FlaGui

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Alguns dias se passaram da grande surpresa de Paula para Carmem, uma linha de batons nunca vendera tanto na T/W. Nas redes, a #Carrare só alcançava mais gente e essa onda de amor podia ser sentida por elas.

Paula tinha ido com as filhas pra um dia de noiva, marcaram hora na manicure, massagem, banho de lama, limpeza de pele....ia ser uma festa. Ingrid só foi pela farra mesmo, porque ela era diferente da mãe e da irmã. Carmem mesmo gostando de algumas coisas, falou que não ia nem amarrada ficar um dia inteiro naquele lugar!  A loira só passaria no final do dia para buscar a noiva e sua caçula já prontas para o casamento.

A loira estacionou o carro e foi até a recepção confirmar onde as três estavam, assim que foi respondida, seguiu para o local. Chegando lá deu de cara com uma Paula mais linda que nunca. A morena estava com um vestido longo, na cor turquesa, com mangas transparentes e um decote que vinha das saboneteiras quase que ai umbigo. O modelo era tipo sereia, desenhando aquele corpo perfeito. A noiva como entrou, segurando a maçaneta da porta, ficou.

- Você....você....uau! Meu amor! - ela não conseguia formar uma frase completa.

A morena riu com a cara linda que a noiva fazia a olhando, ela deu uma voltinha - Gostou coisa linda? Sua noiva esta gata né? - bateu no peito orgulhosa da mulher que era.

- Com certeza! - Carmem sentia seu corpo ferver. - Você não me mostrou esse vestido, é.....deslumbrante no seu corpo!

- Obrigada meu amor! Agora solta a porta e entra para eu conseguir te ver direito!  - ela tentava olhar como a mais alta estava, mais a porta não deixava.

Carmem então saiu de trás da porta, a fechando em suas costas - Como estou? - dando uma volta em seus calcanhares, amostrando os detalhes do longo vestido. Ela estava de preto, justo, longo, com muitas transparências em locais estratégicos que Paula, com certeza já tinha reparado e adorado.

- Divina amor! Se não fosse casamento da minha filha, eu te sequestrava! - a puxando pela cintura para um beijo que logo foi interrompido por Ingrid que chegou gritando.

- ELA ESTÁ PRONTA! MÃE A FLÁVIA TA LINDA DEMAIS! VEM TAMBÉM VER CASCACU! - ela puxava as duas pelos braços até a sala ao lado e realmente, Flávia estava linda com aquele vestido de noiva.

Uma lágrima de alegria rolou pelo rosto da mãe, estava emocionada. Nunca havia imaginado estar no casamento de sua primogênita, passou anos achando que ela estava morta. A loira percebendo correu para abraça-la.

Toc toc toc

Batiam na porta, era Juca que chegava para buscar a filha. Esse também quando a viu de noiva se pôs a chorar de alegria.  - Filha, você está linda! O Dr é um homem de sorte! - todos riram concordando com ele.

Então foram todos rumo à igreja. Carmem com Paula e Ingrid em seu carro e Juca com Flávia na limusine, que a mãe fizera questão de contratar.

A igreja estava linda, com muitas rosas brancas espalhadas pelo chão e nos bancos, Flávia optou pelo tapete também branco. Isso foi uma briga com a mãe, que queria uma decoração muito colorida, mais a primogênita teve uma ajuda, Carmeme Wollinger. Ela se meteu no meio e convenceu a morena a "deixar" Flávia escolher tudo, afinal, o casamento era dela.

- Você sabe que no nosso vai ter muito cor né cascacu?! - Paula falou assim que entraram na igreja e olharam a decoração monocromática branca que a morena odiava.

- Eu sei meu amor, temos um acordo! Eu não esqueci! - dando um beijo no rosto da menor.  - Agora você vai para o seu lugar, nos vemos depois da cerimônia.  - se sentando no primeiro banco.

Paula foi para seu lugar no altar, logo os demais se juntaram a ela, a marcha nupcial se fez ouvir por toda a igreja. Nessa hora não era possível saber quem chorava mais: Paula, Juca ou Guilherme.

A cerimônia foi linda e rápida, para a alegria de Carmem e Ingrid. Se encontraram na porta com Paula e foram juntas pra a recepção que teria na casa dos Monteiro Bragança.

A banda das meninas era responsável pela animação da festa. Era lindo de ver a Terrare filha, agora com um vestido mais simples, com a barriguinha já apontando em cima daquele palco fazendo oque mais gostava, cantar junto a irmã.

- Essa música agora eu vou cantar pra elas, o casal mais lindo e estressado que eu conheço. Se o meu casamento com o Gui tiver a metade do amor e da cumplicidade de vocês, tenho certeza que vai ser pra sempre! Pra vocês mãe Paula Terrare  e boadastra Carmem Wollinger!

Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seu ciúme, suas caras
Pra que mudá-las?
Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Saber tudo do seu gosto
Sem deixar nenhuma mágoa
Sem cobrar nada

Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita numa cama pequena
Te faço um poema, te cubro de amor

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo o que passou

Enquanto Flávia cantava, Carmem puxa a mais baixa para dançar. Abraçadas, a morena com a cabeça no ombro da mais alta, com as duas mãos em sua cintura tendo as da Paula em seu pescoço. A música não era devagar, mais falava de amor e elas iriam dançar coladas sim e ninguém tinha nada com isso. Assim permaneceram, abraçadas, curtindo a música que foi tão gentilmente dedicada a elas. Ao final, todos bateram palmas, tanto para a banda como para o casal. Carmem vermelha de vergonha e Paula, se curvando agradecendo os aplausos.

Era chegada a hora mais aguardada das solteiras, Flávia jogaria o buquê. Carmem onde estava, continuou. Paula já estava lá na frente, de boba ela não tinha nada. Ela e Ingrid estavam na primeira fileira, as irmãs tinham combinado da direção que a mais velha jogaria, sem suas mãos, é claro.

- E dole uma....dole duas.....dole três e.......- jogou o buquê, mais não controlou direito a força, o pequeno objeto sensível bateu numa luz que estava pendurada no pátio, mudando a trajetória e caindo no colo da boadrasta. Paula riu na hora e foi falar com a noiva.

- Ta vendo coisa linda, agora precisamos marcar a data! - dando um beijo na mais alta.

Outra vida, mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora