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+16| Depois de se mudar para Barcelona em busca dos seus sonhos, Anastácia Green, uma garota que sempre teve tudo sobre o controle e que dispensa qualquer tipo de relacionamento para não atrapalhar seus objetivos, vê seu mundo se desestab...
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Agradeço ao Bryan antes de sair do carro. Bato a porta e logo em seguida a BMW se afasta, indo para a garagem da grande mansão de Pablo Gavi.
As luzes da casa estão acesas, assim como os postes de luz ao redor no jardim, iluminando a noite escura. Respiro fundo e com as das mãos, puxo o tecido preto do meu vestido, a fim de que os meus pés não se embolem com ele ao subir a escada.
Subo com o máximo de cuidado que consigo, dado que os saltos altos finos são um tanto intimidantes para o meu equilíbrio ─ que não é muito.
O vestido preto desce até os meus pés. Ele é colado e tem um decote em V nas costas, deixando toda a minha epiderme exposta. Com as alças circulares, as laterais do vestido também exibem um pouco dos meus seios, mas não o suficiente pra me deixar desconfortável. As das correntes de ouro ─ um charme a parte do vestido ─ que transpassam o decote generoso, batem contra a minha pele conforme eu me movimento.
Assim que chego na porta de entrada, giro a maçaneta e tento empurrar a porta, mas a mesma está trancada e nem se mexe com a minha força.
Penso em tocar a campanhia, porém, provavelmente o Gavi deve estar lá em cima e a essa hora da noite os funcionários já devem ter ido embora.
Enxaixo a minha bolsa de mão da Gucci embaixo do meus braço e puxo a longa corrente fina e prateada em meu pescoço e a retiro por cima da cabeça. A pequena chave num dourado enferrujado sai do vão entre os meus seios ─ sei que não combina com o meu visual da noite, mas depois de tê-la perdido, eu não vou me desgrudar dela tão cedo.
Encaixo-a na fechadura e giro duas vezes para a direita, destrancado a porta da grande mansão. A porta se abre e eu me atrapalho um pouco para colocar a corrente de volta em meu pescoço, escondendo a chave por baixo do tecido do meu vestido e entre o vão dos meus seios.
Entro na casa e fecho a porta atrás de mim. No hall de entrada, dou uma rápida analisada no meu visual pelo espelho na parade.
Meu cabelo está repartido no meio e ele desce liso até o final das minhas costas, quase junto com o fim do decote. Meu rosto contém uma maquiagem leve e marcante ao mesmo tempo, dando destaque para o batom vermelho vivo em meus lábios.
Sigo até a sala, meus saltos batendo contra a porcelana e chamando atenção do jogador de futebol que está sentado na poltrona com a cara enfiada em alguns documentos e os papéis jogados sobre a mesinha de centro.
Com o corpo inclinado e os cotovelos apoiados nos joelhos, assim que me avista, Pablo Gavi abaixa os papéis que antes estavam na frente de seu rosto e entreabre os lábios, as orbes castanhas brilhando como raios de sol em minha direção.
