O dia seguinte ao encontro com a morte foi cinza, não porque o tempo estava fechado e sim pela morte de um deles.
Carmem passou a noite toda sentada na poltrona em frente a sua cama, onde dormiam Paula e Flávia. Do seu lado estava Paulinha, em seu carrinho também dormindo tranquila.
Guilherme estava na sua clínica, provavelmente operando Bibi a essa hora.
- Quanto tempo eu dormi? - Paula acordava sem noção do tempo, olhando ainda bem sonolenta para a esposa.
- Está perto de 12h amor, volta a dormir.
- Você ficou ai a noite toda?
- Falei que ia cuidar de vocês e isso que estou fazendo! Estou cuidando das minhas 3 meninas, só falta a quarta e o meninão!
- Obrigada por amar as minhas filhas como se fossem suas!
- Elas são nossas coração! Nossas!
Flávia acordava com o barulho das duas conversando - E eu amo vocês duas! Mãe dourada e mãe platinada! - riu quando falou essa última parte.
- Olha o abuso com a minha cascacu garota! - dava um tapinha de leve no braço da filha.
- Tudo bem coração. Eu gosto de ser a mãe platinada...não é mentira! - deu de ombros - Mais o que a mãe platinada aqui pode fazer por vocês?
- Pode vir e deitar aqui conosco coisa linda!
- Isso! Mais aqui no meio! Vamos fazer um sanduíche! - As duas ergueram as mãos chamando a mais velha que riu alto, animada e logo se juntou a elas na cama. Carmem acariciava seus cabelos, olhando apaixonada para a situação em que se encontrava. Nunca, nem em seus melhores sonhos, imaginou algo do tipo.
- Então é assim? As três ai no chamego e ninguém me chama? - Ingrid entrava no quarto, coloca as mãos na cintura e depois se jogando no colo de Carmem com a cabeça encostada em sua barriga. As quatro ficaram então assim, emboladas no amor que as uniam, esquecendo do terror das últimas horas.
O telefone de Flávia toca, era Guilherme - Oi amor!...Tô aqui ainda, estamos as quatro emboladas na cama...Como foi a cirurgia? A Bibi ta bem?....Que bom!...Que horas você vem?...Ela ta bem, dormindo o tempo todo!....Ta bom, estaremos te esperando! Também te amo! - desligou o telefone - Ele falou que a Bibi ta bem, a cirurgia foi um sucesso. Daqui a pouco ele vem buscar a mjn e a Paulinha.
- Enquanto isso, podemos comer alguma coisa? Estou morrendo de fome! Vai filha...pede ai uma daquelas coisas bem gordurosas que você gosta...
- Paula Terrare-Wollinger quer comer gordura? Quem é você e o que fez com a minha esposa? Ta doente? - colocava o dorso da mão na testa da menor, como se estivesse conferindo se a mesma não estava com febre.
- Para de graça cascacu! - empurrando a mão da esposa.
As 5 mulheres comeram na cozinha mesmo, ninguém havia jantado na noite anterior e nem tomado café da manhã. Fome e comida calórica era a combinação perfeita, pelo menos era isso que elas estavam pensando.
Guilherme ainda chegou a tempo de comer alguma coisa, mais não comeu muito, era ruim para o coração!
Ingrid resolveu passar o resto do dia com o namorado na praia e Tuninha também sairia com o seu, tinham um passeio cultural para fazer, era a única coisa que a mãe de Paula sabia.
- Só restamos eu, você e o Totó coração! O que faremos? - passava seus braços pela cintura da mais baixa, a puxando para mais perto.
- Quero sorvete de chocolate e filme velho na TV. Nada de trabalho nem assunto sério. Podemos? - beijou a ponta do nariz da mais alta, se colocando na ponta dos pés.
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Outra vida, mesmo amor
FanfictionFic contando a história de amor de Carmem e Paula atravessando o tempo e os preconceitos. Usei os nomes das personagens originais das fotos na 1ª fase, é a única coisa que não mexi, o resto foi fic da minha cabeça mesmo! Na 2ª vem Carmem e Paula bem...