Capítulo Quarenta e Sete

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- Agora você não tem muito o que dizer, não é? - Rory me provoca.

- Você acha mesmo que uma arma vai me impedir de dizer o que eu tenho a dizer? - Dou risada na cara dela. - Querida, você realmente não me conhece.

- Você se acha um mulherão por ter conseguido ir para cama com um ator e com seu tio, não é? - Merda! - Mas sabe qual é a verdade? Você não passa de uma puta.

- Você não tem ideia de quem eu sou. Do que eu fiz. Menos ainda de com quem eu dormi ou não. Muitíssimo menos, do que eu sou capaz de fazer, Rory.

- Não acho que esteja em posição de me ameaçar. Afinal, quem esta armada aqui, sou eu.

- Rory, Rory, Rory... Ah, Rory... - Me divirto sabendo que a essa hora, já deve ter uma mira em cada membro do corpo dela.

- Luna, Luna, Luna... O que será que seu doce papai vai achar quando sair na mídia, que você dormiu com seu próprio tio? Quando isso acontecer, e vai acontecer... eu estarei bem longe.

- Isso é um mero boato vindo da boca da mulher que foi desprezada pelo cara, que preferiu a sobrinha do que a cobra que enganou ele fingindo ter uma paraplegia. Acho que tenho mais armas contra você, do que você contra mim.

- Ah! - Ela gargalha. Não uma gargalhada normal, ela realmente estava se divertindo. - Você não tem como provar!

- Tenho. E como tenho. - Sorrio triunfante. - Sabe como tenho? Porque a casa do Alex foi monitorada esse tempo todinho em que você estava aqui. Inclusive, baby... Quando você pegou o notebook do Alex, por exemplo... E fez várias transferências para uma empresa fantasma que, adivinha... - Olho para meu celular. - Está em nome da minha empresa.

Ela parece chocada com a informação. Confesso que tirei a informação da minha cabeça, mas preciso continuar com o verde até que a policia chegue - conforme meu pai pediu na mensagem.

- Você e seu irmão são tão burros, que esqueceram que ao ME VENDER a companhia aérea, venderia tudo ao qual ela é proprietária. Vocês me venderam a empresa que dirige TODAS as outras pequenas empresas fantasmas.

- Você está mentindo. A empresa que eu fiz a transferência não tinha nada a ver com a Sky... - BINGO!

- Rory... Pobre e burra, Rory... Você é patética! Como é saber que eu tirei tudo de você? O Alex, a empresa... e agora, sua liberdade....

Neste momento, as sirenes da policia soam mais alto. Ela estava cercada e não teria como fugir. Temos a confissão dela... Nada do que ela faça agora, vai conseguir fazer com que ela se livre.

Rory então, avança em minha direção, segurando meu braço com força, colocando a arma contra a minha cabeça. Com certeza, com mais força do que o necessário. Então, meu pai, Henri e Alex aparecem correndo.

- Rory! - Alex grita. - Solta ela.

Não sou capaz de ver a cara dela, mas pela força que ela fez em meu braço, tenho quase certeza de que está nervosa. A presença do Alex aqui, a deixa nervosa.

- Se vocês se aproximarem, eu juro que atiro.

- Você não vai atirar nela. - Alex diz.

- Me esclareça... porque não? Porque não acabar com a vida de quem acabou com a minha vida?

- Ela não acabou com a sua vida. - Ele me defende. - Você fez isso sozinha.

- Até ela se meter nas nossas vidas, você me amava.

- Então que bom que ela me fez abrir os olhos sobre você. - Ele dispara. - Olha só o que você está fazendo.

- Foi você... e ela... vocês me enlouqueceram!

- Nem vem com essa. - Eu disse. - Você surtou comigo no primeiro dia que conversamos.

- CALA A BOCA! - Ela grita.

- Solta ela, Rory. É a mim que você quer, não a ela.

Alex se aproxima lentamente, pedindo para que ela me solte e entre com ele em casa. Eu imploro que não faça isso, não posso colocar ele em risco. Alex estende a mão tentando alcançar a minha. Tento fazer o mesmo.

- Alex... - Imploro mais uma vez. - Por favor sai daqui.

- Não... eu comecei isso e eu vou terminar.

- Alex... - Tocar a mão dele fez meu coração acelerar.

- CHEGA! - Rory grita muito alto.

Sinto as mãos dela em minhas costas, me empurrando. Com a força exercida, caio de joelhos no chão.
Em seguida, um barulho muito alto, uma dor aguda... logo, eu estava no chão.

- Não! - Ouço Alex e Henri gritar. Logo, o barulho se repetiu. Não fui capaz de contar quantas vezes o ouvi, mas logo, meu pai estava comigo no colo, correndo...

Permita-Me Sonhar - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora