capítulo 62

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🚨🚨ATENÇÃO🚨🚨

🚨🚨RETIRADA DO LIVRO DO WATTPAD DIA 22/01/2024🚨🚨

Agradeço aos céus quando o árbitro soa o apito, indicando o fim do primeiro tempo

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Agradeço aos céus quando o árbitro soa o apito, indicando o fim do primeiro tempo.

O suor transborda em meu corpo, que neste momento está vibrando pela adrenalina e estremecendo em espasmos pela dor em algumas regiões. Ignorando o grito ensurdecedor dos torcedores ao meu redor, me concentro unicamente em uma coisa: em não mancar por conta da dor absurda no meu tornozelo esquerdo.

El Clásico não é apenas futebol.

É também uma rivalidade indestrutível que foi moldada e construída há décadas.

No El Clásico, enfrentamos aquele que é o nosso inimigo natural: Real Madrid.

Por isso não é apenas futebol... é também toda a rivalidade estrutural, a raiva pelas provocações e menosprezo, a sede inefável de vitória. E, por conta disso, na maior parte do tempo não medimos a nossa força quando jogamos ─ o que sempre resulta em brigas, desentendimentos e muitas dores no corpo por conta do combate contra o oponente.

No El Clásico, machucar o adversário é quase um prazer imensurável. É errado, eu sei, até porque todos dentro de campo são companheiros de equipe. Mas, acredite, quando estamos em jogo, o sentimento de altruísmo e piedade são os últimos que se passam pela nossa cabeça.

O jogo contra o Real Madrid é, de longe, o mais difícil para nós do Barcelona. E vice-versa. Não é nem pela questão do futebol insano que proporcionamos nessas partidas, mas sim por todas as questões envolvidas. Perder sempre é uma opção em qualquer jogo, mas quando se está no El Clásico... perder nunca é uma opção.

Mesmo que seja inevitável que uma das partes perca.

Acontece que, além de todas as questões que citei estarem na balança, tem algo muito pior que está incluso neste pacote também: a porra do ego.

Perder para o Real Madrid é inaceitável ─ mesmo que já tenha acontecido tantas vezes durante a história do futebol. Porém, para nós jogadores, é como se fosse o fim.

Como eu disse, o ego ferido, ainda mais quando se está tão acostumado a ganhar, pode ser um dos piores pesadelos para a mente de um atleta.

Perder para o nosso maior rival é como perder sendo humilhado por 10x0 na final da Copa do Mundo.

E, num jogo do El Clásico, um dos lados vai sair com a porra do ego ferido.

Bem, eu espero que dessa vez não seja a gente... apesar de saber que a situação não está nada bem para o nosso lado. Deu pra ver nitidamente isso pelos furos que deixamos durante o jogo, os gritos eufóricos de Xavi, os xingamentos da nossa torcida e os surtos constantes dos jogadores dentro de campo.

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