Capítulo 41

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Abri a porta do banheiro feminino na força do ódio com o sangue fervendo, Maria me seguia de perto com aquele sorriso debochado no rosto que só me irritava ainda mais.

- Cara, ela é muito cínica! Muito filha da puta, que ódio! É minha amiga mas ela é filha da puta!

- Vida... - Malu continuou achando graça da situação e trancou a porta do banheiro. - Não cai na pilha dela, pô. Ela gosta de provocar, ela só que te ver perder a postura.

- Quase conseguiu! - Me virei indignada e coloquei as mãos na cintura. - Ela ficou tentando fazer um ménage com a gente e nem ficou vermelha! Tu viu né? Ela nem ficou vermelha!

Malu apertou os lábios tentando não rir e eu dei dois tapas no seu ombro.

- Tu acha graça, é Maria Luz?

- Não achei! - Ela continuou rindo e abaixou minhas mãos quando eu a olhei de cara feia. - Pô, tu mesma disse pra gente não cair no ciúme. É tua amiga. Tu sabe que não valho nada e mesmo assim tá comigo, pô. Para de pirraça, meu negócio agora é você!

- Não to com ciúme, to indignada! Ela ainda levou meu copo! - Apontei pra porta com a mão.

- Pode fica com o meu! - Malu me estendeu seu copo toda fofinha.

Fui pegar o mesmo mas ela o puxou de volta, dando um bom gole e engolindo o líquido da sua boca em seguida com um sorriso maldoso.

- Quer ficar na onda é? - Ela sorriu. - Vem beijar minha boca então!

Sorri pra sua audácia e fiz o que ela disse, me aproximei dela empurrando a sua cintura contra a porta do banheiro e colando meu corpo no seu, olhando seus olhos com minha boca bem pertinho da sua. Estiquei meu pescoço e beijei sua boca, seus lábios e sua língua ainda estavam gelados e doces com o sabor do whisky com energético e gelo de coco. Eu adorava beijar sua boca desse jeito, era tão bom quanto o normal mas ainda melhor.

- Cê fica muito bolada por pouca coisa, vida! - Malu disse quando afastei minha boca da sua.

- Olha quem fala!

- Não esquenta a cabeça, não adianta vida, pode coloca a mulher que for aqui na minha frente mas sempre vai ser você! - Ela falou me olhando nos olhos. - É só você, pô. Eu sei que falo demais que cê é linda, gostosa, talentosa mas tu é mesmo, porra. Não canso de dizer e todo dia me apaixono mais.

Abri um sorrisão ao ouvi-la falar.

- Amor...

- Tô falando na moral, mermo!

Um funk começou a tocar lá fora e eu sabia que essa música era da Malu.

- A gente tem uma coisa por banheiros, não? - Perguntei sorrindo.

- Pode crer. - Malu sorriu de volta na maldade.

- Tá na maldade?

- Maldade não, tô com vontade mermo! - Ela deixou seu copo de lado pra usar suas mãos comigo.

Segurou meu rosto com as duas mãos e deslizou seus dedos entre meus cabelos, trazendo minha boca pra perto e me beijando sem tempo a perder. Eu me encaixava fácil demais nos teus braços quando ela me pegava com vontade e me beijava até eu ficar entregue. Ela apertava meu corpo contra o seu cheia de tesão, deslizando aquelas mãos por mim e apertando a minha bunda com as duas mãos. Meus braços ao redor do seu pescoço enquanto eu me perdia na sua língua. Deslizei minhas mãos dos seus ombros pelo seu peito e sobre seus seios, sua barriga e parei no cós da sua calça, deslizando as unhas sobre o mesmo de forma provocativa. Malu deixou eu me afastar poucos centímetros e abaixou o rosto pra ver o que minhas mãos estavam fazendo quando abri o botão da sua calça jeans e abaixei o zíper, abrindo espaço para penetrar minha mão dentro da mesma olhando seu rosto com cara de safada.

era uma vez // LUÍSA SONZAOnde histórias criam vida. Descubra agora