A grande decisão.

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Mentira e omissão qual a diferença?

Querido diário, eu sei que não deveria me desviar tanto da linha da história, mas acho que já está na hora de vocês saberem um pouco mais sobre Yuna.

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Yuna se lembra com exatidão da primeira vez que presenciou um ataque de pânico. Yuna nunca teve ataques de pânico, medo era algo que ela nunca sentiu na vida, mas ela se lembrava com perfeição da primeira vez que fez alguém sentir medo, o nome dele era Jiwan e Yuna arrancou um de seus olhos. Foi um ato horrível e sangrento da sua parte, para qualquer outra pessoa haveria ao menos um sinal de remorso ao lembrar do ato, mas para Yuna seu único arrependimento era apenas ter arrancado um olho do garoto e ter deixado o outro intacto.

– Yuna? Por que?

Ela se lembrava do olhar apavorado da Irmã Yuju e de sua voz falha quando ela a encontrou sozinha colorindo tranquilamente enquanto Jiwan gritava em agonia.

– A senhora demorou irmã Yuju. – Foi a única coisa que Yuna respondeu sorrindo depois de ter sido pega.

Se ela não tivesse feito aquela pausa para colorir, Jiwan teria apenas dois buracos vazios em seu rosto e Yuna teria um par novo de bolinhas para brincar com as crianças que jogavam bolinha de gude todas as manhãs. Ao invés disso Jiwan continuou tendo seu único olho e enquanto o padre Josep, a madre Superiora e a Irmã Yuju discutiam o que fazer, Yuna cantarolava um tanto descontente por seu plano ter falhado, mas ainda contente o suficiente por ter um novo trabalho naquela mesma noite no Pink Lemonade.

Ela não respondeu nenhum dos "por quês? " Que fizeram a ela aquele dia, mas a resposta estava lá, já fazia uns bons dias, a visitando. O pai Caos, durante uns bons meses, a visitava brevemente todas as noites antes de dormir. Esse era o único momento que Yuna tinha para sentir e preencher a falta que uma figura parental causou a ela e era o único momento que a ponte dos experimentos do Dr. Min permitia.

Momentos breves, pequenos conselhos maldosos aqui e ali foram o suficiente para a que Jiwan não fosse o único ataque de pânico que Yuna causou e ir parar naquela mesma noite no terraço do Pink Lemonade observando pelo teto de vidro um dos quartos vermelhos ao lado do Pai Caos.

– Eles não são boas pessoas. – Yuna observou atentamente quando um dos homens vendou a única garota no quarto enquanto outro a tocava em lugares que as freiras ensinaram que nenhuma outra pessoa deveria tocar.

– Não são. – O pai Caos concordou. – Nenhum deles é, e por isso você está aqui.

– Vamos salvar Chaeryeon.

– Exatamente.

Caos lhe entregou uma faca e então com um aceno positivo Yuna entrou na boate duvidosa Pink Lemonade cortou e esfaqueou de forma demoníaca todos os homens que entraram em sua frente até chegar no quarto vermelho em que a irmã de Chaeryeon estava.

– O que vamos fazer com ela? – Yuna perguntou ao admirar a garota estirada no carpete vermelho do quarto após a sua chacina.

Uma verdade sobre essa garota e essa noite no Pink Lemonade é que...

O nome dela era Lee Chaeyeon.

E ela ainda estava viva...

Lee Chaeyeon ainda estava viva quando Yuna terminou seu massacre.

– O que faremos? – Caos andou lentamente pelo quarto pensativo. Seu terno branco era a única coisa sem manchas naquele lugar, porem sua essência era a mais suja – Achei!

Apocalipse de Im YeojinOnde histórias criam vida. Descubra agora