Ruby
Ruby chega em casa pela porta da cozinha e pergunta de Vincent a Lizette.
- Onde está o coroa, preciso muito falar com ele?
- Hummm, aconteceu alguma coisa?
- Ainda não...
- Ele está no escritório.Ruby agradece e se encaminha para o escritório, chegando lá nota que Vincent conversava ao celular com alguém e sorria, assim que o advogado a vê pede para ela entrar e termina a ligação minutos depois.
- Vin tem um minuto?
- Pra você tenho todos, o que foi?Vincent convida Ruby para sentar em uma das poltronas enquanto ele ficou em sua mesa.
- Vin eu quero achar meu pai, e vou procurar sem sua ajuda, mas se você me ajudar conseguirei mais rápido.
- Uauuu, direto ao ponto como sempre.
- Vai me ajudar?Vin observa Ruby e fica curioso ao mesmo tempo, ela nunca mencionou o pai até aquele momento e na sua ficha nada constava.
- E por que isso agora? E se ele não puder ser encontrado, o que você vai fazer?
- Isso resolvo depois, me deu vontade simples assim.
- Ahhh isso é que não, você não me engana mocinha, com certeza tem um motivo grande por trás disso.Ruby levanta e anda pela sala impaciente.
- Eu não posso querer conhecer o cara que me gerou?
- Pode é um direito seu, só quero que seja sincera comigo, porque como disse isso aconteceu da noite pro dia.
- Minha mãe...é só o que você precisa saber.
- Hum...ok!Vincent não pergunta mais nada, mesmo sabendo que deveria, mas sabia que a garota iria se aborrecer e preferiu deixar como estava.
- Bom eu conheço meia dúzia de pessoas que podem conseguir algo, mas não é tarefa fácil, sem um nome pelo menos pra começar.
- Minha vó me falou uma vez mas eu não lembro, depois que comecei a usar drogas minha memória ficou muito falha, perdi muita coisa.Ruby bate algumas vezes a mão na cabeça para tentar lembrar sem sucesso. Vincent levanta e a abraça.
- Fique calma se é o que você quer, eu vou te ajudar, mas ele tem o direito de não te querer Ruby, você não pode obrigar ninguém a te amar.
- Eu sei, mas eu quero achá-lo...de repente eu tenho irmãos.Vincent concorda e seca as lágrimas do rosto de Ruby.
- Agora pare de chorar, vamos jantar e você vai me contar como foi a sessão com a psicoterapeuta.
Ruby concorda e pega na mão de Vincent e juntos vão para a sala de jantar.
****
MiamiLonge do centro de Nova Iorque, Peter Harris, ouvia o que o detetive lhe falava.
- Peter não tenho mais informações da sua filha além do que já lhe dei.
- Tem certeza? Porque ela está morando com uma homem que tem idade pra ser pai dela? E porque não mora com a mãe?
- Já te falei do programa do governo quanto a mãe eu realmente não sei pode ser algo pessoal.
- Pode ser!Peter olha a ampla vista privilegiada de Miami que sua penthouse lhe dava todas as manhãs, lamentava profundamente ter abandonado a filha, não ligava para Elizabeth, mas uma transa passageira lhe rendeu um fruto que a vida tratou de lhe lembrar e colocar em seu caminho agora que mais precisava.
- Por que não conversa com a mãe dela e quem sabe descobre mais coisas, como foi a infância dela por exemplo.
- Porque não suporto Elizabeth, usou de um artifício pra ir pra cama comigo, semanas depois veio com o golpe pronto e fiquei possesso, a expulsei do hotel e o que ela fez? Contou a minha esposa e a decepção e mágoa fez Grace perder nosso filho recém descoberto.David balança a cabeça de leve concordando com o patrão, a vida de Peter nunca mais foi a mesma, perder a esposa para o divórcio o fez rever muitas das coisas em sua vida.
- Agora sou um velho sozinho cheio de dinheiro e amargurado, por minha causa minha filha teve uma vida de merda.
- Isso é verdade...prostituta e viciada.Peter olha para David furioso e bate com o punho na mesa e avança pra cima do detetive.
- Nunca mais fale assim da minha filha, ela mudou tenho certeza.
- Desculpe eu me excedi.Peter larga o colarinho de David e dá as últimas ordens.
- Trate de deixar aquele marginal longe dela, se ele encostar um dedo nela cabeças vão rolar, não sei como Argo permitiu que aquele bosta saísse da prisão.
- Bom eu te disse que o pai do cara tinha mais influência que o advogado fora as brechas que a lei tem e permite tal coisa.
- Maldito.David ia falar sobre o bebê que Ruby acabou por abortar mas guardou para si, Peter já tinha problemas demais.
- Trate de fazer seu serviço e logo.
- Pode deixar.O detetive se retira e deixa o magnata do aço sozinho com seus pensamentos.
****
Tão logo saiu do seu consultório e chegou em casa, Abigail procura no computador o nome que logo veio a sua mente assim que viu Ruby, não só os olhos da jovem lhe fizeram lembrar de alguém como também os traços bem marcantes de seu rosto, ao digitar no Google o nome Peter Harris, apareceu pouquíssimas fotos do bilionário do aço. Era de conhecimento geral que ele era um homem recluso e amargurado, quando aparecia em público era ríspido com as pessoas e nunca deu entrevistas.
Abbe apesar de aprofundar a pesquisa não achou nada mais relevante, sabia que ele era divorciado há alguns anos e nunca mais se casou, não tinha menções a filhos e nada mais. Peter vivia sozinho talvez pagando um alto preço por ter feito escolhas erradas na vida.
Era bem sucedido nos negócios e prosperou sua pequena empresa aos poucos, fornecia aço para as principais indústrias e fábricas que usavam seu produto e o subproduto para os mais diversos itens, não importava o tamanho a Steel&Harris estava em tudo de um simples broche a foguetes.
A psicoterapeuta ficou encucada em como alguém podia se parecer tanto com outra se não tinham parentesco, entretanto, seu sexto sentido lhe dizia que Ruby era herdeira de Harris só não sabia o porque dela ser uma bastarda.
De posse das parcas informações que obteve, resolveu que dividiria com Sam suas suspeitas, mas deixaria pra quando Ruby tivesse mais confiança nela, até lá guardaria pra si tais fatos.
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✨ When I Found You...
FanfictionRuby Olsen não tinha nada nem ninguém, vivendo sozinha no mundo. Porém, surge uma oportunidade que pode transformar não apenas sua vida, mas também suas convicções mais profundas. ⚠️ Essa história apresenta conteúdo sexual. *Plágio é crime, não aut...