De volta ao Brasil

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- Boa tarde meus amores! - Carmem chegava no quarto indo direto falar com os filhos - Foi tudo bem Ingrid?

- Foi sim. Pegamos um solzinho e tudo. Sua mãe saiu a pouco daqui. Ela parece gostar realmente deles.

- Ainda não acredito nessa velha e se eu fosse vocês duas, também não acreditariam. Principalmente você Carmem, que já está acostumada com os botes dela! - Por mais que a sogra demonstrasse o contrário, nada tirava da cabeça da Paula que aquilo ali não estava certo.

- Vou tomar um banho e saímos para almoçar! - a loira foi em direção ao banheiro.

A esposa reparou o olhar maroto da filha pra ela e começou a rir - Vai mãe! Eu sei que você está doida pra ir junto! Eu fico com eles mais um pouco!

- INGRID! - fingiu surpresa - Eu vou mesmo! COISA LINDA, ME ESPERA!

O banho demorou mais do que elas imaginavam, também, as duas juntas debaixo do mesmo chuveiro não ficariam apenas no banho. Quando saíram prontas do banheiro, deram de cara com os três filhos arrumadinhos. Ingrid tinha muito carinho com os irmãos menores e os arrumava como bonecos.

- Demoraram! Na próxima eu fico quieta! - e piscou para a mãe, deixando a loira sem entender nada.

- Vamos comer logo! - a morena apressava as duas.

Conheceram o famoso The Lobby, famoso por seu atendimento, foi muito recomendado por Leona. A comida estava longe de ser ruim, mas nem se comparava a comida Brasileira.

A cidade de arquitetura antiga, possuía vários pontos turísticos cobertos de história. Conheceram a maioria deles, voltaram para o hotel no fim da tarde, exaustas.

Resolveram passar o resto da noite por ali mesmo, no dia seguinte teriam outra reunião.

- Que horas vocês devem sair amanhã mamy? - Ingrid perguntava a Carmem, ela sairia com Leona para a conhecer a noite Alemã, tinha que estar de volta cedo para conseguir descansar.

- Não se preocupe, aproveite sua noite! Nossa reunião é só as 10:30. Agora deixa eu ver, da uma voltinha! - fazendo um movimento circular com os dedos, a menina logo fez o pedido.

Com um sorriso no rosto ela rodou, animada. - Estou bem?

- Uma princesa! Aquele magrelo que se cuide! - Agora quem falara era Paula, só ela conseguia elogiar e ao mesmo tempo dar uma alfinetada.

- MÃE!!! Bom, a Leona já está aqui embaixo me esperando. As senhoras se comportem! - beijou as mães e depois os irmãos e saiu.

- Enfim, sós! - a morena se joga na cama ao lado da loira, se agarrando a ela logo em seguida - E nós, o que faremos?

- O que melhor sabemos fazer!

- Trabalhar? Brigar? - ela tentava algumas opções que não eram nem de longe mentira, mais nessa ocasião não era isso que Carmem queria dizer - Desisto!

- Namorar! Poxa amor....vai esquecer logo isso?! - cruzou os braços e virou de lado, ficando de costas para a esposa.

- Eu estava brincando amor. Cascacu....amor....- a loira continuava virada - Não vai mais falar comigo? Tem certeza? - s morena teve uma ideia. Levantou da cama, conferiu se os gêmeos estavam bem, foi até o banheiro, trocou de roupa, colocando um corselete vermelho por debaixo de uma camisola rendada da mesma cor e por cima de tudo isso, o robe do hotel. Pegou o celular, escolhendo uma música bem sugestiva, optou por Love me like you do da Ellie Goulding, diminuiu a luz e desligou a TV, chamando então a atenção da esposa para sí.

Carmem se sentou na cama, estava começando a entender tudo aquilo - O que...?

- Presta só atenção na sua esposa coisa linda. - Paula então começou a se despir para a loira. Ela dançava de uma forma tão sexy que Carmem nunca havia visto. A cada momento ela retirava uma peça de roupa e a jogava em direção a esposa, que a pegava e sentia seu perfume gostoso. Paula subiu na cama, se posicionando em pé bem em cima da mais velha - Ei, sem colocar a mão, essa parte do show é só para admirar! - tirando as mãos da esposa que já estavam posicionadas em suas pernas.

O contato visual não era quebrado em nenhum momento, aquilo estava sento extremamente prazeroso para ambas. Elas se desejavam cada vez mais. Quando não restou mais nenhuma peça, Paula se sentou no colo da esposa e começou a beijar-lhe os lábios, que beijos fogosos eram aqueles. A coisa já estava quente, as duas em estado de ebulição. Seus corpos precisavam sair seus desejos, eles imploravam!

O clima foi cortado com algumas mensagem que Carmem recebera da mãe.

N: Filha, vocês precisam sair do país o mais rápido possível!
N: Seu pai surtou de vez quando soube que vocês estavam aqui!
N: Ele quer pegar os meninos de vocês!
N: Vão o quanto antes!

Depois de ler aquilo, na aba de notificações do celular, o clima quente com q esposa se transformou em quente de raiva, como o pai poderia ser assim?!

- Eu vou ligar agora para a companhia aérea, tenta achar Ingrid! Vamos embora agora! - as duas estavam com medo do pai de Carmem. Apesar de saberem que legalmente ele nada poderia fazer, o Sr Wollinger era um homem perigoso e poderoso da Alemanha, não costumava perder em nada!

- Ingrid! Até que enfim! Volte para o hotel agora! Estamos indo embora!

- O que? Mãe, não te escuto bem! - o lugar estava com o som tão alto que a jovem mau conseguia ouvir seus próprios pensamentos- Pera ai que vou no banheiro! Agora pode falar, o que houve?

- Vem embora agora! Precisamos voltar ao Brasil o mais rápido possível!

- Mais, o que houve?

-Te explicamos aqui! Vem agora!

A menina saiu em disparada, sabia que para a mãe falar daquela maneira, algo sério teria acontecido. - Leona, tenho que ir embora, minha mãe ligou e vamos voltar pro Brasil ainda hoje.

- O que? Mais e a reunião delas amanhã?

- Seu avó deve ter feito algo...se você quiser ficar ai, eu vou embora!

- Eu vou contigo, tentar ajudar em algo.

Alguns minutos depois as duas estavam entrando no quarto do hotel. Todas as malas já estavam prontas, inclusive as dela.

- Mais o que...?

- Seu avó quer vir tirar os bebês na marra! - Paula responde olhando para Leona com a cara mais raivosa que ela poderia fazer.

- Aquele velho! Conseguiram trocar o voo?

- Daqui a 2h embarcamos. - Carmem terminava de arrumar as crianças.

- Vou pedir pra fechar a conta e arrumar um carro para levá-las. Não se preocupem, coloco na conta da empresa e depois vocês acertam de lá, não vamos perder tempo. - ia saindo - ligo lá de baixo quando tudo estiver certo e depois vou pra casa daquele velho tentar segura-lo. Hoje ele vai ouvir!

- Obrigada, mais por favor, não se coloque em risco! Você conhece ele! - Carmem se preocupara com a sobrinha, dando um abraço apertado nela. - Obrigada mais uma vez!

- Somos família titia e família sempre se protege! - piscou um dos olhos e saiu em direção a recepção do hotel.

Tudo estava pronto pra saíram, o carro já havia chegado. Desceram e foram direto ao aeroporto. Conseguiram logo embarcar, em minutos o avião decolara, respiraram aliviadas, ele não conseguira chegar a tempo de nada.

Mais e sua mãe, a loira agora pensava nela, tomara que nada de ruim tenha à acontecido. Com o semblante mais aliviado, olhou para a esposa que estava agarrada em um dos filhos e a puxou para mais perto - Conseguimos meu amor, estamos bem!

- A próxima vez que você inventar de vir nesse país, eu te mato cascacu! - errada ela não estava, enquanto o sogro ainda estivesse vivo, a relação deles não poderia existir- Me abraça forte amor, ainda estou tremendo de nervoso! - ao mesmo tempo da raiva, ela se mostrava frágil, a possibilidade de algo acontecer com sua família a deixava assim.

- Eu disse que nada aconteceria a vocês! Agora...quando chegarmos em casa você precisa terminar aquilo que começou lá no hotel! - a loira não tinha jeito! Nem numa situação dessas ela parava!

- Você acha que eu tenho cabeça pra isso agora Carmem?

- Agora não, mais daqui a 14h, quem sabe? - piscou para a esposa, depositou um selinho em seus braços e a colocou deitada sobre seu ombro.

As coisas no seu país não correram como esperado, mais uma coisa era certa, elas estavam mais unidas que nunca.

Outra vida, mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora