Apocalipse de Im Yeojin

Bênçãos, planos e voltas indesejadas.

Alguns minutos antes do mortal kombat começar.

Vivi olhava enojada para todos os filhos do Caos dançando ao seu redor. A pista de dança cheirava a fumaça, suor e sei lá o que era aquilo... uma mistura de vomito com urina? Ugh! seja o que for ela detestou. Ela queria terminar logo com aquela palhaçada e ir para a base descansar por muito, muito tempo.

— Oie

Uma garota carregando várias bebidas entrou em sua frente atrapalhando sua visão perfeita das outras meninas discutindo o que fariam

— É...? oi.

— Você não parece muito feliz na festa. Toma, beba comigo

A garota tinha olhos tão redondos e um sorriso tão contagiante que por um segundo Vivi considerou beber convencida pela fofura.

— Não, obrigada. Preciso me concentrar em ajudar minhas amigas. — Ela empurrou a garota levemente e continuou a observar a confusão em sua frente.

Por algum motivo todos, agora, pareciam estar se movendo em câmera lenta e a música alta é remixada, soava como um murmurou de fundo e cada nota parecia demorar uma eternidade para se completar com o resto da batida.

— Você não sabe o quanto eu fico feliz com essa resposta, mas acho que não me apresentei muito bem. — A garota entrou em sua frente outra vez e lhe esticou o copo de caipirinha com um largo sorriso e só então Vivi notou o quanto ela era diferente dos outros filhos do Caos.

Ela tinha cabelos loiros, olhos redondos, um sorriso extremamente fofo que poderia mudar em segundos para um sexy e o principal, ela não usava máscara como os outros e também não parecia ter a mesma áurea suja que eles. Mesmo lhe oferecendo uma bebida, ela parecia um anjo completamente inocente ou fingia muito mal ser um.

— Você pode me chamar de Sana, eu sou o Outro da lealdade.

— Você é meu Outro? Não parece — Vivi a olhou incrédula.

Sana não parecia ser o tipo "leal", com tanta dualidade no olhar, ela parecia muito mais cafajeste que qualquer outra coisa.

— Claro que não, estou disfarçada.

— De anjo ou de demônio? — Vivi a olhou ainda confusa.

— O que você sente?

— Se está me manipulando, não importa o que eu estou sentindo. Qualquer emoção vai ser exatamente o que você quer.

— Eu escolhi muito bem minha escolhida. — Sana deu pulinhos de felicidade extremamente orgulhosa. — Tá bom, vamos melhorar a pergunta. O que você acha mais lógico?

Vivi observou bem tudo ao seu redor e então depois de raciocinar por uns segundos ela tinha a resposta:

— Está disfarçada de demônio.

— Por que tem tanta certeza?

— Tudo aponta para isso. O tempo esta se movendo lentamente, você tem uma áurea que não é humana e além disso, os filhos do Caos não te deixariam entrar se você não fosse alguém que passasse a mesma imagem que eles.

— Mas um motivo de eu ter escolhido tão bem. — Sana sorriu orgulhosa

— Mas por que está aqui agora?

— Bom, infelizmente nós temos pouco tempo para conversar, Kairos está segurando tudo, então eu vou ser breve. Vim aqui para te entregar uma benção e é claro, a bebida.

— Uma benção? Como assim?

— Ao contrário do que Caos adora espalhar por aí, nós, Outros, nós importamos com vocês, escolhidas, e todo o resto da humanidade. Infelizmente não podemos intervir pelas leis da grande mãe, contudo, não quer dizer que não podemos ajudar. Uma benção é isso, apenas uma ajudinha.