Reencontro

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MB narrando- Tenho que tomar o que é meu de volta, o Barão não vai sair por cima dessa vez, o são Carlos não vai ter dois donos, e não vai ser comandado por duas facções, minha favela não merece isso. 

O Gigante encostou na mesa do bar , sentou na minha frente.

Gigante- qual foi a desse crente ai? 

MB- disse que  Bella tá me esperando num carro perto da igreja, quer falar comigo.

Gigante- vádia safada.

olhei pra ele.

Gigante- pô foi mal ai chefe.

MB- tá de boa ela é vádia mesmo.

Gigante- e tú vai lá?

MB- vou é porra? isso ai é casinha pra me pegar.

Gigante- eu vou então, dou o papo nela.

MB- tá doido mano?

Gigante- se ela tiver lá eu ja desenrolo a ideia , se for o pilantra do barão meto bala.

MB- e se for casinha, vai morrer.

Gigante- não é essa a nossa missão? entrar na guerra, se sair vivo é lucro se morrer é honra.

MB- que porra nenhuma, nós vai pegar o que é nosso de um jeito ou de outro, e tú não vai precisar morrer mano.

Gigante- será que ela não quer negociar o filho dela de volta?

MB- se quiser negociar vai ter que arrumar outro jeito de fazer isso.

Gigante- deixa eu ir lá patrão, deixa eu ir lá ver de qual é a dela.

MB- caralho Gigante, posso te jogar numa roleta dessa não irmão.

Gigante- se liga, nós coloca uns cara pra ficar por perto, ligeiro pronto pra atacar se rolar alguma coisa, más eu boto fé que ela quer negociar, se for pra negociar é melhor , sem guerra sem morte, sem policia, sem morador engolindo terror, deixa eu ir lá chefe.

Porra o gigante pode ter razão, más a Bella não quer falar com ele, se for ela mesmo que vai tá lá, eu não vou dá esse gostinho pra ela.

MB- se liga vou mandar os cara fazer segurança pesada, vai lá que eu falei pro crente que não ia dar as caras.

Passei um rádio pros cara conferir se o carro ainda tava lá na frente da igreja e mandei eles ficar de butuca, esperando o Gigante e fazendo a contenção.

Na real eu não tô com medo da Bella ou de quem quer esteja dentro do carro, estou com medo de olhar na cara dela e ver que eu amei a vida inteira alguém que eu não conheço, é foda não saber o que foi real e o que não foi, que nada daquela menina que fez meu coracão bater tão forte, não exista mais ou nunca existiu.

Tento lembrar se eu fiz alguma merda que fez ela mudar assim, se deixei faltar amor, se falhei com ela, tem um monte de parada errada comigo, más fui um cara fiel, leal, nunca machuquei ela, qual foi a dessa mudança toda, não é possível que ela consiga jogar a culpa no Fábio.

Mandei um rádio para o Kauã também, quem sabe se ele tiver ocupado com outra coisa vai parar de torturar o Fábio.

É isso ai, sai do bar e  segui para a rua atrás da igreja encontrei o Kauã lá, subimos para a laje de onde dá pra telar o movimento todo, os cara confirmou o carro parado lá, mandaram um morador passar lá para dar uma telada e ver a quantidade de passageiros, confirmado só uma mulher, deve ser ela, o gigante foi autorizado a seguir e levar a voz na negociação.

Liberdade Condicional (cárcere 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora