Capítulo Trinta e Sete

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Peço para meu pai, para irmos separados até a casa de Alex, onde Rory esta agora. Mas antes, preciso ir a uma loja e buscar uma encomenda.

Apesar de achar que estou atrasando minha missão, asseguro meu pai de que, por mais incrível que possa parecer, essa encomenda chegou no momento certo e nos dará a oportunidade perfeita.

- Oi, senhor Ramirez. Como vai?

- Olá, senhorita Luna. Senhor. - Ele se curva ligeiramente para meu pai.

- Então... Minha encomenda chegou, certo?

- Sim. Sim. Sim. - Ele se retira e busca uma caixa na porta de trás. - Está perfeito. Sem arranhão algum.

- Ótimo. Aqui está. - Pago a ele o valor combinado e um bônus por sua atenção e agilidade.

Quando saímos da loja, meu pai olha desconfiado para a caixa média que esta em minhas mãos.

- Valor um pouco alto para uma caixa deste tamanho.

- Acredite, valeu cada centavo. E se eu não tinha dúvidas antes, agora tenho menos ainda.

Entro no meu carro e sou seguida até uma papelaria marcenaria próxima, onde a segunda parte do meu plano, está. Seguindo para o ultimo destino antes da casa de Alex. Vou até uma papelaria qualquer e escolho o melhor papel de presente. Embrulho as duas encomendas e enfim, estamos prontos para ir até a casa do meu tio - juro que ainda é estranho chama-lo assim.

- Ainda acho desnecessário você se vestir assim.

- Pai! - Reviro os olhos mais uma vez. - Já te pedi para confiar em mim. O Henri que teria motivos para não gostar, me entendeu e me apoiou.

- Tá. Não sei porque tento. Você nunca me obedece.

Abro o portão usando a minha chave, o que deixa meu pai chocado. Eu vivia nessa casa, estava aqui todos os dias com Alex. Qual a surpresa de eu ter uma chave?

Quando entramos, noto uma cadeira de rodas próximo a porta. Olho para meu pai, que parece entender perfeitamente o que esta se passando na minha cabeça nesse momento. Ela é pior do que pensávamos.

- Alex? - O chamo.

- Luna? - Ele responde saindo de seu quarto. Ele esta sem camisa. Minha mente se perde ali por um minuto. - O que faz aqui?

- Eu... Queria te ver. - Essa parte era verdade.

- E porque seu pai veio junto?

- Proteção. - Isso também é verdade.

- Proteção de quem?

- Não sei. Talvez do maluco que comprei a Blue Sky e qualquer possível comparsa com quem ele trabalhava. - O que também é verdade. - Ou, de mim mesma. Eu pedi para que ele viesse comigo.

- Precisa de proteção contra mim? - Ele se aproxima após fechar a porta do quarto em que, Rory provavelmente está.

- Contra mim. - O abraço. - Sorri e finge estar com saudades. Eu não confio em mim mesma perto de você, por isso ele está aqui. Mas jurou ficar na dele.

- Eu estava com saudades. Só estava...

- Eu entendo. E precisamos conversar, sabe disso.

- Eu sei. Mas aquela imagem não sai da minha cabeça.

- Assim como a sua com a Rory. Você não pode me culpar por seguir em frente e encontrar outra pessoa depois de tudo.

- Não posso. Mas sou egoísta.

- Enfim concordamos em algo. Enfim... trouxe uma coisa para você. Está no carro, vou pedir para meu pai pegar.

Ando até meu pai, que esta parado na porta ainda. Ele me diz já saber onde colocar tudo e digo que meu plano está começando a dar certo. Peço para que busque os dois pacotes no carro e me entregue no quarto do Alex em cinco minutos. O que ele concorda.

Permita-Me Sonhar - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora