Capítulo 8

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A gente foi madrugada a dentro só conversando e se beijando, é muito bom quando é assim, você nem vê a hora passar e parece que passa rápido demais.

- Já são 04:30 da manhã. - Falei assustada quando peguei meu celular.

- E daí, vida? Nós dorme até tarde, pô.

- Tenho que trabalhar cedo. - Falei e bocejei em seguida.

- Tá com soninho, né? - Ela fez carinho no meu rosto com a ponta dos dedos. - Vou te deixar descansar e meter o pé.

- Não, não vai embora não. - Quando percebi o jeito carente que falei me corrigi. - Quer dizer, dorme um pouco até umas 06:00 horas e depois você vai, agora pode ser perigoso. E você tem que sair cedo para a Rafa e o Lucas não te ver.

- Vida, mais perigoso que eu e você na mesma cama falando de dormir? - Ela disse com malícia me fazendo sorrir.

- Não, eu vou dormir. Sério, se você quiser ficar tem que dormir também.

- Faço tudo por você. - Ela disse e me roubou um beijo, me fazendo sorrir no meio do beijo. - Não quer que tuas amigas saibam da gente não? Brunna encheu tua cabeça né.

- Minhas amigas falam muito... - Respondi mexendo nas minhas unhas e sentada de lado no seu colo. - Não quero conversa na minha cabeça, tenho que focar no meu trabalho agora mais do que nunca. 

- Saquei, pode crer. - Ela assentiu. - E meu som, quando sai?

Eu sorri.

- Vou pensar se você merece uma música. Vem, vamos dormir.

Me levantei primeiro do seu colo e peguei na sua mão, levando ela para dentro comigo. Tirei meu chinelo e apaguei a luz, um pouco de luz da rua entrava pela janela e não deixava a gente no escuro total. As cachorras estavam apagadas na caminha delas.

- Olha, eu gosto de dormir no meio da cama. - Eu avisei subindo na cama e ela ficou me olhando.

- Eu também, pô. E agora?

- Mas a cama é minha, eu tenho prioridade. - Respondi me enfiando embaixo do edredom e aumentando o ar.

- Qual foi? Sou visita, tem que me tratar bem! - Isso me fez rir.

Foi então que vi ela tirar seu moletom e depois a camiseta, já começou a abrir a calça e eu arregalei os olhos.

- Que tú tá fazendo?

- Tirando a roupa. Não gosto de dormir de roupa não, me sinto mal.

- Ai meu Deus...

Ela riu de mim e terminou de se despir, ficando apenas de top e calcinha estilo shortinho. As roupas escondiam mais das suas tatuagens que iam bem além dos braços e pescoço, na parte baixa do seu abdômen definido, no peito, nas pernas e nas costas. Se de roupa ela era linda, sem era muito mais. Fiquei observando fixamente enquanto ela deitou do meu lado e entrou embaixo do cobertor comigo. Seu rosto pertinho do meu, frente a frente comigo mas sem me trocar.

- Quer dividir o mesmo travesseiro? - Perguntei com sarcasmo pela proximidade fazendo ela sorrir.

- Pegou todo o meio da cama só pra ti.

- Vem aqui vai, depois se vai ficar falando por aí que sou mal educada, metida e marrenta porque te tratei mal quando veio na minha casa.

- E cê tratou mesmo, nem foi receber as visitas, pô.

- Fica quieta, Maria.

Ela sorriu daquele jeito e se aproximou mais quando te dei espaço, senti sua mão na minha cintura e seu braço passar por baixo do meu travesseiro que agora nós dividíamos, uma perna sua estava entre as minhas e nossos corpos perto demais, ela fazendo um carinho gostoso nas minhas costas com a ponta das unhas. Ela tava quentinha demais e eu podia respirar seu cheiro delicioso com meu rosto na curva do seu pescoço. Não resistir dar um cheiro no seu pescoço de perto e depois um beijo, e outro, e outro e mais um. Então procurei sua boca com a minha no escuro e beijei ela de pertinho, um chamego bom demais.

era uma vez // LUÍSA SONZAOnde histórias criam vida. Descubra agora