Apocalipse de Im Yeojin

Fim da frustração

O jardim estava igual as outras vezes em que eu fui parar lá. Cheio de flores e com um céu infinitamente estrelado, porém desta vez eu estava sozinha, o Ceifador não estava no Jardim.

- Olá? alguém aqui? - Chamei enquanto andava pelo lugar.

- Finalmente alguém! - Ouvi uma voz feminina atrás de mim - ele disse que já voltava, mas estou aqui a um tempo e ninguém apareceu.

- Misericórdia! - Me espantei ao me virar e me deparar com a alma que estava falando comigo.

Ela não era laranja como as que eu vi antes, ela era branca como nos filmes, porém eu sabia exatamente quem ela era. Seus cabelos longos amarrados em um laço sem cor, mas que já fora vermelho não negava. Ela era...

- Han Minji - falei sem acreditar.

- Sim! Como me conhece? Acho que eu nunca vi você antes. Você não parece estar morta. Tinha um cara aqui, pensa num homem chato. Ele sim estava morto - ela disparou em falar - Talvez eu tenha te visto em uma convenção? Não, você foi em algum show? Eu costumava ir neles...

- Quê? NÃO. Eu sou Im Yeojin e - A cortei antes que ela continuasse a falar - Nicolas, eu conheço Nicolas Alves.

- Nick. Você o viu? - A fantasma se acalmou - como ele está?

- Bem. Quer dizer, com sua morte ele ficou um lixo, mas então ele encontrou alguém...

- Ele encontrou outra pessoa? - Ela disse surpresa e um tanto chateada - claro que sim Minji, você morreu.

- Não desse jeito! Ele encontrou uma criança, um bebê, Han Yong-Gi. Ele o batizou em sua homenagem.

- Han Yong-Gi. - Ela disse em alívio - eu adorei! Ele disse algo mais...?

Han Minji não conseguiu terminar, pois no alto da colina onde a grande árvore roxa estava, o Ceifador de Flores finalmente apareceu.

- Meu Deus!

O Ceifador não estava totalmente certo em dizer que Kim Seokjin era bonito de qualquer forma. Definitivamente cheio de machucados no rosto e coberto de sangue, ele não era uma visão bonita. Ele estava caído, se apoiando no tronco da árvore. Seu terno elegante, estava rasgado e sujo de sangue e seu rosto estava cheio de cortes e hematomas, havia tantos machucados que ele nem conseguia abrir os olhos direito.

- Ceifador! O que aconteceu?

- Im Yeojin - ele disse lentamente - chegue mais próximo. - Então eu me aproximei mais.

- Droga, aqui só tem plantas. Precisamos de curativos! - Minji tentava procurar algo para ajudá-lo.

- Não á tempo... - ele tossiu e por aqueles instantes seu corpo sumiu e depois reapareceu, como um aparelho em mal contato que liga e desliga dependendo da posição da tomada. - Você tem que se lembrar. fech... - ele tremeluziu outra vez - Destrua os portais, entendeu?

- Sim, eu tenho que - ele sumiu e reapareceu alguns estantes depois - destruir. - Ele assentiu. - Mas como eu faço isso? Como eu os encontro? Quantos são?

- Eu não vou mais voltar - outra piscada - essa é a última vez. Talvez - ele respirou fraco - meus irmãos dêem o ar da graça... Ahh! - Ele gritou como se estivesse sendo puxada para outro plano - vocês vão sentir, são seis, só tem que lembrar: Fechem as portas ao sair. Ela vai te mandar de volta é só pedir.

- Espera ceifador! O que isso quer dizer? - Mas ele já havia ido embora.

- Ele foi embora.

- Sim. Eu tenho que voltar e eu não faço a menor ideia de como sair daqui. Droga!