Família

217 31 23
                                    

Uma semana se passou desde o nascimento dos gêmeos, contrariando as estatísticas, eram eram muito calminhos. Ingrid falava que esse temperamento deles era porque as mães eram velhas e eles sabiam! Paula odiava quando a filha falava essas coisas, já Carmem se divertia implicando mais ainda com a esposa.

Hoje a platinava havia voltado ao trabalho. Se durante a gravidez ela não suportava ficar longe da esposa, imagina agora com duas coisinhas lindas junto. Trabalhou o dia todo, reunião atrás de reunião, quase não conseguiu almoçar, muita coisa estava atrasada, fez tudo no seu tempo. Trocava mensagens com Paula o tempo todo, queria saber os mínimos detalhes, em troca ganhava muitos vídeos e fotos, mas a melhor foto, ela mesma tirou quando chegou em casa, por volta das 20h da noite e encontrou a esposa com os pequenos no colo. Uma mãe amorosa com seus dois tesouros nos braços. Sua família não poderia ser mais linda!

- Boa noite meu amor! - ela falava a esposa, dando-lhe um selinho e depois um beijo na cabecinha de cada um dos gêmeos - Vou tomar um banho rápido e volto pra te ajudar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Boa noite meu amor! - ela falava a esposa, dando-lhe um selinho e depois um beijo na cabecinha de cada um dos gêmeos - Vou tomar um banho rápido e volto pra te ajudar. - a sensação de ser amada, de pertencer a algum lugar nunca estivera tão forte no coração da loira. Ela nunca sentira isso em relação aos pais e por mais que amasse a irmã, o relacionamento delas também era bem complicado.

Paula havia acabado de dar de mamar à eles, como era de costume, os banhos eram da loira, mas agora ela na empresa o banho de depois do "almoço" ela mesma passou a dar. Ainda tinha muito medo de ser uma péssima mãe, mas quando olhava para aqueles rostinhos sentia amor, uma necessidade absurda de cuidar. Sabia, na superfície de sua pele que seria diferente, agora tinha uma mulher fantástica a seu lado, que dividia com ela não só a vida, mas também o viver a vida, as coisas boas, as ruins, à família, o amor. Colocou os dois na cama dela e ficou os admirando, Carmem na porta do banheiro estava e ali ficou, admirando também a sua visão.

Benjamim começou a chorar quebrando aquele momento mágico - Deixa comigo coração, você ficou com eles o dia todo! - a loira pegava o filho nos braços- Sentiu falta da sua mamãe aqui né? - sentiu um cheirinho vindo da fralda - Você não gosta mesmo de ficar sujo! Já entendi, vamos tomar banho! - era impressionante como os dois ficavam quietos só de ouvir a sua voz, eles realmente prestavam atenção em tudo que ela falava.

- Até eles são encantados com a sua beleza coisa linda! - Paula mexia nos cabelos da loira, em pé a seu lado na cama.

- Isso eles puxaram a você! - levantando o rosto para um beijo de amor. Paula invadiu sua boca com ternura, não tinham mais pressa, o futuro era longo e perfeito uma do lado da outra - Agora eu preciso dar um banho nesse rapaz e depois na mocinha. Jatamos após o banho?

- Sim! Estou morrendo de fome! Queria a sobremesa depois! - mordeu o lábio inferior olhando para o decote da esposa que o robe não conseguia esconder na posição em que se encontrava.

- Por mais que eu esteja com saudades meu amor, você está de resguardo! Precisamos esperar um pouco! - se levantou e deu um selinho rápido na esposa. Indo direto para o quarto das crianças.

Enquanto dava banho no pequeno, Carmem cantarolava alguma canção em alemão, o pequeno Benjamim a olhava, não perdia o contato visual com a mãe de forma nenhuma. Quando já estava vestidinho, pronto pra dormir - Ich liebe dich, mein kleiner Prinz!

- Oque você falou ai pro meu filho cascacu? - Paula entrava no quarto trazendo Gabriela nos braços. Ela era a próxima ao banho.

- Só falei que amava o nosso príncipe! Achou que eu falaria oque pra o NOSSO filho, sirigaita? - serrou os olhos a encarando.

- É nosso príncipe mesmo! E princesa, como fala em alemão?

- Prinzessin.

- A pronúncia até que é parecida, mais não adianta, parece sempre que você está xingando alguém! - falava com naturalidade enquanto trocava os bebês. Ela faria agora o pequeno dormir enquanto a esposa, dava banho na filha delas.

Carmem apenas riu, se fosse entrar nesse quesito com q esposa, sabia que a noite seria longa. Tratou então de dar banho na pequena, assim como fez com ele, cantarolava a mesma canção para a filha, que não muito diferente dele, prestava atenção na loira a todo instante. - Agora que você também está limpinha e cheirosa, é hora de dormir! - ela a embalava em seus braços, um pedaço de seu mundo estava em seus braços. Lembrou dos pais, será que um dia eles amaram ela e a irmã daquela forma?

- O que houve meu amor? Ficou com a carinha triste do nada. - Paula se aproxima à abraçando por trás.

A loira colocou a filha no berço, com todo cuidado para ela não despertar. Se virou para a esposa, passou seus braços por sua cintura - Estava pensando nos meus pais. Acho....acho que chegou a hora de avisar a eles que eu tenho a esposa mais linda desse mundo e juntas trouxemos ao mundo as duas pessoinhas mais amadas e iluminadas que eu conheço. - sentiu a lágrima correr pelo rosto. Ela tinha um gosto de tristeza e ao mesmo tempo da felicidade completa.

- Eu vou estar com você sempre viu? Até se tiver que enfrentar seus pais conservadores e babacas! Ops! - levou a mão a boca - Desculpe pelo babaca amor, não tive a intenção de falar isso dos seus pais.

- Tudo bem meu amor, eles são mesmo! - se abraçaram forte e permaneceram ali um tempo, velando o sono tranquilo dos filhos. Ligaram as babás eletrônicos que ficavam nos berços e desceram ao encontro de Tuinha e Ingrid pra o jantar.

- Até que enfim vocês desceram! Eu tô morrendo de fome e ainda tenho uma penca de trabalhos da faculdade pra fazer! - Ingrid reclamava assim que avistava as duas descendo as escadas.

- Boa noite pra você também minha filha! - Era Carmem quem respondia. Paula só fez algum movimento com as mãos que ninguém entendeu o significado.

O jantar seguiu tranquilo, Ingrid aproveitava para falar sobre um livro que estava lendo para a aula de literatura inglesa. Lia "Orgulho e preconceito", um verdadeiro clássico literário. Carmem conhecia até os mínimos detalhes da obra e estava dando uma verdadeira aula para todos, que a ouviam admirados por tamanha inteligência. Paula observava como era sexy a esposa falando daquela maneira, sentiu as queridas borboletas em seu íntimo. Como desejava aquela mulher!

Após o jantar, todos foram para seus quartos. Nosso casal antes, logicamente, vai ao quarto dos gêmeos antes. Cada uma da um beijo na testa dos filhos e depois, vão para o seu próprio. Onde se preparam para dormir.

Se abraçam apertado na cama king, a loira acariciava os cabelos dourados da esposa com seu olhar perdido no teto - Amor, está tudo bem? - a morena pergunta preocupada.

- Tudo perfeito coração. Só.....amanhã vou escrever a eles e mandar uma foto da nossa família. Chega de me esconder, de negar quem eu sou e principalmente quem eu amo! - pegou delicadamente no queixo da esposa, depositando em seus lábios um beijo terno.

- Estaremos aqui com você! Te amamos muito! - voltando a posição inicial, deitada sob o peito da esposa, ouvindo seu coração lindo batendo ali dentro. Quase podia ouvir seu nome ser dito por ele.

Outra vida, mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora