Esconderijo

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Enquanto aguardavam a comida chegar, resolveram tomar banho. Lógico que Paula fez questão de estrear a banheira delas, como Carmem ainda não estava 100% do pé, não brigou por isso, indo para aquele belo chuveiro sem problemas.

- Sabe, a visão daqui não é nada ruim! - a loira tinha a melhor visão de todo o banheiro. Sua morena relaxada dentro da banheira coberta por muitas espumas. Seus cabelos presos num coque deixavam seu pescoço e colo amostra. Carmem poderia passar horas ali, a observando.

- O próximo banho espero que a senhora entre aqui comigo! Só deixei hoje porque alguém precisa esperar a comida!

- Você é muito abusada sabia?

- Sim! E você adora me mimar! - pegava um pouco de espuma com as mãos e assoprava na direção da esposa.

- O pior que é verdade! Amo ver esse sorriso lindo! - ela se enrola na toalha e começa a passar creme nas pernas, apoiada na borda da banheira- A senhora poderia me ajudar! - estendia o creme para a morena.

- Lógico coisa linda! - Paula tinha um ar provocativo nos olhos. Passava o creme nas pernas da esposa sem quebrar o contato visual. Tinha a pressão certa nas mãos que deslizavam até o topo da coxa, sentindo partes da mais alta que não estavam necessitando de hidratação, muito pelo contrário.

- Coração, é pra passar creme nas minhas pernas! Não precisa subir tanto! - ela estava adorando esse jogo de sedução mais a campainha toca, quebrando o clima na melhor hora. Ela se levanta, coloca o robe e indo até a porta principal.

Quando Carmem voltou com a comida, Paula já estava sentada no chão do quarto delas, com algumas velas acesas, duas taças e uma garrafa de vinho a esperando.

Jantaram ali mesmo, no conforto da presença uma da outra, um silêncio maravilhoso, o cheiro bom das plantas do lado de fora, era tudo que elas precisavam.

- Nossa casa está fincando tão linda! O escritório ela começa segunda, você quer ficar mesmo com a cozinha e me deixar com a sala? - a morena perguntava dando um gole em seu vinho.

- Apesar de ter medo que você coloque uma prede de cada cor, um sofá roxo com almofadas, sei lá, laranja....melhor eu ficar com a cozinha. Amor, você não sabe nem ferver uma água, como vai saber escolher as coisas?

- Escolho com meu bom gosto tá cascacu! - fazendo bico e se aproximando da esposa pedindo um beijo, que prontamente foi atendido.

- Ingrid vai resolver sobre seu quarto essa semana com a Helena e sua mãe falou pra ela resolver o dela também. Tuninha vai ganhar um quarto hippie! - ela ria só de imaginar como seria.

- Eu é que não vou me meter! Depois falta oque?

- A sala de Tv que você tanto quer! E por último, do nosso bebê! - passou a mão na barriga da esposa.

- Esse vai ser o último e só depois que der certo amor. Da azar antes! - na verdade Paula queria esperar o prazo da morte passar, faltava agora pouco, 3 meses só. Dava pra enrolar um pouco a esposa sem ela perceber, ela precisava fazer isso. - Não vai ter quarto de hóspedes? - ela perguntava incrédula.

- Você esqueceu que usamos o último quarto para aumentar o closet e o nosso banheiro? - a ideia de hóspedes na sua casa não a agradava nada. Visitas tudo bem, vem e vai embora. Agora pernoitar? Não! Era muita intimidade e ela não gostava disso. A própria Paula demorou um pouco a entrar em seu antigo apartamento.

- Agora chega de falar de obras, que tal fazer aquilo que estamos com saudades heim? - colocou a taça longe e depois fez o mesmo com a taça da esposa. Ficou de joelhos e engatinhou em direção a amada - Acho que você está muito vestida coisa linda - desamarrando o nó de seu robe, deixando a mostra seu corpo nu. - Como é linda a minha esposa! - seus olhos brilhavam admirando cada curva, cada pintinha que desenhava aquele corpo maduro. Desamarrou o próprio robe, sentando no colo da loira e beijando-lhe os lábios com volúpia.

Outra vida, mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora