Capítulo Tinta e Três

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MINI CAPÍTULO SURPRESA!
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- Mandou me chamar?

- Precisamos conversar, não acha?

- Acho, claro que acho...

- Então me fala o que você quer me dizer. Porque eu notei como você saiu.

- Luna, aquilo foi demais pra mim. Eu não posso competir com isso... Com ele...

- Eu não estou te pedindo para competir, mas para ser paciente.

- Você é apaixonada pelo seu tio desde criança. Eu nem sei mais se já é amor ou doença.

- Não é bem assim... E eu não me recordo de ter tido crise quando criança para te afirmar o gatinho. Eu poderia simplesmente ter me sentido ameaçada. Com medo de perder meu melhor amigo, não sei.

- E como eu vou competir com isso? Com esse amor e essa amizade toda?

- Sendo você. Foi tudo o que eu te pedi todo esse tempo. Ser VOCÊ! Foi dessa maneira que você entrou no meu coração e se quiser ficar, vai ser dessa mesma maneira. Eu não quero e não gosto de brigas e competição... Eu não sou um objeto ou um prêmio pra vocês dois disputar.

- Eu sei que não. E não quero que se sinta assim.

- Eu acabei de dizer a minha mãe que não vou priorizar quem não me prioriza. E está claro para mim, que a prioridade dele, é a Rory. Já você, ficou aqui comigo, sabe-se quantas horas... Você não me abandonou e isso significa muito para mim.

- Ao menos você nota esse tipo de coisa. Eu não iria fazer o papel de chato e te dizer isso. - Ele sorri, o que me deixa feliz. O clima já não está mais tão pesado.

- Então... Eu também falei com a minha mãe sobre eu colocar o DIU.

- Certo...?

- E ela acha que é algo que deva ser conversado entre nós.

- Você achando que é o melhor para você, eu não tenho o que opinar. Eu quero ser pai um dia, mas também não é uma prioridade agora. E você pensar nisso, é excelente.

- Não achei que você seria contra. Mas se queremos que isso der certo, ela tem razão. Temos que ser abertos um com o outro sobre tudo. Da questão mais superficial, até às mais sérias.

- O que me lembra, que preciso te contar uma coisa. Lembra quando disse que a influência da sua família me abriria portas? Você não estava brincando.

- O sobrenome tem poder. - Brinco. - E então? O que aconteceu?

- Recebi uma proposta da Netflix. É um papel pequeno, mas já é um avanço enorme.

Me jogo nos braços dele, comemorando. Ele não esperava essa reação e, por um minuto, não soube reagir, mas logo me abraçou e nos beijamos.

Henri começa a me contar entusiasmado sobre seu papel. Ele será um milionário que contrata um escritório de advocacia. Ele tem alguns episódios para gravar, mesmo que não fale muito, todas as suas falas são bem intensas. 

Eu estou orgulhosa dele. E espero que ele sinta esse mesmo orgulho e não tire o método do seu trabalho por meu sobrenome.

Permita-Me Sonhar - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora