Sangue

383 53 12
                                    

Elisa narrando- A Mel é muito grudada com o Kauã, se deixar ela não desgruda nunca, ela sempre chora quando ele sai,  más ela acaba se distraindo e esquece. Hoje não tá sendo bem assim, ela não para de chorar, chama ele, e por mais que eu tente distrair ela, com o peito, brinquedo, celular, por nada ela para de chorar.

Chegamos no shopping ela continuou chorando, chamando o pai, tô até preocupada, se ela está mesmo doente, e teve uma melhora, e agora está sentindo alguma coisa?

Duda- amiga parece que ela tá com dor, acho melhor a gente voltar pra casa, marcamos para vir, outro dia.

O Kauã mandou mensagem, eu não quis preocupar ele, eu sei que se eu disser que a Mel ainda tá chorando, ele vai vir até aqui.

Elisa- acho melhor voltar, ela tá chorando muito, não tá normal.

Vou no fraldario trocar a Mel, antes de sair do shopping, coloquei um vídeo que eu fiz do  Kauã brincando com ela, pra ver se ela para de chorar ,pelo menos para eu trocar ela, até que funcionou, ela parou de chorar, troquei ela, dei peito e ela acabou dormindo no meu colo. Sai do fraldario, coloquei ela no carrinho, ela não tem febre, não parece doente, parece mais que está querendo ficar com o Kauã, eu entendo ela, ele é apaixonante mesmo, beijei a testa dela.

Duda- ela dormiu?

Elisa- é! parece que ela cansou.

Duda- amiga acho melhor a gente ir no médico, levar ela, aqui tem uma clínica podemos ver se tem pediatra, vamos voltar mais tranquilas.

Elisa- você tem razão, pra sair do morro de novo vai ser um saco.

Fui na tal clinica com a Duda, paguei a consulta, o médico examinou a Mel inteira, ouvido, garganta, barriga,cabeça, dentes e não encontrou nada que fizesse ele se preocupar, tá tudo normal, ela não tem febre, ela não reage com dor a nenhum toque, o médico pediu para observar e se ela apresentar um dos sintomas ,levar ao hospital.

Duda- que estranho, não faz sentido ela chorar tanto assim amiga.

Elisa- é muito estranho mesmo, más acho melhor voltar para casa.

Duda- vamos voltar, porquê ela já tá olhando para os lados procurando ele.

Tá uma confusão no primeiro piso, uma gritaria , o Gigante firma a pistola, e fica olhando para os lados.

Gigante- volta para o elevador.

Duda- tá bom, más o que tá rolando.

Gigante- elevador porra!

Olhei e vi vários policiais entrando no shopping. Tirei a Mel do carrinho, abracei,  apertei por várias vezes o botão do elevador, as pessoas começaram a correr em direção ao elevador, em poucos segundos o rol foi tomado por uma multidão.

Duda- por aqui não vai dar Gigante.

Gigante- escadas, vamos descer pelas escadas, direto para o carro, rápido.

Más uma multidão, vai fazendo o mesmo, descendo as escadas, o gigante vai guardando cada passo, ouço as pessoas falarem sobre um assalto em uma joalheria, ouvimos um disparo, as pessoas ficam loucas e chegam a pular as escadas, abraço a Mel com toda minha força, e sigo descendo as escadas, rezando para ninguém me empurrar,do meu lado a Duda, vai descendo na mesma velocidade, e olha assustada.

Chegamos no estacionamento, graças a Deus! O Gigante assume a direção, a Duda já puxa a pistola dela, uma fila de carro se forma para sair , e a cancela tá baixa, o gigante desce e quebra a cancela, conseguimos sair do shopping, na pista várias viaturas vem na contra mão, uma moto com dois homens, passa por nós, o garupa começa a atirar nos policiais, e eles devolvem em cima deles.

Liberdade Condicional (cárcere 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora