Por do sol

245 40 33
                                    

A noite já estava chegando quando Carmem despertou. Olhou pra a esposa dormindo tranquila em seus braços e lembrou o quanto era feliz a seu lado.

Agora olhando pela janela, que vinha do chão ao teto, observava aquele por do sol lindo, realmente de tirar o fôlego. Resolveu acordar a amada para desfrutarem juntas daquele espetáculo da natureza - Amor, acorda mein schatz! - beijava seu rosto e acariciava suas costas.

- Não, quero ficar assim mais um pouco. Ta tão bom! - ela se apertava mais junto a loira.

- Você vai perder esse espetáculo! - se levantando e dando a mão para a menor a seguir.

Elas pararam na frente da gigante janela, abraçadas, contemplando a imensidão azul que agora tinha um tom amarelo se misturando a ele.

Elas pararam na frente da gigante janela, abraçadas, contemplando a imensidão azul que agora tinha um tom amarelo se misturando a ele

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Isso é....realmente! Obrigada por me acordar pra ver isso amor! - Paula tinha os olhos marejados. Era uma beleza sem igual. Elas se sentaram no sofá branco que havia ali, tendo a mais alta por trás e a menor entre suas pernas. Abraçadas, olhando a pintura mais divina, a natureza.

Tornando aquele momento ainda mais especial, Carmem começou a declamar um poema sobre o mar...

- Costuma-se dizer que, na vida, certas coisas são ou não um "mar de rosas".
Então, permito-me imaginar um mar de rosas, para que assim eu possa ter inúmeras opções de flores para lhe dar.
Não sei qual é a sua cor preferida e muito menos se gosta de rosas – caso não goste, eu seria a pessoa mais equivocada do Universo. Mas deixe-me tentar presenteá-la com as belezas naturais deste mundo.
Deixe-me criar algum tipo de mar para que a sua vida seja banhada por algo novo.
Imagine as inúmeras ondas de possibilidades que poderiam chegar até você!
Mas claro, se você optar pelas rosas, nenhuma delas teria espinhos, e garanto que neste mar poderíamos mergulhar juntas!

- Amor, que lindo isso! De quem é? - a morena perguntava emocionada, realmente havia gostado daquilo.

- Não sei! - ela riu - Li em algum lugar e ficou gravado na minha memória, veio a tona agora, tendo o meu mundo nos meus braços. - Beijou a sua cabeça e apertou seu abraço.

- Fala mais um coisa linda! Eu amo quando você fala essas coisas! - ela amava esse lado intelectual e romântico da esposa, nunca se cansaria dos tantos poemas que ela declamava a todos os momentos. Paula poderia enumerar os seus preferidos.

- Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh'alma alcança quando, transportada,
sente, alongando os olhos deste mundo,
os fins do ser, a graça entresonhada.
Amo-te a cada dia, hora e segundo
A luz do sol, na noite sossegada
e é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com a dor, das velhas penas
com sorrisos, com lágrimas de prece,
e a fé de minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas,
por toda vida, e assim DEUS o quiser
Ainda mais te amarei depois da morte. - ficou uns segundos em silêncio - Esse eu sei quem escreveu, foi a brilhante Elizabeth Barrett Browning.

- Porque você é tão perfeita Carmem Wollinger? - a morena se virava agora para a mais alta. Ficando de joelhos de frente para a amada.

- Eu não sou perfeita meu amor, eu....eu só tento ser o meu melhor pra você! - tirando uma mecha de cabelos que teimavam em cair na frente do rosto da morena.

- Eu te amo muito sabia?

- Não! Hoje pelo menos você só falou isso agora! - puxando a morena, dando mordidinhas em seu pescoço ao mesmo tempo em que fazia cócegas em sua cintura.

- Eu te amo, eu te amo, eu te amo! Agora chega amor! - se contorcia de tanto rir - Por favor!

- Eu também te amo liebling!

- Agora, não querendo quebrar esse clima mais já quebrando....não falamos com a coisinha sobre o jantar e eu estou morrendo de fome! Podemos sair pra comer? - lá vinha Paula com aquele beicinho lindo.

- Pensei que você não fosse pedir isso nunca! Estou morrendo de fome! - assim, elas correram pra se arrumar. Não demoraram muito e já estavam entrando no Samburá, um famoso restaurante de Angra especializado em frutos do mar. Decidiram por ele depois de uma rápida pesquisa na internet, era muito elogiado. O lugar era simples, mais a comida era divina.

Se sentaram na varanda, uma do lado da outra. Passaram o tempo todo de carícias e chamegos. Comeram animadas aquele prato repleto de caramões acompanhado de um bom vinho branco.

Beberam 2 garrafas, sim, duas! A sorte é que o restaurante era perto e elas poderiam voltar pra a casa a pé, passeando pela cidade a luz do luar, de mãos dadas, igual duas adolescentes apaixonadas. Quem via jurava que elas só tinham tamanho, pois o brilho que elas emanavam era juvenil.

Chegaram de volta na casa bem alteradas. Riam por tudo, se abraçavam e se beijavam, oras eram beijos tranquilos, outras com volúpia.

- Acho q vou dar um mergulho amor. - a morena ia em direção a piscina que havia na parte externa da casa. A cada passo, ela deixava uma peça de roupa cair no chão.

A loira ficou parada por um tempo, só admirando a cena. Sua esposa era realmente linda e sabia como mexer com ela. Quando a morena já estava nua, se aproximando da borda da piscina é que ela saiu do pequeno vislumbre - Calma coração, eu vou com você! - tirando agora as suas próprias roupas para junto da amada nadarem naquela água calma e convidativa para o amor.

                            .......*****.......

Notas do autor: Preciso da ajuda de vocês. Como querem que essa história acabe? Em algum tempo específico da história? Pq se depender da minha cabeça, vai acabar com uns 1000 caps, elas com 80 anos brigando pelo corega de todo dia kkkk

Outra vida, mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora