - A morena se exaltava.
- Calma amor, ninguém vai levar eles! O lugar deles é ao lado das mães deles, aqui onde moramos. Vocês não tem nada com isso! Agora se quiserem manter contato para acompanharem seu crescimento, eles vão gostar. Por mim, podem sair pela mesma porta que entraram. Eu não admito que falem mais um ai para a minha esposa, sobre a minha família ou sobre a minha vida! Já foi o tempo que vocês tinham algum domínio sobre mim!
- Viu Norma, eu disse pra você que seria um tempo perdido vir aqui tentar botar juízo nessa cabeça! Vamos embora!
Paula segurava firme com uma mão no berço dos filhos e a outra apertava a mão da esposa. Tentando passar por ali, toda a força que a loira precisava para encarar os pais autoritários e homofóbicos.
- Para de chorar Norma! Vamos embora! - o homem puxou a esposa pelos braços, a levantando e saindo apressados da sala. A mulher estava desolada, ao mesmo tempo que não conseguia aceitar, estava já derretida pelos netos. Eles tinham as carinhas das suas filhas, os maiores amores da sua vida!
- Gostei de ver coisa linda! Defendendo sua família! - Paula mau acabara de falar, a esposa soltou sua mão e se pôs a chorar, de nervoso e alívio. Era a primeira vez que conseguia enfrenta-los e isso ela devia a esposa, sua força vinha do amor que elas sentiam, do amor pela história que estavam construindo juntas.
Depois de um tempo, a loira se recompôs, conseguindo então falar - Agora está resolvido. Se eles quiserem ir embora e perder o crescimento dos nossos filhos, quem perde são eles! Nada acrescenta na nossa vida a presença de pessoas assim! - agora não descia mais nenhuma lágrima, ela estava bem consigo mesma. Estava bem com o presente e principalmente com o futuro. - Agora vamos pra casa coração, aproveitar cada segundo que temos, de cada fase desses bebês lindos!
Os gêmeos já estavam acordados, tinham o sorriso vazio mais lindo de todos. Dificilmente alguém não se derretia por eles. E os biquinhos, esses eram o ponto fraco de Paula. Ela já sofria com isso na esposa, era a coisa mais linda do mundo, agora tinha também em miniatura. Ela estava realmente lascada com os três!
- Ei...coisa linda...- a morena puxava a esposa pela cintura - Você merece um prêmio! - selou seus lábios num beijo quente, necessário, vitorioso e gostoso! Suas línguas se entrelaçavam perfeitamente, suas bocas tinham sintonia, se encaixavam perfeitamente. - Te amo! Amo nossa família!
- Também amo vocês! Podemos ir?
- Agora! - passaram os pequenos do bercinho para o carrinho e saíram, felizes, rindo atoa, rumo ao aconchego do lar.
Chegaram em casa por volta das 17:20, Tuninha estava servindo o lanche da tarde, lógico que se juntaram a elas assim deram um banho rápido nos gêmeos.
Já no quarto, algumas horas mais tarde. - Que dia heim? - a morena preparava a banheira para elas.
- Sabe oque seria bom depois desse banho? - a morena fez uma cara de interrogação em resposta - Uma massagem que só você sabe fazer!
- Pela sua coragem e bravura de hoje, merece tudo meu amor! - a morena tirava delicadamente sua roupa, olhando para a esposa com aquela cara que só ela conhecia. Era sexy e provocativa na medida certa. Depois de ter seu corpo todo exposto, Paula entrou naquela água quente e perfumada, convidando a esposa para junto dela. A banheira era do tamanho correto para elas, ficavam juntas sem se sentirem apertadas. Namoraram ali até a água ficar fria. - Vem, vamos para eu fazer a sua massagem!
Saíram da água, se secaram, antes de deitarem na cama, olharam a babá eletrônica, estava tudo bem com os gêmeos, poderiam aproveitar mais. Carmem se deitou, de costas para a esposa, essa pegou um óleo de amêndoas, se sentando bem em cima da loira. Derramou uma boa quantidade do líquido em suas costas e começou a massagem. Sua mão firme, apertava cada espaço daquela pele alva, que logo ficava vermelha, tanto pelo atrito das mãos com a pele como pelo efeito do óleo afrodisíaco que a morena escolhera a dedo.
Junto a pele da loira, o clima foi aquecendo. Paula apertava, arranhava, mordia, se esfregava naquele corpo. Se inclinou para alcançar melhor o pescoço com seus lábios, passando pela região com a língua, a loira se arrepia na hora. Do pescoço ela foi para sua orelha, mordendo o lóbulo, aproveitando para falar coisas no seu ouvido - Você assim, derretida por mim é muita tentação! - Carmem morde o próprio lábio ao ouvir a esposa, se mexendo um pouco, consegue puxa-la para um beijo com gosto de tesão.
O beijo foi ganhando força, agora uma estava de frente para a outra, suas bocas só desgrudavam para recuperar o fôlego. A loira tinha as mãos passeando pelo corpo da morena, essa se concentrava nos cabelos e na bunda da mais velha, a puxando para mais perto, aumentando o atrito entre os corpos.
Paula dominou a situação, virou a esposa, se colocando por cima. Se levantou um pouco e ficou ali, admirando a esposa. Como era linda a sua loira, ainda mais naquela situação. Os cabelos mexidos por ela, a boca vermelha de tantos beijos, a respiração ofegante de desejo, a pele quente, seus olhos tinham o fogo que só ela seria capaz de apagar.
- Casa comigo de novo? - a morena soltou assim, de supetão, sendo invadida por tantos sentimentos e sensações.
- Caso quantas vezes você quiser coração! - suas bocas colaram novamente. A morena passeava com seus lábios por aquele corpo que já conhecia tão bem. Já o decorara, cada curva, cada pintinha, tudo. Volta e meia seus olhares se encontravam, e o passeio continuava. Chegou ao centro pulsante da loira, já inchado, implorando por ela. Paula se jogou ali, abocanhou com toda a fome que estava da esposa, a sugou com afinco. Quando sentiu que ela estava chegando lá, parou. A olhou firme, levou sua mão até a boca da esposa, deixando que ela chupasse dois de seus dedos. Depois voltando com eles para terminar o serviço, os introduzindo no centro. A língua tinha total sincronia com os dedos, Carmem se derreteu por inteira, seu corpo tremeu, se curvando e apertando a morena entre suas pernas. Aquele fora de longe um dos melhores orgamos de sua vida.
A morena se pôs a seu lado, com um sorriso vitorioso, ficaram abraçadas um tempo. A eletricidade ainda percorria o corpo da mais alta. Estavam naquele momento mágico do casal, onde o silêncio não incomoda, mais esse seria cortado em instantes pelo choro de Benjamim que acordara, provavelmente por uma fralda molhada. O restante da noite de amor delas ficaria para mais tarde.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Outra vida, mesmo amor
FanfictionFic contando a história de amor de Carmem e Paula atravessando o tempo e os preconceitos. Usei os nomes das personagens originais das fotos na 1ª fase, é a única coisa que não mexi, o resto foi fic da minha cabeça mesmo! Na 2ª vem Carmem e Paula bem...