Samantha
Samantha conversava com a mãe sobre Ruby, até aquele momento só tinha dito muito por cima a Margot sua relação com a jovem.
- Vincent me parece gostar muito dela querida.
- Ah mãe! Como eu posso dizer, a Ruby é você ama ou você odeia, eu não sei se ela tem ciência disso e gosta ou se é alheia a esse fato.
- Hum, pelo pouco que me contou ela tem um ar seguro de si quando se trata de defender seus interesses.Sam pondera as palavras da mãe, de fato Ruby não gostou de que ela se interessasse por outra mulher e tirou satisfações, mas também não dava o braço a torcer e não se interessava por um relacionamento.
- Eu não sei, eu gosto tanto dela.
- Entendo, mas não quero que se magoe meu bem.
- Mamãe não te aborrece ela ter sido presidiária?
- Ahhhh não muito, essa moça fez escolhas erradas é verdade, mas pelo que o Vincent me conta ela está tentando realmente ser outra pessoa. E ela não será a primeira nem última pessoa a ter problemas com a lei e se reerguer depois.Samantha se emociona com a mãe, assim como seu pai, Margot não julgava as escolhas de vida das pessoas e era a favor de segundas chances.
- E se você está feliz com essa moça não sou eu que vai dizer com quem você deva ou não ficar, você é maior de idade e totalmente independente, só não quero que se magoe.
Sam abraça a mãe emocionada, sua família demorou um pouco a aceitar sua bissexualidade, mas lhe deram apoio sempre que precisava.
- Obrigada mãe, é muito significativo pra mim que aceite a Ruby.
- Sabe o que acho engraçado? Que você encontrou outra pessoa de olhos azuis.
- Hahaha, eu não tenho culpa, é uma coincidência, tudo na Ruby me agrada.
- De fato ela é linda, mas você filha ganha dela.
- Sua opinião de mãe não vale.Mãe e filha sorriem, com essa parte resolvida, Sam se concentra agora em tentar convencer Ruby a fazer terapia.
****
Samantha esperava sua grande amiga Abigail no mezanino, estava disposta a ajudar Ruby e pensou na amiga para lhe ajudar na missão.
Abigail era psicoterapeuta e era especialista em casos como de Ruby.
A secretária pede pra Sam entrar e ela logo é cumprimentada pela amiga com um abraço.- Sam amiga quanto tempo!
- Verdade Abby.Abigail fica curiosa, sabia por alto mais ou menos sobre as preocupações de Sam e queria muito ajudá-la, eram amigas desde os tempos de faculdade.
- Me disse por e-mail um pouco da vida dessa moça, como é mesmo o nome?
- Ruby.
- Ah isso mesmo, por isso não lembrava, não é lá muito comum...e você já a convenceu?
- Abby eu nem falei com ela ainda, ela é muito teimosa e o trauma muito latente ainda.
- Entendo.Abby fica pensativa, pelo pouco que conhecia de Ruby sabia que teria trabalho, mas estava disposta a encarar o desafio usando uma abordagem menos invasiva.
- Só pode trazê-la aqui quando conversar com ela amiga, e temos que torcer pra ela gostar da minha pessoa e abordagem clínica.
- Certo.Sam conversa mais um pouco com Abigail, mas sua mente pensa em como entrar no assunto com Ruby.
Ruby
Depois que chega do exame de direção, Ruby vai para o seu quarto e toma um longo banho, ao sair Lizette estava limpando o quarto e faz algumas fofocas.
- O Dr. Argo parece que tem alguém menina.
Ruby que estava sentada em frente a penteadeira e penteando o cabelo, ouve mas com pouco interesse.
- Hum, ele tem direito de refazer a vida.
- Sim, e eu acho ótimo, só estou curiosa pra saber quem pode ser.
- Aí Lizette está bem óbvio que é a mãe da Sam.
- Xiiiii menina eu espero que não.
- Por que?
- Ué, digamos que sejam namorados, não vai ficar estranho você com a filha da Dona Margot?
- Não, não somos irmãs de criação.Lizette assente e acaba por concordar com a jovem.
- Você vai almoçar em casa?
- Sim.
- Ok, vou arrumar a mesa.Ruby balança a cabeça e logo fica sozinha em seu quarto, seu celular toca para uma nova mensagem, era Samantha que queria conversar com ela.
Sam: Hey Ruby como vai? Não adianta me enrolar, precisamos conversar 😌
A jovem sorri e responde em seguida.
Ruby: Verdade eu falei que podíamos falar de qualquer coisa 🤭
Sam: Pois é, vou passar aí mais tarde 💋
Ruby: Certo 😙
Ruby larga o celular e vai para a sala de jantar ao ouvir Lizzete chamando, não estava preocupada, achou que a conversa seria por conta da briga com Alexia.
****
Vincent se arrumava para jantar com Margot, sob o olhar atento de Ruby, não tinha conseguido tempo para almoçar com a jovem, nos últimos dias seu escritório andava com muito trabalho, mesmo assim fazia questão de passar um tempo com ela e aproveitou para lhe parabenizar por ter conseguido a carteira de habilitação.
- Fico muito feliz que você tenha passado no teste, embora o instrutor me dissesse que não tinha muito o que te ensinar.
- Eu disse Vin, você não acreditou, eu aprendi com uma mina há muito tempo...
- Como você diz "tô ligado".Ruby dá uma gargalhada, ficava a vontade na presença de Vin, ao notar a dificuldade dele em acertar o nó da gravata levanta da poltrona onde estava e o ajuda e ele aceita.
- Por que disse quando fez minha ficha que eu era sua filha?
Vincent fica sem jeito e demora um tempo pra responder, mas enfim diz:
- Porque eu não queria ter que explicar que você é minha tutelada, embora a moça que fez o cadastro estranhou não termos o mesmo sobrenome.
- Pois é, isso você teve que explicar?
- Sim, inventei que você não gostava do meu sobrenome e tirou.
- Hahahahahaha.Ruby ri novamente e contém algumas lágrimas, não sabia exatamente se eram de alegria ou de gratidão.
- Você é muito engraçado coroa...é assim que se faz um nó de gravata.
Vincent aprova o nó, estava muito melhor do que o nó que ele costumava fazer.
- Onde aprendeu fazer isso?
- Em um programa de etiqueta que assistia na tv da prisão.Vin fica surpreso, sabia que Ruby amava escrever e assistir tv, mas nunca imaginou que ela curtisse programas que ensinassem algo.
- Bom você aprendeu muito bem.
- Eu não tinha muito escolha, não passava nada de útil na tv...agora você já pode ir ver sua mina.
- Margot não é minha "mina", ela é minha amiga.
- Eu tô ligada, sei como é...Vincent revira os olhos mas não responde, dá um beijo no topo da cabeça de Ruby e lhe dá uma recomendação.
- Você nem pense em sair sem me avisar e deixar esse celular ligado.
- Tá certo coroa, mas eu vou ficar em casa, minha gata vem aqui pra gente conversar coisas de meninas.
- Coisas de menina?
- Ela que disse.
- Ok.Ruby acompanha Vincent até a porta e lhe dá um até logo, vai na cozinha e pega uma maçã, volta pra sala e liga a tv e se distrai a espera de Samantha.
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✨ When I Found You...
FanfictionRuby Olsen não era ninguém na vida, estava sozinha no mundo até que a oportunidade de mudar seus conceitos acerca de coisas que acreditava aparece. ⚠️ Essa história apresenta conteúdo sexual. *Plágio é crime, não autorizo nenhuma reprodução em par...