Como segurar uma gravidez gemelar até os nove meses? Paula também queria saber.
Passaram o natal e o ano novo em família, todos estavam lá. As festas foram lindas, Carmem esbanjava felicidade e Paula tinha um brilho especial que só a gestação poderia lhe dar.
Estava agora com 7 meses e meio, parecendo que ia explodir. Já ia trabalhar com dificuldade, não aguentava ficar muito tempo sentada, por outro lado, muito tempo em pé também não dava.
- Amor, é melhor você trabalhar de casa a partir de agora. É mais confortável pra vocês. - Carmem falava com a esposa enquanto a ajudava a fechar os sapatos. Desde os 5 meses que a morena não conseguia fazer isso sozinha.
- É amor, acho que vou ter de fazer isso mesmo. Essas crianças estão pesando cada dia mais! E pelo visto, estão se encaixando...aqui, sente aqui - ela pegava a mão da mais velha, colocando em uma região específica da barriga.
Quando sente o local, a loira faz uma cara de espanto - Eu tenho duas reuniões agora cedo, depois venho pra casa ficar com vocês. Assim que chegar vou arrumar logo a bolsa deles e depois a nossa...pelo visto, não vamos chegar mesmo nos 9 meses! Agora vem, vamos descer para tomar o nosso café. - ela ajuda a mais nova a se levantar e depois a descer a escada.
Ingrid já havia ido para a aula, tinha passado pra a faculdade de literatura. A loira lógico estava adorando ter alguém para conversar sobre os tantos títulos além de ajudar, e muito, a mais nova nos trabalhos.
- Bom dia vovós! - Flávia chegava com a pequena Paulinha nos braços. - Viemos passar o dia aqui! - passando a filha para os braços da bisa Tuninha.
- Que bom que você veio! Mais alguém pra fazer companhia à sua mãe hoje. - beijou a filha, depois pegou rápido a neta no colo, se despediu da sogra e por último, deu um beijo na esposa - Volto o mais rápido possível coração. Qualquer coisa, qualquer mesmo me liga! Vou deixar o telefone ligado durante as reuniões.
- Fica tranquila amor, tem a Flávia e a Tuninha aqui. Está tudo bem! Pode ir tranquila. - acariciava o rosto da loira de forma carinhosa - Te amo!
- Também te amo! - dando mais um selinho na esposa - Tomem conta deles heim?! Amo vocês! - e foi, rumo a T/W.
- Ta cada dia maior a barriga mãe! - Flávia era muito discreta. Falava e pegava um pão francês, passando requeijão no meio.
- E você se continuar comendo assim, vai ficar com a mesma barriga que eu, só que a minha depois de parir vai sumir! - no prato da Flávia tinha mais 2 pães, 1 pedaço de bolo e sabe-se lá quantas frutas.
- Eu não comi direito hoje quando sai de casa, estou com fome! E não posso ficar sem comer, estou alimentando a sua neta! - a boca cheia não a impossibilitava de responder a mãe.
Paula depois do café foi direto para o escritório, estava decidida a passar a manhã toda ali, trabalhando o quanto pudesse. E assim o fez, respondeu todos os e-mails que podia, organizou algumas ideias, escolheu embalagens, tudo que poderia ser decidido de longe, ela decidiu.
Carmem estava na T/W nervosa, não gostava de deixar a esposa. Olhava o celular a cada 5min. Depois da primeira reunião ela ligou pra casa.
C: Oi amor!
P: Amor! Como foi a reunião?
C: Tudo certo. E vocês, estão bem? Precisam de algo?
P: Está tudo sob controle. Trabalhamos bastante! Estão chutando tanto que diria que eles gostam desse mundo! - ela acariciava a barriga enquanto falava no telefone com a esposa.
C: Que bom coração! Se puxarem as mães serão empresários de muito sucesso! Agora vou entrar em outra reunião, qualquer coisa você sabe, me liga! Volto pra casa assim que ela acabar, almoçamos juntas.
P: Perfeito amor! Agora vai ganhar dinheiro para mimar nossos filhos! Te amo!
C: Também amo você!Desde o dia da quase morte, elas terminavam qualquer conversa, seja por telefone, mensagem ou ao vivo com o "te amo". Poderiam até estar brigando, mas a frase tinha que ser dita. Isso deixava claro que independente de qualquer coisa, elas continuavam ali, uma com a outra, uma pela outra.
Desligaram e ambas voltaram ao que estavam fazendo, trabalhando.
Os dias que se seguiram foram assim também. Paula trabalhava de casa e Carmem só ia pra a empresa quando não podia mesmo resolver de casa até que no dia 09/02, as 23:40 da noite a bolsa estourou. Pelo visto, iriam comemorar o aniversário de 1 ano de casamento com seus maiores presentes nos braços.
Chegaram no hospital e Paula berrava que queria anestesia, enquanto Carmem batia o pé que o parto seria o humanizado. - Carmem, eu já pari uma vez com esse humanizado ai pra nunca mais! Ainda mais em dose dupla! Eu quero ANESTESIA!!
- Mamães, vamos fazer o melhor parto para todos, principalmente para os bebês. Antes só preciso ver se tem passagem ou não. - analisando o estágio que se encontrava a dilatação - Bom, como a senhora está relatando fortes dores, o melhor é a cesárea mesmo, esta com menos de 2cm de dilatação. Vou mandar arrumar agora a sala e logo a enfermeira vem pra preparar a senhora. - e saiu do quarto.
- Nem tivemos tempo de avisar pra ninguém....vou passar uma mensagem pra Ingrid e pedir a ela que fale com os demais. - Carmem estava nervosa, a morena gritava de dor e ela nada poderia fazer, queria trocar de lugar com ela, tirar-lhe a dor, mais oque ela poderia fazer? Depois de mandar a mensagem à filha, sentou do lado da esposa na cama e segurou sua mão, que logo foi massacrada devido a forte contração.
Não demorou muito a enfermeira chegou, colocando o acesso no braço da morena e liberando a medicação.
Ingrid e Tuninha chegaram ao hospital as 00:05, seguidas por Flávia e Guilherme. Nenhum dos 4 teve autorização para passar da recepção.
As 00:24 com 2,700kg e 40cm nascia Gabriela e as 00:34 com 3kg e 43cm, Benjamim vinha ao mundo. A loira não perdeu um segundo do parto dos filhos, não tirou fotos porque havia combinado com a esposa de não o fazer, mais certamente a visão que tivera, nunca sairia de sua mente. Tomada pela emoção, beijou os lábios de Paula - Eles são perfeitos amor! Conseguimos!
Enquanto terminavam com a morena, as enfermeiras arrumavam os pequenos para irem ao berçário.
Não demorou muito, Paula foi levada ao quarto, a loira foi direto para o berçário, agora sim, tiraria milhões de fotos.
Foi para junto da esposa, que dormia sob influência da anestesia. Se recostou na cadeira e quando quase dormiu, a família chegou. - Acabamos de ver eles! Os dois são suas cópias Carmem, parabéns! - Conversaram um pouco, o horário não era de visitas, mas como Guilherme era um médico famoso, abriram essa exceção.
Na manhã seguinte 04:00, antes de levarem os gêmeos para o quarto onde teriam a primeira mamada, a loira foi ao encontro deles. Olhar as fotos tiradas não era a mesma coisa, precisava ver ao vivo!
WollingerCarmem: E os melhores presentes de aniversário de casamento chegaram. Nasceram a pouco, lindos e cheios de saúde.
Vôs apresento Gabriela e Benjamim Terrare-Wollinger.———***———
Notas do autor: Oi gnt! Tenho uma notícia não tão feliz para vocês...a história está chegando ao fim! Acredito que mais uns 3 ou 4 caps.
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Outra vida, mesmo amor
FanfictionFic contando a história de amor de Carmem e Paula atravessando o tempo e os preconceitos. Usei os nomes das personagens originais das fotos na 1ª fase, é a única coisa que não mexi, o resto foi fic da minha cabeça mesmo! Na 2ª vem Carmem e Paula bem...