Maré de coisa ruim

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Kauã narrando- Geral na boca congelou, quando viu o MB entrar , todo mundo engatilhado esperando eu agir de vingador, um estalar de dedo e ele já era, se é o que eu quero fazer? é o que eu quero fazer, más dentro de mim tem uma parada maior, do que o ódio , do que a sede de vingança, o amor pela Elisa, más é daquele jeito, não vou fazer o que eu tenho que fazer, más também não vou virar amigo, é cada um no seu canto, se eu pudesse não olhar na cara dele pra mim já tava de boa, más não tem o que fazer, vai ser inevitável trombar com ele e com esse monte cachorro doido, traíra filho da puta.

Tipo cena de filme, ele parou na minha frente, malandro velho desconfiado, já segurou a PT na cintura, do jeito que eu tava eu fiquei, a face da morte é o que vejo na minha frente, a respiração começa a entregar a raiva, o suor na testa vai ficando gelado, o coração tá batendo forte, tipo empurrando pra dar um passo na frente, olhos paralisados se olhando esperando um passo em falso, um  vacilo, um gesto que faça um acabar com o outro, e colocar um ponto final nessa porra toda. 

O homem perde a dignidade quando tem que se humilhar pra outro homem, essa humilhação eu não carrego, apanhei calado, não pedi pra morrer e não pedi pra viver, ele foi covarde , fortemente armado, foram sete , oito contra um, um contra os oito nem existe, o sangue no meu corpo ferve, cada cicatriz no meu corpo tem nome, tem sobre nome.

Neguim- Fala mano!

Com os olhos ainda parados no do MB eu falei.

Kauã- fala ai tá fazendo o que aqui? na boca só anda quem trabalha nela, não se sabe quem pode roubar ou caguetar esquema e fuder com tudo.

MB- Neguim deixa nós trocar idéia aqui rapidão.

O neguim saiu.

Kauã- se liga eu não tenho ideia pra trocar contigo não, não vou fazer nada com você nem com a tua banda rock lá que quase me matou , minha palavra é uma só, não vou cuspir homicídio em cima de ninguém, e vou fazer isso não é por causa de tú não, eu quero mais é que você se foda, você sabe por quem eu tô fazendo isso, e se não fosse por ela, eu juro caralho que eu ia arrancar sua cabeça fora, seu comédia, seu cuzão, se acha o fodão, melhor que todo mundo o dono da porra toda, não é porra nenhuma! não quero você aqui na boca, não quero você se metendo nos bagulho da função se ligou? o líder do corre voltou e você é carta fora!

MB- qual foi mano? eu não tinha como saber, você foi errado também, sequestrou a Elisa.

Kauã- eu não sou teu mano, é !você não tinha como saber, tava tudo apontando pra mim, más não tinha prova né MB, teu filho foi mais esperto do que você, sequestrei a Elisa, más a minha sentença não foi por isso, fala a verdade, tinha quantos culpados nas minhas costas? 

Ele abaixou a cabeça.

MB- ta de boa Kauã, valeu ai por não querer fazer vingança, eu não vou embaçar seu caminho, e não vou me meter no seu corre, faz minha filha feliz pode crê, eu confio em você.

tá me zoando essa porra? confia em mim? vai tomar no cú!

MB- bora esquecer essa porra toda kauã, tú é da minha família agora é pai do meu neto.

é o ditado quem bate esquece quem apanha não esquece não, quer que eu considere ser da família dele agora? e quando foi ao contrario ele ia matar o cara da família? fingi que nem ouvi, paguei de doido e chamei o neguim. 

Kauã- e ai neguim! chega ai.

O MB saiu todo desconcertado.

Neguim- tú é foda Kauã, já tava com medo de ter que meter bala em tú.

Liberdade Condicional (cárcere 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora