Samantha
Samantha tamborilava as unhas bem feitas na mesa do advogado, seu agora ex-marido George pedira o divórcio após vê-la aos beijos com uma mulher. Confrontada por ele, assumiu sua bissexualidade e enfim pôde sair de um casamento fracassado.
– Que bom que não tivemos filhos, imagina a minha vergonha de ter um herdeiro com uma mãe dissimulada.
– Me chame do que quiser, não te devo mais nada, piores cinco anos da minha vida. E não tivemos filhos porque eu não quis, um dia eu posso ter mas jamais o pai do meu filho será um homofóbico.
– Sua hipócrita, então porque ficou tanto tempo comigo?
– Não acredito que está me perguntando isso George, eu te pedi o divórcio inúmeras vezes, o único hipócrita aqui é você, me poupe, se poupe, nos poupe.O advogado só observava a pequena discussão do (ex)casal, quando percebem, ambos param no mesmo instante.
– Bom, Sra. Evans tem direito ao carro e metade da casa.
– Ótimo, George quer vender pra mim sua parte?
– Não, procure outro lugar.
– Então vai comprar minha parte?
– Sim, o carro está na revisão mas vou avisar pra deixar na casa do seu irmão.
– Ok.O advogado acerta com o casal os trâmites legais para a venda do imóvel e marca a próxima reunião entre eles.
George sai do escritório do advogado e nem olha pra trás. Samantha pega um Uber para ir para o trabalho, quanto mais rápido resolvesse essa parte da sua vida melhor.Ruby
Ruby estava no pátio esperando sua vez para jogar basquete, escrevia um dos seus textos que viera a sua mente, em seu caderno quando uma sombra a cobriu.
– E aí Australiana, vamos ali na horta? Quero te mostrar uma coisa.
Ruby olha pra cima e revira os olhos, Ágatha sempre vinha com essa conversa quando queria dar uns amassos ou fumar maconha que ela conseguia com um dos poucos guardas masculinos que trabalhavam naquela área da prisão.
– Estou ocupada, não está vendo?
– Hahaha você acha mesmo que uma Zé Ninguém como você vai um dia ser uma escritora famosa? Puta merda acorda gênia, você é um zero à esquerda.Ruby não responde e volta a se concentrar na construção do seu texto.
– Ei vamos, é rapidinho.
– Já disse que não.Irritada por ter perdido o fio do seu pensamento, Ruby fecha o caderno e se levanta, lança um olhar furioso para Ágatha que se encolhe na mesma hora.
– Garota me deixa em paz, você é uma pedra no meu sapato.
– Minha nossa você é chata pra caralho. Se não fodesse gostoso eu não trocaria duas palavras.
– Ótimo, vai a merda então.Ruby se retira e avisa ao grupo de basquete que iria para seu cubículo, suas colegas acham ruim mas não lhe dizem nada, ela fazia o que queria por ali e ninguém lhe dizia o que devia ou não fazer, era muito respeitada entre as colegas.
****
Karine estava deitada em sua cama pensando na vida, quando Ruby se aproximou e se deitou ao seu lado.
– Olha só pra você, perdeu o medo da Taylor.
– Gata eu não tenho medo daquela vaca, você sabe que ela come na minha mão.
– Isso é...Karine assente, a policial era caidinha pela detenta que aproveitava bem a situação para arrancar coisas dela.
Ruby beija Karine que corresponde, passa a mão por baixo do moletom dela, mas a garota recua.– Não Ru, estou puta com você ainda.
– Para meu, não ligo pra Ágatha.
– Não estou falando dela e sim da Marla, acha que sou trouxa? Dormiu com a penitenciária inteira.
– Ihhhh gata, claro que não, não tivemos nada, aquilo foi um beijo.
– Igual com a Ágatha?
– Por aí...Ruby já tinha uma certa fama na prisão, passara por sua cama várias detentas, mas nenhuma nunca lhe chamou atenção. Exceto Karine, que foi presa um ano depois de Ruby por fraude aos benefícios do governo.
– Ouça, vamos lá pro quartinho quero brincar um pouco, eu vou embora você sabe...
– Não!Karine levanta e arruma o moletom e prende os cabelos.
– Vai ficar sozinha, não estou afim. Ou então vai brincar com as suas inúmeras amantes, não consegue segurar essa buceta dentro das calças Ruby?
–Ah vai a merda então.
– Tem sorte de eu ficar calada, Taylor ia adorar saber que o brinquedinho dela anda chupando bucetas por aí exceto a dela. Como ela irá reagir ao saber disso, hein?Ruby estreita os olhos, nunca fizera oral na policial, embora fosse ativa e gostasse de chupar, Taylor nunca sentira os lábios dela por mais que pedisse.
Sem responder ou se abalar com a ameaça da colega se levanta e sai pisando duro, gostava de Karine, mas não corria atrás de ninguém. Na verdade nunca se apaixonara de fato por mulher nenhuma, não acreditava no amor e aproveitava somente o sexo e nada mais.
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✨ When I Found You...
FanficRuby Olsen não era ninguém na vida, estava sozinha no mundo até que a oportunidade de mudar seus conceitos acerca de coisas que acreditava aparece. ⚠️ Essa história apresenta conteúdo sexual. *Plágio é crime, não autorizo nenhuma reprodução em par...