Reflexos

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Carmem e Paula estavam entregues ao desejo. Talvez pelas duas garrafas de vinho, a luz tentadora da lua cheia ou apenas o amor e tesão que uma sentia pela outra.

Eram 2h da manhã, nenhum sinal de sono a vista, dois dias ainda pela frente.

- Coração - falava a loira abraçada a sua esposa ainda ao lado da piscina - Acho que agora conseguimos levantar para entrar. - desde a intensa transa que tiveram ali, suas pernas não aguentavam ficar de pé, só que agora o vento trazido do mar começava a gelar seus corpos ainda desnudos.

- Banheira quente? - perguntava Paula.

- Lógico! Vem! - elas se levantaram e foram abraçadas até o quarto, deixando as estrelas com saudades das musas que tanto se amaram em sua frente.

O banho seria longo e quente, sim, quente. Não por elas estarem fazendo algo, mais por Paula ter exagerado na temperaram da água - Isso tudo é frio amor? - perguntava Carmem tentando entrar na banheira.

- Desculpa, me empolguei! - abaixando os olhos em sinal de vergonha.

- Ei - a esposa chegava perto a puxando para um abraço- Qual foi o motivo dessa empolgação toda heim?

- Você! Que me deixa quente como essa água! - a morena então sela seus lábios com um beijo cheio de ânsia. Logo seus corpos se ascenderam novamente.

O banho quente de banheira ficaria para depois, agora elas precisavam saciar aquele desejo incontrolável que as consumia e dentro d'água não era uma opção.

Carmem foi andando, com Paula ainda em seus braços, com as bocas coladas até alcançarem a pia gélida do banheiro.

O contraste de temperaturas fez o corpo da morena se arrepiar na hora e a loira delirar ao sentir sua pele ouriçada.

Colocando a morena sentada na mármore, suas mãos apertavam as coxas da morena, aquelas pernas torneadas em volta de seu corpo já fora um dia motivo de muitos sonhos acordada durante as longas reuniões.

- Aperta mais amor, mais! - a morena pedia mais, gostava quando Carmem a pegava com desejo. E que pegada a loira tinha.

- Você gosta assim né safada? - a loira puxava com força os cabelos da nuca da morena, fazendo seus rostos vermelhos de desejo ficarem frente a frente.

Paula desfere um tapa na bunda de Carmem, deixando aquela pele alva com a marca de seus dedos. Com o ato, a loira sentiu uma corrente elétrica percorrer todo seu corpo, se é assim que ela quer, assim ela terá!

Sem aviso prévio, a mais alta introduziu dois dedos na morena, dando estocadas fundas e lentas, oque fazia a morena se contorcer em seus braços, implorando por mais.

Ela se segurava no pescoço da mais alta, apertando sua nuca a cada sensação de mais profundidade.

Suas pernas ao redor de Carmem começaram a perder as forças, a respiração mais ofegante, o suor escorrendo pelas costas, o rubor de seu corpo mais intenso, o desejo ainda mais aflorado, beijando ainda mais aqueles lábios com gosto de mel que tanto amava.

Seu centro se contorcia, até a loira retirar por completo seus dedos - O que? Carmem?!

- Calma coração, desce dai desce?! - a morena desceu muito a contra gosto. A loira a virou de costas, ainda com seus corpos grudados. Elas ficaram de frente para o espelho, conseguindo ver então toda aquela cena erótica que elas estavam fazendo, brilhantemente. - Quero que você se veja gozando pra mim. Quero que você veja a cena que eu sempre vejo e nunca me canso. Você se derretendo de prazer por aquela que mais te ama e deseja nessa vida! - virando o rosto da morena de lado, dando-lhe um beijo apaixonado.

Logo Carmem estava de volta a seu trabalho mais prazeroso. Curvava o corpo de Paula levemente para frente, tendo um melhor acesso a ela, voltando com seus dois dedos a seu interior.

Paula estava vidrada no reflexo que via, seus corpos se encaixavam a perfeição, seus movimentos sincronizados, a pele branca da amada agora vermelha de desejo. A morena se apoiava com as mãos na mármore carrara, fazendo força para se manter de pé a cada nova investida da esposa.

- Está nos olhando meu amor? - Carmem perguntava em seu ouvido. Paula conseguia ver seu rosto cheio de desejo e aquele ar prepotente que a esposa tinha quando a amava daquela forma.

- Você fica ainda....mmmais gostosa aaa....aaaa....assim coisa linda! - as palavras saiam arrastadas devido ao orgasmo que se aproximava.

Carmem massageava um dos seios fartos de Paula, dando algumas beliscadas propositais no mamilo a cada estocada mais funda. Sentindo a esposa escorrer por entre seus dedos ela soube que seu trabalho havia sido bem feito.

Olhando agora seus reflexos saciados, por hora, de prazer.

Outra vida, mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora