Capítulo Cinquenta e Dois

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- Do que estão falando? - Minha mãe começa a se irritar com a demora. Eu apenas olho para Alex, na esperança de que ele fale alguma coisa.

- É complicado... - Responde, praticamente sussurrando.

- Um de vocês dois, vai me explicar o que está acontecendo. Ninguém sai daqui até que isso aconteça. - Definitivamente, minha mãe estava irritada. Como eu poderia culpa-la? Eu mesma estava irritada com toda a situação. Mas não me arrependo.

- Fala logo, Alex. - Ele parecia bravo, ao mesmo tempo que parecia ter muito medo da reação da minha mãe. - Ou falo eu?

- Jhenny, nos dê um minuto a sós, por favor? - Ele implora. - Depois disso, te chamamos. Prometo.

A contragosto, mas vendo meu olhar focado em Alex, ela aceitou. Não sem antes dizer que temos cinco minutos contado no relógio. Depois disso, entraria no quarto independente se nossa conversa tivesse acabado ou não. Concordamos.

- Tem certeza disso? - Alex perguntou. - Você não está agindo por impulso?

- Não! - Disse com firmeza. - O ultimo ano todinho, eu me martirizei por amar você. Me culpei e temi que jamais poderia ficar bem com você pelo laço sanguíneo que nos unia... e isso tudo foi uma farsa.

- Ainda temos a questão de que você cresceu me vendo como um tio.

- Isso não difere de qualquer outro garoto que tivesse crescido comigo. Como o filho que algum empregado, ou até filho do Noah. Sabemos que ele não é meu primo biológico... e se eu me apaixonasse por ele e fosse reciproco, eu não teria medo de lutar por esse sentimento.

Junto toda a coragem que tenho. Misturo com a raiva que estou sentindo nesse momento e o ataco.

- Eu não seria covarde. - Alex deixa de me encarar com uma expressão tranquila e assume uma de dor.

- Eu sei que sou. Mas não posso suportar perder você de vez. - Ele diz. - Seu pai já me afastou de você várias vezes. Isso, por achar que eu não fazia bem para você, imagina agora.

- Alex, eu sou perfeitamente capaz de enfrentar meu pai. Tenho minha estabilidade financeira. Você tem a sua. Tenho minha casa... Eu posso simplesmente sair daqui e lutamos por tudo, juntos. Basta você me dizer que quer isso.

Alex me encara por alguns instantes. Então, se levanta e vai em direção a porta. Confusa, achando que ele abrirá para chamar minha mãe - sem sequer me responder - o chamo, percebendo minha voz embargar.

Ele volta, mas com uma caixinha na mão. O embrulho me é familiar, lembro de tê-lo visto em seu quarto algumas vezes, mas nunca o questionei sobre.

- O que é isso? - Ele se abaixa, equilibrando seu corpo com um joelho dobrado e outro, apoiando o braço com a caixinha, que ele abre e mostra um anel todo cravejado em pequenos diamantes.

- Luna Price, nossos caminhos tomaram rumos confusos, divertidos, angustiantes, tristes, alegres... as vezes, até mesmo, bem safados... Percorremos muita coisa até aqui e quero percorrer ainda mais coisas ao seu lado. - Ele se abaixa, equilibrando seu corpo com um joelho dobrado e outro, apoiando o braço com a caixinha, que ele abre e mostra um anel todo cravejado em pequenos diamantes. - Por favor, me dê a honra de tê-la como minha esposa?

- Sim! - Não preciso de nenhum segundo a mais para responder. Não preciso pensar se é certo ou se é isso o que quero para minha vida. Minha vida inteira, sempre foi o Alex. Minha vida inteira o esperei e o desejei, mesmo que não sabendo de que forma...

O abraço com força. Passo a mão em seus cabelos, descendo por detrás de sua orelha, até chegar em seu queixo. Vejo em seus olhos e em seu sorriso, o quão feliz ele está. O beijo... com tanta vontade e tanta felicidade, que acho que não sou capaz de suportar. Preciso explodir, gritar, correr, pular...

Sinto que, agora, ninguém poderá nos afastar. Podem tentar, mas não vão conseguir. Alex é meu e eu sou dele. Ele decidiu lutar por mim, e eu por ele. Ele me deu a maior prova de amor que poderia me dar, diante de toda essa situação.

- Espera um pouco. - O solto e corro para trancar a porta.

Volto para ele e me jogo em seus braços mais uma vez. Entre nossos beijos, mordo seus lábios levemente, o que faz ele entender o que eu quero.

- Tem certeza? - Ele pergunta.

- A ultima vez escondidos. - Sorrio e o beijo novamente. Alex retribui o sorriso e seu rosto se ilumina.

Seus olhos vidrados no meu, parecem até mesmo mudar de cor. Suas mãos seguram meu quadril e levantam a barra da camisola. Para nossa sorte, Alex está vestindo um moletom que não consegue disfarçar sua ereção.

- Temos três minutos. - ele diz, brincando enquanto olha para o relógio em seu pulso. - Temos que ser rápidos.

- Então não vamos perder tempo. - Tiro sua calça bem rápido e, de maneira quase natural, subo em seu colo, deslisando meu corpo até estarmos completamente encaixados.

Alex se vira e me deita na cama, sem sair de dentro de mim. Levanta seu corpo para me olhar. Diferente das outras vezes, desta vez não sinto vergonha. Estou tão feliz, tão realizada, que não consigo deixar de olhar para ele. Mesmo entre gemidos abafados, sorrisos maliciosos e um vai e vem torturante de tão bom.

Me lembro de uma coisa que sei que vai nos ajudar a terminar antes do tempo acabar. Levanto meu quadril, dando abertura para que ele possa ir mais fundo, o aperto sempre que ele penetra, soltando quando se afasta. Fazer isso, começa a se tornar difícil quando ele aumenta a velocidade e não consigo acompanhar. Por via das duvidas, permaneço apertando.

A sensação quente e deliciosa, aparece. Chamo seu nome baixinho e ele entende.
Mantendo o ritmo e apertando o exterior da minha coxa, Alex e eu gozamos juntos.

Ele sai de dentro de mim e vai até minha cômoda. Pega uma toalhinha e me entrega, sorrindo. Coloco-a onde deveria e arrumo minha calcinha e minha camisola. Felizmente, estávamos apresentáveis, quando minha mãe tenta abrir a porta e se depara com ela trancada.

- Estou indo.

Antes de ir até a porta, Alex me beija suavemente e, com um sorriso, diz:

- Nós dois contra o mundo... minha noiva.

Permita-Me Sonhar - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora