Capítulo: 34

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Ruby

Após muita fofoca e risada, Ruby se despede de Louise e promete visitá-la novamente.
No carro a caminho do aeroporto Vincent estava curioso e questiona a garota.

– Quem você está namorando e até pensa em se casar?
– Ninguém.
– E porque disse aquilo pra policial?
– Porque ela é uma filha da puta que não me deixava em paz enquanto estava presa.

Vincent pensa um pouco, e fica aborrecido com as atitudes da policial que se aproveitou da sua posição e poder para abusar de Ruby.

– Ruby e porque não a denunciou?
– Porque eu a usava também Vincent, não sou nenhuma menina inocente, ela queria sexo e eu dava simples assim, em troca ganhava pequenas regalias.
– Ruby, isso é errado.
– Por que?
– Porque só devemos fazer essas coisas com quem amamos, devemos ter respeito pelo nosso corpo.
– Xiiiii Vin, aí o negócio complica porque eu amo transar e como fica?

Vincent fica visivelmente constrangido, Ruby não era sua filha, mas já a considerava como tal e falar sobre sexo com uma mulher que provavelmente sabia mais que ele era estranho.

– Seja como for, tente fazer essas coisas com quem te respeita e realmente te ama.
– Hum não prometo mas vou tentar. Então você não fez muito sexo por aí né? E olha que você é bonitão, pra um coroa hahaha.

Vin fica desconfortável no banco, não tira os olhos da estrada e fica mudo.

– Porra coroa não vai me dizer que você perdeu a virgindade com a sua falecida esposa e depois dela não fez com mais ninguém?
– Isso não é da sua conta. Não acredito que estou conversando de sexo com uma garota que não é nada minha além de tutelada.
– E qual o problema?
– É estranho Ruby só isso.
– Hum...Vin por que você não teve filhos?
– Minha esposa nasceu sem um dos ovários e o outro não amadureceu corretamente, os óvulos dela não eram maduros o suficiente, então a fecundação não acontecia como o esperado.
– Ahhhhh, você seria um ótimo pai.
– Talvez sim...eu e minha esposa superamos essa parte de nossas vidas e aproveitamos o que estava reservado a nós. Ela me fez muito feliz, quando amamos realmente alguém outras coisas se tornam irrelevantes.
– Sei...

Ruby pensa nas palavras de Vincent, em seu íntimo achava que o amor era uma perda de tempo e gasto de energia desnecessário.

****

Já em casa, Ruby olhava a tela do celular e as chamadas perdidas. Só tinha as de Samantha e ainda se sentia confusa, jogou o celular no sofá que tinha no seu quarto e caiu na cama. Lizette entra com uma bandeja contendo um sanduíche e suco de laranja.

– Olha aqui, menina coma.
– Estou sem fome.
– Você sem fome? Ai meu Deus!

Lizette tira a mão de Ruby da testa e coloca a sua na testa dela, queria medir a febre dela e a garota estranhou.

– Tá fazendo o quê?
– Vendo se você está com febre, ué!
– Porra Lizette não fode, só estou sem fome.
– Viu só, está doente.

Ruby a ignora, pega uma almofada que enfeitava a cama e cobriu o rosto.

– Eu quero ficar sozinha.
– Aí menina tá bem, vou deixar a bandeja aí.

Lizette se retira e a garota acaba pegando no sono minutos depois.

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