Capítulo Quarenta e Seis

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As coisas não estão totalmente claras em minha mete. Tudo aconteceu extremamente rápido.
Alex saiu correndo, mesmo que meu pai dissesse claramente para não se envolver mais. Sua teimosia é tanta, que não conseguiu ficar ao meu lado, tranquilo...

- Alex, por favor. - Imploro mais uma vez.

- Seja racional, cara. - Henri também tenta.

- Eu não vou ficar aqui, parado. Não posso. Fui eu quem fiz a merda e preciso estar lá para arrumar também.

- Alex, meu amor... Não foi sua culpa. Você não tinha como saber o tipo de mulher que ela é.

- Não. Eu tinha, sim. Eu poderia ter investigado a vida dela, como fiz com... - Ele não termina, mas pude entender perfeitamente.

- Relaxa. Eu teria feito o mesmo se estivesse no seu lugar. - Henri diz.

- Mas eu fui burro. Não imaginei que uma mulher tão doce, seria capaz de coisas tão horríveis.

- Não quero dizer que te avisei... mas...

- Luna! - Henri me repreende.

- Eu sei... eu sei... - Assumo.

O caminho que se seguiu, foi tenso e silencioso. O trajeto de quinze minutos, parecia ter durado três vezes mais. Apesar de ter uma grande "desavença", não estou indo para vê-la ser desmascarada perante todos - embora confesse que isso é um bônus e tanto - estou indo pelo Alex.

Me preocupa que ele possa fazer alguma besteira. Que acabe machucado, mais do que já está.
Mesmo tentando me acalmar, nada me tira da cabeça que algo vai dar errado hoje. Nada me deixa tranquila... Se ao menos Alex e Henri pudessem ficar ao meu lado, em segurança...

Meu pai, mesmo que seja difícil para nós, tem treinamento e capacidade de lidar com essas situações. Sua equipe é bem preparada e conta com todo o equipamento de segurança que precisa para evitar uma tragédia. Mas Alex e Henri... estamos indo dar a cara a tapa.

- O que fazem aqui? - Meu pai e olha com raiva. - Eu disse especificamente que ficassem em casa.

- Eu trouxe esse problema e vou estar aqui para resolver. - Alex diz, firme.

- Eu vim com ele e Henri comigo.

- Eu não poderia deixa-la sozinha, senhor. - Henri se explica.

- Fez bem. - Meu pai o responde. - Conheço o furacão que eu criei. Agradeço por tentar protege-la.

A conversa entre eles, apesar de fofa, foi bem séria e curta. Meu pai aprendeu a aceitar Henri como meu... meu... nem sei o que somos agora. Eles se respeitam e eu sou feliz por isso.

- Tem se mostrado um bom homem para minha filha, Henri. Sou grato por saber que na minha ausência, ela estará segura ao lado de um homem bom.

- Pai, você não vai embora tão cedo.

- E nem você, viver comigo para sempre. Ainda mais agora que vai se casar.

- Me... me...

- Ela ainda não me respondeu... - Henri diz dando ombros.

- Ah... - Meu pai diz. - De qualquer forma, pedir minha permissão também te deu créditos.

- Você pediu ao meu pai? - Pergunto incrédula. Alguém ainda faz isso? Além do Henri?

Antes que Henri pudesse responder, meu pai recebe uma chamada em seu rádio, dizendo que Rory esta saindo.

- Precisamos ter certeza que não tem risco algum. Minha filha está aqui.

Permita-Me Sonhar - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora