capítulo 13

42.8K 1.8K 2.2K
                                    

🚨🚨ATENÇÃO🚨🚨
🚨🚨RETIRADA DO LIVRO DO WATTPAD DIA 22/01/2024🚨🚨

A N A S T Á C I A
G R E E N

Já arrumou a sua mala? Pegou os seus documentos? ─ meu pai pergunta do outro lado da linha, o tom de voz animado.

Abro um sorriso bobo nos lábios enquanto faço um grande malabarismo em equilibrar os meus livros, o celular na orelha, o copo de cappuccino e a minha bolsa ao andar a passos rápidos entre os corredores abarrotados da Universidade de Barcelona.

─ Tudo está pronto, papai! Só falta pegar as minhas malas e ir para o aeroporto.

Ok. Estou ansioso. ─ William solta um riso do outro lado da linha ─ E estou morrendo de saudades da minha garota.

Meu coração se derrete feito uma manteiga.

─ Eu também estou. Não comente nada com a mamãe. Quando eu chegar você inventa alguma desculpa pra sair de casa e ir me buscar.

Minha cabeça forma vários cenários diferentes onde eu possa aparecer do nada para surpreender a minha mãe. Ela vai surtar antes mesmo de eu chegar, é claro, já que eu não vou responder as mensagens dela por quinze horas seguidas por eu estar dentro do avião. Espero que o meu pai e o meu irmão consigam ficar de bico calado até eu chegar. E tomara que ela não chame a polícia achando que eu fui sequestrada.

Já está tudo no esquema, querida. Bernardo e eu providenciamos tudo.

Cerro as pálpebras em fendas mesmo que ele não possa ver. Estranho. Os dois são mais sonsos e lentos do que mulas, além de serem extremamente desastrados. É de se suspeitar que algum planos deles dêem certo, mas decido dar um voto de confiança.

─ Certo. ─ mordo o lábio inferior, a ansiedade por ver a minha família me consumindo. Já vai fazer quase oito meses que eu não os vejo, meu coração dói de saudade todos os dias ─ Não vejo a hora de chegar em casa.

Eu também, filha. Já combinou com a Lúcia para ela te levar ao aeroporto?

Meus pés param na porta da sala do senhor García. Olhando pela porta, vejo que tem poucos alunos na sala e que o professor ainda não começou a aula, o que me dá mais alguns minutinhos no telefone com o meu pai.

Merda, minha família não sabe nada sobre o Gavi. O problema é que o jogador vai me levar no aeroporto e algumas semanas antes eu tinha dito ao meu pai que a Lúcia iria me levar. E ela realmente ia, porém o Gavi se pôs a me levar e eu não podia negar, dado que eu queria ficar um tempinho com ele antes de ir para o Brasil.

Se eu disser que Lúcia vai me levar, provavelmente ele deve mandar alguma mensagem para ela perguntando alguma coisa, sei lá. Então, para evitar conflitos, digo:

─ Hum... Ela não vai me levar.

Vai de Uber?

Fecho os olhos, o receio de contar para o meu pai sobre eu estar saindo com um garoto me consumindo. William sempre foi muito ciumento comigo, até porque ele me enxerga como uma criança de dez anos. Tudo piorou quando eu tinha quinze anos e fui contra a palavra dele, começando a namorar. Ficou pior ainda quando tudo terminou da forma que terminou...

─ Também não. Um amigo vai me levar.

Nicolas?

─ Não. ─ bufo, revirando os olhos, impaciente comigo mesma por não dizer logo ─ É outro amigo. ─ resmungo.

NEVER FORGET YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora