Capítulo: 85

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Ruby

Ruby tinha conseguido convencer o pai a ir em uma Starbucks com ela, o magnata além de não frenquentar a cafeteria por motivos óbvios achou o lugar muito barulhento. Estava acostumado com restaurantes caros e ambientes sossegados.
Alguns olhares iam e voltavam, mas no fim Peter concluiu que não adiantava se aborrecer com isso, pois as pessoas não estavam acostumadas a vê-lo nas ruas ou em ambientes como aquele.
Seus seguranças ficaram do lado de fora o que desagradou Ruby.

- Por que esses trogloditas vieram juntos? Era só eu e você.
- Porque um homem na minha posição não pode andar sem seguranças, eu posso ser sequestrado, morto, sei lá...essas coisas entende?
- Humft.

Ruby se aborrece momentaneamente, entretanto, não podia tirar a razão dele. Os seguranças também serviam para tirar os paparazzi de cima de Peter quando era preciso.
A cafeteria estava tranquila apesar do horário, mas a jovem notou que os seguranças não estavam deixando mais ninguém entrar, ao invés de se aborrecer fez o que Abigail lhe orientou: se abstrair de coisas que não mereciam sua atenção e se entreter de outras formas.
Observando o pai, Ruby nota pela primeira vez que ele estava com uma aliança, lembrou que Grace também estava usando uma com um solitário de valor inquestionável e pergunta ao pai.

- Então quando você e a Grace voltaram?

Peter pousa o copo de café na mesa e a observa. Ou a jovem estava tentando sufocar a angústia que sentia horas antes se distraindo com outros assuntos ou realmente estava interessada.

- Bom, dias atrás...conversamos e o resto você sabe.
- Sei como é...aconteceu comigo e a Sam, a gente brigou e voltou depois.
- Ah sim! E como conheceu a jovem srta. Evans?

Ruby termina de mastigar a torta estranhando a pergunta e indaga o pai.

- Hum! Certeza que você tem um relatório de todos que me cercam?
- Hahahaha, sim eu tenho mas desconheço seu interesse por essa moça, assim como desconheço porque destrata aquele médico.
- Mitchel? Ah, sim... faz tempo que não sei nada dele.

Um suspiro meio sentido saí do peito de Ruby, sabia que não tinha sido nada legal com ele e pretendia ter uma conversa séria com o médico quando voltasse pra casa.

- Assim como não sei nada de Louise e da Karine.
- Hum, as jovens que eram suas amigas na prisão?
- Sim.

Então tudo fica mais claro para Ruby, a angústia que sentia voltou mais forte e compreendeu que aquele sentimento tinha a ver com uma das duas, o remorso aponta em seu peito e de repente uma lágrima caí. Ao contrário das amigas vivia bem e não precisava se preocupar mais com dinheiro mas e elas como estariam?

- Peter eu tenho que ir embora, preciso saber das meninas, é por isso que estou me sentindo estranha, eu não sei nada delas.
- Isso não é problema, eu faço uma ligação e saberei de tudo.
- Não! Eu quero vê-las, eu prometi que não perderia contato e nunca mais falei com elas principalmente a Karine.
- Ok!

Peter assente, não queria ver a filha angustiada e se agora ela sabia o porque de estar se sentindo mal, ajudaria no que fosse possível para dissipar suas angústias. Com uma ligação faz com que David cuide dessa parte e volta pra casa com Ruby.

****

Louise chorava sem parar desde que soube da morte da amiga dois dias depois, a tristeza era tanta que não saia do cubículo pra nada.
Uma policial a chamou pelo autofalante do ambiente lhe dizendo ter visita, mas a jovem estava sem forças pra nada. Ray entra no cubículo e lhe avisa que sua visita era Ruby.

- Vamos Lou, precisa sair desse marasmo, Ruby está na sala de visitas, ela está tão diferente e não está acompanhada daquele senhor o tutor, é outro coroa.

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