NEVER FORGET YOU

capítulo 10

🚨🚨ATENÇÃO🚨🚨
🚨🚨RETIRADA DO LIVRO DO WATTPAD DIA 22/01/2024🚨🚨

A N A S T Á C I A
G R E E N

A vibração incessante de alguma coisa no sofá me desperta. Ainda sonolenta, tateio o estofado em busca da maldita coisa que me acordou. Encontro o meu telefone e com a visão completamente embaçada, noto que alguém está me ligando. Quem é que liga para alguém de madrugada?!

Completamente no automático, atendo a ligação e coloco o celular no meu ouvido.

─ Alô? ─ resmungo, selando as pálpebras e quase entrando em sono profundo de novo.

─ Oi. ─ A voz abafada do outro lado da linha me faz imaginar que eu a conheço de algum lugar.

Demoro um ou dois minutos para assimilar a voz com um certo jogador que eu conheço bem.

Me levanto num rompante, vendo tudo girar por eu ter levantado tão rápido. Encosto a cabeça sobre o estofado macio do sofá para me recompor. Dou uma olhada na tela e vejo que ele ainda está na ligação e que são mais de duas horas da manhã.

─ Gavi? Onde você está? Eu liguei umas mil vezes.

─ Eu sei, desculpa. ─ ele murmura do outro lado da linha, nitidamente triste. Ele fica em silêncio por alguns instantes ─ Você viu? ─ pergunta, a voz embargada.

Meu coração se aperta e eu fecho as pálpebras, compartilhando de sua dor. Acho que toda a mídia internacional já deve saber que um dos futuros grandes jogadores de futebol está sendo investigado de fraude e uso de drogas entorpecentes.

─ Vi. ─ respondo. Ouço o suspiro cansado do jogador ─ Aonde você está?

─ Eu não sei. Em um bairro qualquer da cidade. Eu precisava sair pra esfriar a cabeça e dirigi sem rumo.

Me levanto do sofá e ando pelo o meu apartamento.

─ Você bebeu?

─ Um pouco. Meia garrafa de vodka.

─ Me manda a sua localização. Eu estou indo te buscar. ─ calço os primeiros sapatos que vejo na minha frente e vasculho o meu quarto atrás da minha bolsa.

─ Não. Eu vou para a sua casa.

Paro tudo o que estou fazendo e, com a voz firme, ameaço:

─ Pablo Gavi, se você ousar pegar esse carro para dirigir bêbado eu juro que vou jogar o meu chinelo na sua cabeça.

─ E como você vai vim pra cá?

─ Uber.

─ Nem pensar! Você mesma já foi praticamente sequestrada por um uber e já está muito tarde. ─ ele diz, autoritário.

─ Não temos outra opção. ─ volto a procurar a minha bolsa e a encontro na mesa da cozinha.

─ Temos sim, eu vou até a sua casa. ─ determina e eu fecho o punho, com raiva. Mais que menino teimoso ─ Preciso de mais uma garrafa e meia de vodka pra ficar bêbado.

─ Isso não está em discussão, Gavi. ─ passo a alça da bolsa pelo o meu ombro e saio do apartamento.

─ Você entrar em um uber a essa hora da noite também não está.

Reviro os olhos, clamando a Deus por paciência.

─ Eu vou ficar bem, sei me defender. E eu vou compartilhar a viagem com você e mandar a minha localização em tempo real no Whatsapp. Qualquer coisa você chama a polícia. ─ digo, entrando no elevador.