Capítulo: 32

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Samantha

Samantha fica sem entender o comportamento de Ruby, os últimos minutos que passou com ela foram incríveis. A garota sabia chupar e desejou fazer mais coisas com ela, entretanto a moça pareceu fria e sem emoção após fazê-la gozar e isso acabou por aborrecer Samantha que achou que o problema era ela.

– Qual o problema dela? Será que sou eu, será que fiz algo que a desagradou?

Samantha falava sozinha, quando conheceu Ruby um misto de sentimentos preencheu seu coração. A garota não era só um poço de beleza, era divertida e autêntica, sabia que Ruby tinha fantasmas do passado e mesmo que quisesse ajudá-la, ela não lhe dava chances de se aproximar.
Frustrada com o acontecimento recente, pega suas roupas e sobe para seu quarto, entra no seu banheiro e prepara um banho e na banheira pensa em Ruby e nos momentos que passara com ela.

Ruby

Andando sem rumo pelas ruas, Ruby chorava. Estava triste e confusa, gostava de Samantha mas não sabia definir o que era na verdade, sentia desejo por ela é verdade, mas não queria somente sexo.
Queria ter ficado mais com a empresária, mas pensamentos ruins povoaram sua mente. Sentindo-se sozinha mais uma vez, entra em um bar e se senta em uma das mesas para beber, mas logo muda de ideia. O álcool assim como as drogas a faria esquecer o mundo e seus problemas por algumas horas e depois ela se sentiria um lixo novamente.
Decide ir embora do bar e ir pra casa e chama um Uber, enquanto espera acende um cigarro e ouve seu nome ao olhar encontra Norma, e revira os olhos.

– Oi linda o que faz por aqui ?
– Eu que pergunto Norma, ouvi dizer que se casou.
– Estou casada, não morta.
– Hum.
– Não te vi mais, mas onde você atendia falaram que estava presa.
– É...

Norma estreita os olhos, a última vez que vira Ruby ela estava em uma cama de hospital inconsciente, soube por outras garotas que ela fora estuprada e foi visitá-la, ficou chocada ao vê-la tão machucada na época, mas agora parece que nunca lhe acontecera nada, sua beleza estonteante estava ali presente. Sempre gostou dela, mas a garota era geniosa e difícil de lidar.

– E então mudou seu ponto? Acho que aqui é mais tranquilo pra você, sempre te achei diferente das outras, enquanto as outras meninas andavam peladas, você estava sempre coberta.
– Não faço mais programas.

Ruby joga o cigarro no chão e pisa pra apagar, coloca as mãos dentro dos bolsos da jaqueta e aguarda impaciente o Uber.

– Quando andava comigo, estava sempre bem vestida como agora, nunca deixei te faltar nada. Quem está te bancando no momento?
– Ninguém.
– Duvido, você gosta de dinheiro. Quanto está cobrando agora?
– Porra Norma, o que conversei com você naquela época? Que só fazia isso por causa da minha vó, quantas vezes te disse que eu queria mudar de vida?
– Muitas vezes, mas você nunca quis uma vida comigo.
– Você queria uma amante e tinha. Mas controlar minha vida não.
– Isso não é verdade.
– Não, é coisa da minha cabeça. Passar bem, e se passar por mim novamente finge que não me conhece, esquece que tivemos algo no passado.

Ruby entra no Uber e bate a porta do carro, Norma a olha aborrecida e ao mesmo tempo triste. Sentia saudades não só da garota como do sexo gostoso que ela fazia.

****

Dentro do carro, Ruby suspirou, fechou os olhos e recostou a cabeça no banco. Não importa o que fizesse o passado sempre a encontrava. Agora pensava que não foi bom voltar a Nova Iorque, a cada esquina alguém a conhecia.
Ao chegar em casa, Vincent estava à sua espera, apontou para o relógio e arqueou uma sobrancelha.

– Demorou, liguei no celular e não atendeu.
– Ah, eu me distraí, foi mal.
– Hum, e como foi seu passeio ou seria encontro?
– Foi bom, foi passeio e não um encontro.
– Ahhh.

Vincent assente, Ruby pisca para ele e vai para seu quarto, só queria dormir e desejou que seu passado sumisse de vez.

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