Mini Capítulo - Cinquenta

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Sair do hospital foi a parte mais difícil desta última semana. Depois do meu "incidente" com a medicação, fiquei mais uma semana em observação. Mais um privilégio que meu nome é capaz de comprar.

Ao passar pela porta, vejo uma multidão. Ao me ver, todos ficam em silêncio e abrem um corredor. Muitos seguram uma vela, outros uma foto de Henri, do filme que ele estava fazendo e, que ainda nem foi lançado. As vezes me esqueço de que ele tinha se tornado querido, não só por mim, mas pelo público também.

Congelei. Não sabia o que fazer e como agir.

Ouço os seguranças perguntar a meu pai se quer que dispense a multidão. Mas eu o impedi.

- Estão o homenageando. E prestando suas condolências. Ninguém vai impedir que ele tenha isso.

Decidida, dou meu primeiro passo. A cada metro percorrido, uma lágrima caia. Meu coração não era capaz de decidir entre a dor ou a felicidade em saber que ele é amado. E que não será totalmente esquecido.

Passei por todas aquelas pessoas, olhando nos olhos de muitas delas e agradecendo por estarem ali por nós. Tentei me manter forte diante das câmeras que haviam ali presentes, mas, no carro... Ali eu desabei novamente.

Será que um dia esta dor vai passar?

Alex permaneceu abraçado a mim a todo momento. Meus pais parecem entender o motivo de eu estar abraçada a Alex todo o tempo. Além de já termos uma conexão desde que me entendo por gente, agora, ele carrega consigo, o coração do meu noivo.

O coração que não canso de descansar a cabeça, para ouvi-lo.

Quanto maior a distancia percorrida, mais as batidas daquele pequeno coração, acalmavam meus nervos e as lágrimas que teimaram em sair.

Quando chegamos em casa, Alex me ajudou a sair do carro. Meus pais tentaram vir atrás de mim, mas os dispensei educadamente. Eu não queria mais ninguém ao meu lado.

- Fica aqui comigo, por favor. - Imploro.

- Não precisa nem me pedir. Não vou a lugar algum...

***

- Eu não sei se é bom para ela. - Ouço meu pai dizer baixinho, tentando me acordar.

Do que se trata? Se estão falando mais baixo para que eu não ouça, é porque não querem que eu ouça. Decido fingir estar dormindo mais um pouco.

- Não me importo. - A voz de Alex surge. - Enquanto ela quiser, estarei aqui por ela.

- Alex, não me faça te forçar a nada mais uma vez...

- Escuta aqui, Taylor. Mas escuta muito bem porque só vou dizer uma vez. - Alex se altera. Será que digo que estou acordada? - Eu já me afastei dela, vezes demais. Se hoje ela está sofrendo desse jeito, a culpa é sua.

- Minha? Era só o que faltava.

- Sim, sua. Se você não tivesse feito com que eu me afastasse dela tantas vezes, ela jamais teria conhecido o Henri. E eu, jamais teria conhecido a Rory.

- Sabe muito bem porque eu fiz isso.

- Não me importa. Eu a amo, Taylor. E não importa quantos milhões de motivos você invente, eu não vou sair de perto dela novamente. Eu tenho o direito de estar perto dela.

- Você não tem direito nenhum. Nem tio dela de verdade você é.

- Como é que é? - Digo. Quer dizer, praticamente grito.

***

Amores, resolvi deixar esse capitulo bem curtinho por dois motivos:

1- Faltou inspiração para o meio do capitulo.

2- Preciso que o fim seja esse...

Prometo tentar postar o próximo o mais rápido e mais longo possível.

Desculpa a demora em atualizar ele.

Outra hora explico certinho.

Amo vocês <3

Beijoss! ;*

Permita-Me Sonhar - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora