✨ When I Found You...

Capítulo: 49

Samantha

Quando pensou em falar com Ruby sobre terapia, Sam nunca pensou que a garota se abriria pra ela, pensou nos momentos difíceis que ela vivenciou e na sua própria vida e em como era privilegiada por ter nascido em uma família de posses. Respirou fundo, antes de falar com ela, levantou e colocou um roupão.

– Sam, o que foi?
– Nada, eu tenho certeza que você sabe sobre o que eu quero falar.
– Quer que eu faça terapia?

Depois de vestir o roupão, Sam senta na cama e olha para Ruby que terminou o cigarro e ainda estava pensativa.

– Você não acha que seria bom?
– Não! Eu não sou louca.
– Ruby terapia não tem nada a ver com ser louca, você não quer porque tem traumas e não quer relembrar.
– Exatamente e já fiz isso agora há pouco.
– Um profissional vai te ajudar a superar isso.
– Samantha uma violência como a que eu sofri mulher nenhuma supera. Eu me abri com você e já foi bem difícil, então por favor pela última vez, tire isso da cabeça, não vou fazer e pronto.

Samantha suspira chateada, trabalhar esse lado dela seria difícil, então algo veio à sua mente.

– Você conseguiu se expressar pelos seus textos, é uma forma de terapia sabia.

Ruby não respondeu, ao invés disso levantou e colocou a roupa.

– Ruby, onde você vai?
– Pra casa ué, Vincent não está, mas eu sei das minhas obrigações.
– Ahhh claro.
– Você vai pra casa do Vin?
– Sim.

Sam levanta, tira o roupão e coloca uma roupa, escolhe um short preto de viscose e uma blusinha branca e calça sapatilhas, faz um coque no cabelo e logo estava pronta, Ruby a abraça por trás e beija seu pescoço.

– Tô louca pra foder você na minha cama novamente.

Ruby mordisca o lóbulo da orelha de Sam e aperta delicadamente sua cintura, a empresária se vira e passa o nariz carinhosamente na bochecha de Ruby.

– Mas não hoje, agora só amanhã, eu tenho que dormir e trabalhar e a mocinha também.
– Ahhh Sam, sabia que estou um tempão na seca?

O charme de Ruby misturado a sua voz sexy e quente fazem Samantha sair de órbita, a mulher exalava não só confiança mas um poder sexual incrível e ilimitado.

– Isso não é verdade, transamos muito gostoso horas atrás.
– Sim...mas eu não te mostrei todo meu potencial ainda.

Samantha dá uma gargalhada e de repente se lembra do dia que Ruby brigou na rua com uma colega e esta lhe falou que a garota era insaciável na cama.

– Vai ter tempo pra me mostrar isso, mas até lá vamos pra casa do Vincent e dormir ok?
– Você quem sabe.

Ruby olha para os lábios de Sam com luxúria, em outros tempos esses joguinhos não a animavam, mas agora achava divertido estar indo com calma em algo que não sabia nem como havia começado.

Ruby

Quando Samantha adormece, Ruby a observa por uns minutos, gostava dela mais do que achou que gostaria, tinha planos em mente mas duvidava de si mesma se conseguiria concluir algum deles. Após minutos pensando como sempre fazia antes de dormir, enfim o sono a leva, abraçada com Samantha seus temores deixam de existir e ela vislumbra em seus desejos mais íntimos uma vida com a empresária.

****

Luther lia os termos da condicional que seu advogado passou, seus pais contrataram outro profissional e através de manobras conseguiram fazer com que ele saísse.
Estava apenas há um dia de ganhar a liberdade novamente e desejava há tempos reencontrar Mitchel o responsável por colocá-lo ali.
Perdeu a licença em medicina e por ter cometido um crime sexual seria monitorado por um agente responsável por sua condicional, entre as ordens que deveria seguir, a principal era não se aproximar da vítima.
Embora Ruby não tenha denunciado, por conta de Mitchel amargou uns anos preso, teria escapado se o ex-amigo não tivesse levado o processo pra frente.
O advogado lhe instrui sobre os trâmites que teria que seguir.

– Luther não se aproxime dessa mulher em nenhum momento ouviu?
– Gus fique tranquilo, relaxa está bem?
– Estragou sua vida por conta de uma vagabunda.
– Hahaha valeu a pena acredite.

Gus revira os olhos, já tinha defendido pessoas de diversos tipos, mas Luther era o primeiro que não ligou por estar preso, mesmo sendo culpado, tinha certeza que o cliente faria novamente se tivesse oportunidade.

– Bom você quem sabe, se voltar pra cá eu não vou te defender novamente nem que seus pais me paguem um rio de dinheiro.

Luther assente e se retira de volta para sua cela onde ficava sozinho, diferente da prisão onde Ruby ficou presa e ela tinha liberdade de ir e vir, onde o ex-médico estava, os detentos ficavam em celas individuais com portas.
Em sua cela, deitado na cama, Luther pensa na garota que roubava sua paz desde o dia que a viu pela primeira vez, imaginou como ela poderia estar agora, após três anos sem vê-la. Tinha consciência que o que fez foi errado, mas nunca se arrependeu, no fundo não quis violentar a garota, entretanto, sua ânsia falou tão alto que perdeu a cabeça. Seus planos eram somente dopá-la e assim aproveitar o máximo de tempo com ela, mas sem usar a força, mas o desejo de finalmente tê-la ali o alucinou, fora que Ruby sempre o rejeitou.
Há meses desde que soube que ganharia as ruas, arquitetou um plano para ter a garota novamente.
Seu plano consistia em levar Ruby para longe e não estava nem aí para seus atos, com o plano organizado em mente Luther adormece sonhando com o dia que tomaria Ruby outra vez.